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58% das lideranças reconhecem a importância e o impacto da diversidade nos seus negócios

Por Redação

25/08/2025 10h08

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Nova edição da pesquisa da to.gather mostra crescimento nas ações estruturadas de diversidade e inclusão, com foco cada vez maior em metas, governança e desenvolvimento de talentos diversos

A diversidade, equidade e inclusão (DEI) estão se consolidando como temas estratégicos na gestão das empresas brasileiras. É o que mostra a nova edição da pesquisa Panorama da Diversidade nas Organizações, realizada pela to.gather, plataforma de inteligência em diversidade corporativa. O levantamento ouviu 305 empresas de diferentes portes e setores, revelando uma tendência de amadurecimento das práticas corporativas, com ações mais estruturadas, foco em desenvolvimento de talentos diversos e maior governança na gestão da pauta.

A pesquisa mostra que 69,2% das empresas já possuem metas formais de DEI, e 58% das lideranças executivas reconhecem a importância e o impacto da diversidade nos seus negócios. Além disso, 54,4% das empresas pretendem implementar ações de desenvolvimento afirmativo em 2025, como mentorias, capacitação técnica e programas de aceleração de carreira para talentos diversos, um avanço expressivo em relação aos 35,1% registrados em 2024.

“Estamos vendo um movimento claro de profissionalização da pauta. Empresas que antes tratavam a diversidade de forma simbólica agora buscam estrutura, dados e resultados. O salto está justamente na capacidade de transformar o discurso em ações com impacto real”, afirma Erika Vaz, CEO e cofundadora da to.gather.

Governança e engajamento da liderança impulsionam resultados

Um dos dados mais relevantes da pesquisa é o papel da alta liderança no sucesso das estratégias de DEI. Entre as empresas que contam com comitês de diversidade com participação da diretoria:

  • O investimento médio em diversidade é até três vezes maior;
  • A inclusão de pessoas LGBTQIAPN+ e com deficiência é significativamente mais ampla;
  • Há maior propensão à mensuração contínua e estruturada dos indicadores.

A participação da liderança nos comitês de diversidade já está presente em 64,6% das empresas, o que reforça o avanço da pauta como tema de governança. “Quando a liderança se compromete com a diversidade, ela deixa de ser um projeto isolado de RH e passa a fazer parte do modelo de negócio. É isso que diferencia ações pontuais de uma transformação real”, reforça Erika.

Conscientização segue como base e ações afirmativas ganham consistência

Em 2024, 93,1% das empresas realizaram ações de aculturamento, como treinamentos, letramento e campanhas internas. Já as ações afirmativas voluntárias, que vão além das exigências legais, foram adotadas por 57,5% das empresas, indicando uma crescente disposição em estruturar oportunidades para diferentes grupos, especialmente mulheres, pessoas negras, LGBTQIAPN+ e pessoas com deficiência.

Para 2025, a tendência se mantém: 83,3% pretendem seguir investindo em sensibilização, e 63,6% planejam ações afirmativas direcionadas, consolidando um movimento de continuidade e maturidade.

Mensurar é o próximo passo

Embora a pauta tenha avançado em estrutura e adesão, aprimorar a mensuração e a integração com a gestão de pessoas ainda é um ponto de atenção, especialmente quando se trata de vincular metas de DEI à performance dos líderes, prática já adotada por 44,5% das empresas. A mensuração de dados como retenção, promoção e engajamento de grupos minorizados começa a se expandir, acompanhando o movimento de transformação da cultura organizacional com base em dados.

“O trabalho de diversidade precisa ser guiado por dados. Se essa pauta está se encaminhando para um pilar estratégico dentro do RH, ela deve ser tratada como tal: com metas, indicadores e acompanhamento contínuo de resultados. Métricas são essenciais para dar visibilidade ao progresso, orientar decisões e garantir que os compromissos saiam do discurso e se traduzam em ações concretas. Iniciativas de sucesso prosperam com dados, com diversidade não é diferente”, finaliza Erika.