Por Raysa Ridia, diretora da GME Assessoria e assessora de imprensa
O mercado está atento, e os dados não mentem: segundo a pesquisa Radar Abracom 2024, mais da metade das empresas brasileiras pretende ampliar seus investimentos em relações-públicas em 2025. Não se trata de uma coincidência, mas de um movimento estratégico que revela a maturidade da comunicação corporativa no país. Finalmente, o mercado compreende que a visibilidade sem propósito não sustenta reputação, e é aí que entra o trabalho da assessoria de imprensa.
Durante muito tempo, o setor de RP foi visto como um “custo complementar” ao marketing. Hoje, ele ocupa papel central na construção de autoridade, confiança e percepção de valor. Empresas não querem mais apenas vender, elas querem ser reconhecidas, lembradas e respeitadas. E isso só se conquista com posicionamento claro, presença estratégica na mídia e mensagens coerentes com seus valores e ações.
A assessoria de imprensa ajuda as empresas a gerenciar crises, a criar narrativas consistentes e a aproveitar oportunidades de destaque na mídia, tudo isso de forma estratégica e alinhada aos objetivos de negócio. Essa atuação integrada reforça a importância de uma comunicação bem planejada e executada por profissionais especializados, que entendem o cenário midiático e as dinâmicas do mercado.
O dado mais revelador da pesquisa, a meu ver, é que os critérios de contratação estão mudando. A criatividade e a capacidade técnica dos profissionais de comunicação superam, pela primeira vez, o tradicional custo-benefício. Isso sinaliza um avanço importante: as marcas estão mais conscientes de que uma imagem bem construída gera retorno de longo prazo, valor intangível e diferenciação real em mercados cada vez mais competitivos.
Celebro esse avanço. Mas também deixo um alerta: investir em RP vai além de contratar um serviço. É preciso permitir que a comunicação seja integrada à estratégia, abrir espaço para a transparência e compreender que reputação se constrói com constância, não com picos de exposição. Em 2025, a comunicação será ainda mais poderosa. E quem entender isso agora, vai colher autoridade amanhã.