Célio Guida, Investor da Quero Meus Direitos, e Camila Salek, sócia-fundadora da Vimer Experience Merchandising
Promovido pela CDL Jovem Fortaleza, a 2ª edição da Inova Varejo preencheu o cinema do Shopping Iguatemi Bosque, com temas que ressaltam os principais objetivos do setor varejista ao desenvolver soluções para impulsionar ainda mais o seu crescimento. Nesta quinta-feira (05), o evento reuniu executivos, gestores de diversos segmentos, profissionais de vendas e líderes de marcas estabelecidas no mercado.
Célio Guida, Investor da Quero Meus Direitos e Camila Salek, comunicadora e sócia-fundadora da Vimer Experience Merchandising, foram os astros da programação, já que trouxeram suas experiências e soluções para empresas de todos os tamanhos, como forma de destacar as múltiplas maneiras pelas quais o varejo pode encantar tanto os clientes quanto os gestores e parceiros.
Confira um resumo dos principais pontos abordados nas matérias:
Célio Guida
Inteligência artificial e facilidade nos processos, é o foco do papo conduzido por Célio Guida, Investor da Quero Meus Direitos. O executivo fala sobre como essa era das máquinas inteligentes está invadindo a rotina das empresas e como elas são capazes de otimizar os processos.
“As máquinas geram produtividade e eficiência pra gente, e a nossa facilidade de usar e compilar isso pra facilitar esses processos fazem com que melhoremos nossa criatividade e não a nossa execução”, comenta
Consumo consciente também faz parte da fala de Célio que educar os consumidores para uma forma de consumir com mais moderação e visando algo para além do valor útil que aquele produto ou serviço agrega. A volatilidade das tendências também foi algo pontuada pelo executivo, que critica como é difícil planejar uma empresa com prazos tão curtos e modas tão passageiras.
“Se eu perguntar pra Alexa quem domina o varejo hoje, a resposta é ela própria, são esses agentes. Quem aqui discute com o Waze, com a previsão do tempo? A gente confia, porque eles são muito bem preparados. Aí o varejista sai da logística de lojas confiáveis para agentes confiáveis”, indaga.
Ele traz questionamentos sobre a integração das tecnologias com o varejo e como a naturalidade das coisas estão se perdendo com tanta automatização dos processos. Os consumidores estão enxergando essa necessidade desde as batatas de supermercado.
“O apreço pelas coisas artesanais é mais que uma tendência, é uma necessidade”, destaca
Célio explica a importância do estudo de dados para profissionais de marketing e varejistas, já que esse conhecimento possibilita para tomadas de decisões. Para isso, ele explica que antes de chegar a pensar além do tempo e em novas inovações é indispensável fazer o básico bem feito.
“A produtividade gerada pela inteligência artificial permite que a gente possa superar aquele desafio da transformação digital e gerar eficiência digital”, pontua.
Ele finaliza o seu momento reforçando a ideia de como a humanização da comunicação, gestão e processos, são as sedes que o mercado do varejo sente ao visualizar um futuro cheio de automatização e tecnologia.
“Os ambientes são todos uma coisa só, são as pessoas, as cabeças delas, suas experiências e o que elas têm a dizer sobre essas vivências”, conclui.
Camila Salek
Hyperphisical retail, em português, varejo hiperfício, foi o tema escolhido por Camila Salek, comunicadora e sócia-fundadora da Vimer Experience Merchandising, para a 2ª edição do Inova Varejo. A executiva amarrou a sua palestra com dados e pontos importantes para conceituar três tópicos: impacto sensorial, transitoriedade e experiência da pessoa.
“Esse varejo hiperfísico é o varejo que levanta todos os sentidos dentro do ambiente físico, o olfato, o tato, a visão”, explica.
Ela dá o exemplo de uma marca de alta costura que utilizou o espaço da loja para proporcionar uma experiência diferente a partir de pelúcias, um produto que não possui um valor alto e que faz toda a diferença na hora de proporcionar uma sensação customizada para o consumidor.
“Existem muito mais possibilidades sensoriais de impacto sensorial flexíveis do que vocês imaginam”, aponta
Em slides, ela pontua algumas formas de provocar essa provocação de sentidos superlativos:
- Varejo Dopamina;
- Social Hub;
- Experiência interativa;
- Storytelling imersivo;
- Microdoses (microtédio);
- Despertar sinestésico.
Camila explica o termo transitoriedade trazendo algumas crenças limitantes do varejo que moldam alguns comportamentos. Ela destaca que o termo significa ter fluidez nas regras e formatos, ou seja, flexibilidade.
“Algumas crenças às vezes nos limitam e entender quais são essas crenças para transcender as possibilidades, estratégias e oportunidades, temos um leque muito maior de chances de alcançar objetivos”, comenta
Para ilustrar exemplos dessas crenças, Camila pontua tópicos que são frequentes no mercado:
- Separação por gênero;
- Escala padronizada para expansão;
- Nova geração arquitetônica;
- Coleções sazonais;
- Calendário comercial.
“Se eu estou lidando com uma geração jovem, imediatista, eu preciso provocar essa relação com a marca”, destaca
Ampliar a fluidez é a solução que Camila apresenta para pensar soluções disruptivas dentro do jogo do varejo. Explicando isso, ela propõe alguns tópicos a se pensar:
- Formatos de operação;
- Drops de coleções;
- Lives e novos canais;
- Serviços;
- Labs e dados.
A executiva apresenta exemplos de marcas estrangeiras que trazem experiências imersivas, sensoriais e diferentes dentro dos seus lançamentos. Rapidez, compensação para o cliente, curiosidade, desejo e inovação são padrões que se repetem dentro dessas ações promovidas por grandes marcas.
“É muito importante para estratégia da marca que você continue com a sensação que foi iniciada na ativação que ocorreu dentro da loja”, explica
“É sobre a gente entender o papel do varejo como um espaço de mídia, entender que podemos transformar pautas não só nas redes sociais mas no espaço físico”, complementa.
Camila finaliza sua fala ressaltando a importância da venda por metro quadrado e como existe uma diferença considerável entre a percepção de resultados no digital e no ambiente físico. Ela pontua como gerar um lead por cadastro físico é muito mais barato que por vias virtuais, mas mesmo assim, pouco se investe nisso.
“Evoluímos muito em modelos, formas e métricas para o digital. É hora de aprender com o mundo digital e usar de forma inteligente e integrada todos os seus benefícios para ampliar experiências em lojas físicas. A loja como espaço de mídia da marca tem papel fundamental nesta troca”, finaliza.
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