A princípio, a palavra minimalismo era atrelada a movimentos artísticos do século XX. No final dos anos 1950 ao início dos anos 1960 em Nova York. No mesmo período haviam diversos movimentos de contracultura. Foi em contraponto à cultura do excesso e questionando o consumo e forma de se comunicar que o minimalismo nasceu.
Dentro do design, o estilo ganhou muita força na década de 80. Questionando o que é realmente útil, bonito, eficaz. O estilo minimalista tem mais pregnância na mente do usuário final que outros estilos que acabam se utilizando de elementos excessivos para tentar prender a atenção, segundo comenta a Designer gráfica Juliany Siqueira.
A designer exerce a profissão desde 2012 e segundo ela o estilo transmite estratégia, elegância, durabilidade e modernidade, em que o diferencial está no alto valor agregado a peças minimalistas. “O estilo minimalista visa usar apenas o essencial. Por isso, creio que criar algo eficaz requer um pensamento estratégico muito maior que tentar fazer um produto de suposta eficiência total. Ou seja, querer que ele consiga atender todas as demandas do usuário final.”
Juvenal Joaquim, que trabalha com marcas desde 2012 e é sócio da Miligrama Design há 2 anos e meio, comenta que a tendência do minimalismo não é nova, ela parte por inspirações de movimentos artísticos que aconteceram pelo mundo após a segunda guerra. Mas foi na década de 60/70 que ela ganhou mais força, chegando aos produtos e marcas mais próximas.
Segundo o profissional, o estilo, tem a simplicidade e a sintetização em poucos elementos como característica principal e se baseia em alguns elementos, que são: composições mais limpas, utilização de formas geométricas, contraste, equilíbrio, etc. E que não precisa de todos esses, ou seguir à risca cada um deles, mas são elementos que podem compor o estilo minimalista.
“Hoje esse estilo está presente em vários segmentos, e não somente na tecnologia. Mas ele geralmente representa marcas que priorizam uma comunicação mais objetiva, organizada e moderna” – comenta Juvenal. Para ele o mais importante é não seguir uma tendência, só por que ela está sendo mais vista e que o minimalismo, ou qualquer outro estilo, só deve ser abordado quando tem uma coerência com as estratégias do negócio. “Em meio a tanta informação, peças ou marcas minimalistas, conseguir focar no que mais importa de forma simples é o essencial. O “menos é mais”, pode transmitir muita personalidade com poucos elementos” – finaliza ele.
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