O rebranding é uma estratégia usada por uma marca para comunicar uma mudança. No decorrer dos últimos anos, esse foi o cenário mais constante: as transformações. Vivenciamos a aceleração das tendências, mudanças no perfil de consumo e remodelação da cultura nas empresas. A junção desses fatores apontam para um lugar em comum: a necessidade da reconstrução de marca.
Diante desse cenário empresas de todo o mundo passaram a estudar a evolução de suas marcas e também o conceito que as norteiam. Muitas delas optaram por uma versão mais minimalista e humanizada em seus visuais.
A “Ponto Frio” por exemplo, se tornou apenas “Ponto” e o famoso pinguim deu espaço a uma versão geométrica minimalista. O NuBank, banco que mais cresce no Brasil, também optou por uma renovação, mesmo já tendo um visual tão bem construído. Acertou em cheio e seu valor de mercado cresce cada vez mais.
No Ceará, tive o prazer de fazer parte de vários desses processos. Um dos nomes mais lembrados pelo consumidor cearense, a Casa dos Relojoeiros, também se adaptou ao futuro. Com 60 anos de serviços de ótica e relojoaria, sentiu que era momento de criar conexão com um novo público e ser lembrada também pelos netos de seus primeiros clientes. Foi assim que renovamos a Casa dos Relojoeiros e a transformamos em “CR Ótica”. Uma marca moderna, com imagem e estratégias alinhadas para criar laços cada vez mais fortes com os consumidores, e com um conceito que os instiga a expressarem sua personalidade: “CR Ótica, experimente ser você”.
A marca de alimentação saudável Saladex, que foi adquirida pelo grupo Yucca em 2022 também é exemplo de como um rebranding se faz necessário. Depois de alguns meses em operação, a direção do empreendimento fez melhorias no cardápio e na logística, sentindo necessidade de mudar também a seu visual. Com toda sua identidade e estratégia renovadas, assim como o cardápio, a performance de vendas também mudou, dobrando suas vendas diárias.
E muita gente me pergunta: “Mas Diego, como saber qual momento ideal para renovar minha marca?”
Deixo aqui quarto momentos chave para realizar essa mudança:
1. As tendências atuais estão distantes
Em tempos de inteligência artificial cada vez mais em alta, as tendências visuais mudam rápido, e muitas vezes o visual de uma empresa fica datado (por um possível erro estratégico à época) anos e às vezes décadas atrás.
2. O seu mercado está mudando
E o seu público também, que pode mudar, amadurecer e sentir outras necessidades. A marca precisa acompanhá-los.
3. Concorrentes surgem como ameaça
O negócio está dando certo, mas de repente um grupo maior aparece como uma ameaça. Nesse momento é preciso repensar seus processos e observar as transformações do mercado em que sua empresa atua. Há o risco também de um concorrente atual seu crescer cada vez mais e tomar uma fatia grande do mercado. Afinal, toda empresa quer crescer e não é nada legal você perder e deixar seu concorrente passar na sua frente, não é?
4. Insatisfação com a proposta atual
Muitas vezes a cultura da empresa, os diretores e o posicionamento mudam. Quando isso acontece, está na hora de repensar a marca para se adequar a esse novo momento.
Diego Mourão
CEO da Escandi e especialista em identidade e estratégia de marca. Atua com clientes em vários países e no Ceará.