Por Virgínia Sousa, diretora financeira da São Geraldo e filha de Tarcila de Sousa, fundadora da Cajuína São Geraldo
Durante muito tempo, a indústria se manteve como espaço prioritariamente ocupado por homens. Foi nesse contexto que, em 1960, a cearense Tarcila Sousa, natural de Brejo Santo, Ceará, dava início a uma nova realidade no estado, ao fundar a empresa Cajuína São Geraldo, ao lado dos irmãos José Amâncio de Sousa e Francisco de Sousa.
Desde jovem, sempre apaixonada pela profissão, conciliando família e trabalho, Tarcila quebrou barreiras ao ultrapassar padrões da época e gerou oportunidades para a contratação de mulheres no mercado de trabalho. Sua trajetória é mais do que uma história de sucesso profissional, é um exemplo vivo de como liderança, coragem e visão podem transformar realidades e gerar oportunidades para muitas outras pessoas.
Tarcila entendeu que a presença feminina na indústria não deveria ser exceção, mas, sim, parte fundamental do crescimento da empresa. Com sua determinação e capacidade de gestão, criou e liderou iniciativas que não apenas fortaleceram a indústria, mas também abriram portas para que outras mulheres pudessem se desenvolver e alcançar cargos de destaque. Tarcila, atual presidente da indústria Cajuína São Geraldo, com 89 anos, a qual orgulhosamente chamo de minha mãe, é exemplo de força da presença da mulher na nossa história.
Sua dedicação e compromisso serviram como base para a cultura de uma liderança feminina forte e representativa, tanto que somos quatro diretoras e um diretor à frente da empresa, gerindo mais de 800 colaboradores que são parte essencial de uma marca forte no mercado. O impacto do trabalho de minha mãe vai muito além da construção física das paredes da indústria que ela ajudou a estruturar. Sua atuação inspirou novas gerações de mulheres a acreditarem que podem, sim, ocupar qualquer espaço com competência e profissionalismo
