Uso da ferramenta é predominante em empresas gaúchas, potiguares e piauienses; Contabilidade, Estética e Beleza, Seguros estão entre os setores que mais se adaptaram à tecnologia
A 7ª edição do relatório Tendências e Gestão de Pessoas, produzido pela consultoria Great Place To Work® Brasil (GPTW Brasil), trouxe um dado expressivo no que tange ao uso de Inteligência Artificial nas empresas do país. Cerca de 50% das organizações estão utilizando a IA no dia a dia, o número é 10% maior dos que foram divulgados no ano passado pela consultoria.
As organizações que não trabalham com a IA — segunda maior alternativa de 2024 — estão mais raras. Neste ano, apenas 17% das organizações não atuam com a inteligência artificial. Já o interesse em aprender mais sobre a inteligência artificial para utilizar dentro da organização segue o mesmo. Tanto em 2024, como em 2025, 24% das empresas responderam estar em processo de aprendizado.
O uso da IA por Estado
O uso da inteligência artificial é predominante em empresas gaúchas e potiguares. Em ambos os casos, a
maioria das organizações já estão adotando o recurso para atividades pontuais: Rio Grande do Norte (73%) e Rio Grande do Sul (60%). As empresas piauienses também são grandes destaques, com 63% das organizações do estado utilizando a IA em atividades pontuais.
Em outros oito Estados, a metade ou a maioria das empresas também fazem o uso da ferramenta no dia a dia, são eles: Minas Gerais (53%), Santa Catarina (53%), Pará (53%), Rio de Janeiro (51%), Espírito Santo (51%), Paraíba (50%), Rondônia (50%) e Tocantins (50%). Embora São Paulo (49%), Pernambuco (48%), Distrito Federal (48%), Goiás (48%), Mato Grosso (48%), Paraná (47%), Alagoas (45%) e Sergipe (45%) não tenham atingido metade de suas empresas, os índices são bem próximos.
No Mato Grosso do Sul, apenas 41% estão utilizando a IA. Enquanto no Ceará, o índice de organizações que adotam a ferramenta é de apenas 40%. Mas esses não são os Estados que menos utilizam a inteligência artificial no seu dia a dia. Na Bahia, apenas 33% das empresas usam a IA; enquanto no Amazonas, esse número é de 32%.
O uso da IA por Setores
Os setores que mais se adaptaram ao uso da inteligência artificial em atividades pontuais do seu dia a dia são: Contabilidade (80%), Estética e Beleza (75%), Seguros (67%), Jurídico (62%) e Agência/Mídia (62%). Outros setores também já estão, em sua maioria, trabalhando com a ferramenta no seu cotidiano, como é o caso de ONGs/Terceiro Setor (59%), Petróleo e Químico (55%), Saúde (51%), Serviços (51%), Financeiro (53%) e Siderurgia, Mineração e Metalurgia (50%).
Apesar de ser um setor no qual a inteligência artificial foi estimulada e criada, Tecnologia e Informação surpreendeu com apenas 50% das empresas deste setor atuando com IA.
Outros setores que não chegaram a 50%, mas passaram perto são: Indústria (48%), Educação e Ensino (48%) e Atacado/Varejo (47%). Em outros seis setores, o uso é abaixo de 45%: Agronegócio (44%), Construção e Infraestrutura (44%), Alimentação (40%), Energia (43%), Entretenimento/Eventos (43%) e Turismo e Lazer (41%). No caso de Moda e Vestuário, 44% afirmaram que não utilizam a IA. Este foi o mesmo percentual de empresas que afirmaram que fazem uso da IA em atividades pontuais (44%).
A adaptação ao uso da inteligência artificial tem sido mais difícil para alguns setores, como o caso de Farmacêutico, Governo e Órgãos Públicos, Saneamento e Meio Ambiente e Bens de Consumo. Todos eles colocaram a opção: estamos em fase de aprendizado para saber como usar melhor a IA na primeira posição. No caso Farmacêutico e Governo e Órgãos Públicos, 38% das empresas responderam sobre o processo de aprendizado, o que não atinge a metade dos respondentes participantes. Entretanto, já no caso de Saneamento e Meio Ambiente (50%) e Bens de Consumo (67%), a metade ou a maioria das organizações deste setor ainda estão estudando e aprendendo em como utilizar a IA no dia a dia.
A inteligência artificial terá mais desafios com apenas um setor: Bens de Capital e Eletrônicos. Nele, a maioria dos respondentes (46%) afirmaram que não utilizam a IA. Este foi o único setor no qual esta alternativa liderou.
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