O Brasil é o sétimo país com o maior número de mulheres empreendedoras no mundo, segundo dados do GEM (Global Entrepreneurship Monitor 2020), principal pesquisa global sobre empreendedorismo. Dos 52 milhões de empreendedores, 30 milhões são mulheres, o que corresponde a 57%.
Com relação às MEIs (Microempreendedoras individuais), as mulheres representam 48%, com preferência por categorias como beleza, moda e alimentação. Outro dado relevante nesse cenário de empreendedorismo feminino é que, em 2021, 47% das novas empresas abertas no Ceará foram fruto da iniciativa feminina, segundo dados fornecidos pela Jucec (Junta Comercial do Ceará).
Esse número está em constante crescimento, entretanto um outro dado também chama atenção: segundo o Boletim do Mapa de Empresas divulgado pelo Ministério da Economia no dia 6 de junho de 2022, apenas no primeiro quadrimestre de 2022, foram fechadas 541.884 empresas, representando um aumento de 23% se comparado ao mesmo período de 2021.
Quando falamos de empreendedorismo feminino, essa realidade se torna um pouco mais difícil e cheia de desafios. Enquanto 24 milhões de mulheres brasileiras desejam empreender, 43% delas não o fazem por medo de falhar. Entretanto, vale ressaltar que o empreendedorismo feminino têm aumentado conforme o tempo passa.
Para a mentora de negócios e empreendedora Larissa DeLucca, CEO da Negócios Acelerados e fundadora da plataforma Mulheres Aceleradas, é preciso muita coragem para uma mulher começar a empreender.
“A complexidade do empreendedorismo feminino está no fato de que precisamos fazer tudo o que todos os empreendedores fazem, mas também dar conta de uma jornada dupla ou tripla, uma vez que as mulheres são estimuladas desde pequenas a cuidar de todos ao seu redor, logo a criação dos filhos e o cuidado com os idosos da família acabam se tornando uma “obrigação’ a mais. Muitas deixam de empreender por medo de falhar, de não aguentar a pressão, de não ter dinheiro suficiente para seguir em frente, de não ter ajuda ou suporte na criação de seus filhos enquanto se dedicam ao estudo e trabalho”, finaliza.
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