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5 Princípios de Liderança para um Mundo Interconectado

Por Redação

17/11/2020 16h24

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Como saber o que realmente é essencial para um líder sem recorrermos aos exercícios de futurologia? Nesse mundo interconectado e imprevisível, torna-se fundamental enxergar o papel do líder dentro de um contexto do que podemos chamar de uma nova era, objetivando a construção de um futuro, de fato, sustentável para as organizações. Para essa reflexão, Rodrigo Goecks, sócio da ADIGO Desenvolvimento, enumera alguns conceitos e princípios necessários para essa liderança nesse novo mundo.

  • Disposição para o autodesenvolvimento. Como no Oráculo de Apolo, “conhece-te a ti mesmo” é o princípio dos princípios. Como exercer a liderança sem entender como funciono? Quais crenças e padrões direcionam minhas decisões e ações? Quais obstáculos preciso superar em mim mesmo? O princípio dos princípios se revela quando o autodesenvolvimento se torna um processo constante e diuturno em mim.

  • Equilíbrio entre o material é o imaterial. Fomos alimentados com a crença de que o papel da liderança é focar nos resultados, performance. Mas o que são os resultados? Normalmente os resultados são facilmente visíveis em um painel de controle da área ou da empresa, e são essencialmente quantitativos (produtividade, caixa, lucro, patrimônio, taxa de retorno etc). Daí vem a máxima: “diga-me como me medes que lhe direi como vou agir”. A questão é que uma empresa é um organismo social e, como tal, se faz presente as dimensões material e imaterial. Aliás, o que está acontecendo é uma desmaterialização das empresas, basta ver que a cada ano o ranking das maiores empresas revela que o valor gerado está na marca, nas pessoas, nos serviços. Trazer a dimensão imaterial para o dia a dia da liderança e equilibrá-la com a material é um desafio e exige uma ressignificação do que é resultado.

  • Liberdade no pensar. Não há desenvolvimento humano e, consequentemente, criatividade e inovação, sem liberdade de pensar, de expressar opiniões. O que acontece quando viajamos e deixamos uma planta sem regar? Ao chegarmos em casa ela está murcha, sem vitalidade e, algumas vezes, morta. A liberdade é como a água em um jardim. Para que os organismos vivos cresçam, se desenvolvam e prosperem é preciso regar.

  • Igualdade. O que acontece quando em uma equipe percebemos que há, como dizia minha avó, “dois pesos e duas medidas”? Quando há diferenças no tratamento e no reconhecimento? Quando percebemos justiça e sentimos que todos tem seus direitos e deveres, cria-se um saudável e produtivo ambiente social.

  • Fraternidade. E a coloco por último não por sua menor importância, mas por ter algo de superior em nível de consciência em relação aos demais. Ela é uma evolução da individualidade humana em relação ao ego. A fraternidade atua quando pensamos com o coração e sentimos com a razão. Ela se materializa quando entendemos que fazemos parte de uma grande teia e que nada adianta eu me fortalecer se o outro está fragilizado. Na essência, todo ser humano intenciona encontros fraternos, pois é assim que o caminho evolutivo da humanidade se faz presente.

E é com essa consciência mais ampla, ressignificada sobre o papel de liderança e os princípios norteadores de um líder que se gera um despertar. Esse olhar mais amplo se traduz no entendimento e em ações práticas de que se ganha quando o outro ganha, quando a sociedade ganha, de que todos fazem parte de um ecossistema complexo, em que tudo está bastante interligado. E, principalmente como líderes, é preciso ter total responsabilidade por ele.

 

Rodrigo Goecks é sócio da ADIGO Desenvolvimento, que atua apoiando organizações em processos de mudanças e desenvolvimento de pessoas.

 

 

*Texto Divulgação