Por Pyr Marcondes, consultor estratégico em Inovação e IA na ABAP
A publicidade sempre foi, por definição, uma indústria movida por repertório. Mas há uma diferença entre ter repertório e viver em estado de prontidão intelectual. Essa diferença é o que separa as agências que operam no automático das que seguem culturalmente vivas.
Aprendizagem, neste contexto, não é um programa pontual ou uma plataforma de cursos. É uma escolha sistêmica. Ainda mais num momento como o atual, de alta relevância da Inteligência Artificial. É vital, hoje, um pacto com o inconformismo. A recusa em se tornar obsoleto enquanto o mundo se transforma à sua volta — e, muitas vezes, à sua revelia.
A indústria da publicidade vive hoje, como um todo, desafios únicos e inéditos. Uma pulverização de serviços e novas tecnologias, transformações profundas nos anunciantes, publishers e plataformas e, inclusive, no próprio ambiente e modelo de negócios das agências.
O que permanece insubstituível é a capacidade de leitura do presente – e de projeção do futuro. Mas essa competência não se conserva sozinha. Ela exige atualização constante, fricção de ideias, abertura ao desconforto. E, acima de tudo, estrutura para que isso não dependa da vontade individual dos profissionais, mas esteja no centro da arquitetura institucional.
A maioria das agências ainda trata o aprendizado como custo, não como investimento. A mesma crítica que muitas agências fazem com relação a investimentos publicitários a alguns anunciantes. Com razão. Aprendizado, assim como publicidade, são investimentos. Ambos, vitais. No caso do aprendizado de equipes nas agências, trata-se de não deixar o futuro escapar e parar de repetir fórmulas conhecidas. Fórmulas conhecidas em comunicação são sinônimo de estagnação.
O ambiente atual exige outro tipo de musculatura. É preciso entender IA, mas também dominar o programático. Sentir o pulso da cultura de rede, mas com consistência histórica. Isso não se aprende em um workshop de três horas. Isso se cultiva. Dia após dia.
A ABAP acredita que essa transformação de mind set será uma das grandes alavancas da grande re-transformação do setor. Por isso, colocará à disposição de suas associadas um programa avançado de aprendizagem de IA do Templo AI, referência nessa capacitação.
Uma agência que não prioriza sua capacidade de pensar – e repensar – em escala, compromete sua relevância estratégica. Hoje, mais do que sempre.
E se comprometer com essa relevância é mais do que uma escolha de gestão: é uma escolha de estar pronta para os desafios que já batem a nossa porta.
