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69% dos cargos de liderança na comunicação corporativa no país são ocupados por mulheres, segundo pesquisa da Aberje

Por Redação

09/03/2022 09h10

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Apesar do bom resultado, a pesquisa retrata um cenário diferente do que vivemos hoje, enfrentando os impactos da pandemia de COVID-19, uma vez que foi realizada em 2018.

De acordo com a pesquisa “Perfil da Liderança em Comunicação no Brasil”, da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), 69% dos cargos de liderança na comunicação corporativa no país são ocupados por mulheres. No entanto, as barreiras começam a surgir a partir daqui: esse número cai para 45% quando é analisado os cargos de direção ou vice-presidência nas empresas. A pesquisa foi lançada ao fim do ano de 2018 e participaram do estudo 578 profissionais que exercem cargos de liderança em diversos níveis, compreendidos entre coordenação e direção, inclusive sócios.

Esse dado está alinhado ao levantamento que mostra que a equidade de gênero melhorou nos últimos anos, mas que há um “teto de vidro” quando os assuntos são políticas de promoção. O estudo “Equidade de Gênero em Relações Públicas e Comunicação: um estudo abrangente ligando o conhecimento entre América do Norte e América Latina”, vencedor do 25º International Public Relations Research Conference (IPRRC), afirma que as organizações e empresas carregam a responsabilidade de impulsionar esse movimento de mudança, principalmente com a alteração de políticas e culturas para promover maior diversidade.

E indo além da comunicação, para as mulheres que desejam ingressar no mercado de trabalho, as oportunidades podem ser mais escassas. O relatório Gender Insights Report – How Women Find Jobs Differently, publicado pelo LinkedIn, indica que as mulheres se candidatam a menos vagas do que os homens, pois elas acreditam que precisam cumprir todos os requisitos do trabalho, enquanto a maioria dos homens se candidatam a vagas se cumprirem ao menos 60% das exigências.

A pesquisa retrata um cenário diferente do que vivemos hoje, enfrentando os impactos da pandemia de COVID-19. Assim, celebrar o Dia Internacional da Mulher deve ser um posicionamento político do mercado de comunicação – e de trabalho como um todo – com uma atuação forte para que a equidade de gênero realmente ocorra.