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A Revolução da IA Agêntica: estamos prontos para essa nova era?

Por Redação

25/02/2025 15h56

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Por Krishna Tammana, Diretor de Tecnologia da Gupshup

A grande aposta tecnológica para 2025 é a IA agêntica, sistema que promete mais autonomia e proatividade do que os modelos de IA generativa do que conhecemos hoje. O Google e a OpenAI anunciaram recentemente novos modelos agênticos planejados para lançamento neste ano, e 40% das grandes empresas brasileiras planejam integrar sistemas de IA agêntica em suas operações ainda este ano.

Mas o que isso pode significar para o consumidor brasileiro? Em linhas gerais, o que torna a IA agêntica diferente das tecnologias anteriores é sua capacidade de realizar tarefas de forma autônoma, tomar decisões e se adaptar às necessidades do usuário. Ou seja, é um novo estágio no desenvolvimento de sistemas inteligentes. Mas, como acontece com todas as tecnologias avançadas, é fácil ficar preso ao seu jargão técnico.

Para entender esse processo da mudança, é possível pensar numa comparação com o tamanho e a escala da mudança do telefone para o smartphone no final dos anos 2000. Se o que estamos usando agora, a IA generativa, é um único aplicativo, então a IA agêntica é como usar um smartphone. Ou seja, a IA generativa, como os modelos mais antigos de telefones celulares, é basicamente um aplicativo de uso único. Você o abre, interage com ele e o fecha até precisar dele novamente. Se o compararmos a um smartphone, que pode conter muitos aplicativos ao mesmo tempo, é assim que a IA agêntica se parece em relação à IA generativa. Não se trata mais de um único aplicativo, mas de um smartphone inteiro cheio de aplicativos, todos interagindo entre si ao mesmo tempo.

Em breve, poderemos ter um dia de trabalho em que as tarefas mais demoradas e repetitivas serão realizadas de forma autônoma, liberando mais tempo para nos concentrarmos em funções estratégicas, criativas e sociais de nível superior. Em nossa vida pessoal, a IA agêntica também pode se materializar como um assistente útil que pode fazer pedidos e reservas, organizar a agenda social de um fim de semana ou até mesmo gerenciar nossas finanças, por exemplo. No entanto, como ninguém sabe o quão perto estamos da IA agêntica em larga escala, os especialistas estão procurando os setores pioneiros para liderar o caminho.

Essa realidade pode parecer distante para o consumidor brasileiro, mas efeitos sutis estão sendo sentidos em alguns setores. O setor financeiro está vendo resultados na detecção de fraudes, o médico e farmacêutico se concentrando na análise de dados, na pesquisa e no desenvolvimento, enquanto as fábricas estão criando robôs inteligentes, e até mesmo fábricas inteiras, que podem funcionar com pouquíssima intervenção humana. 

Ainda que a vida cotidiana dos brasileiros possa não sentir um impacto imediato da IA agêntica, uma área-chave pode experienciar essa tendência tecnológica. Na Gupshup, a IA agêntica atende a uma série de solicitações, e uma das mais avançadas é lidar com interações com clientes. Portanto, eu não ficaria surpreso se, ainda este ano, os consumidores começarem a notar uma diferença ao falar com os agentes de suporte ao cliente.

Esses modelos de IA Agêntica são treinados com dados específicos das empresas, com barreiras de proteção integradas e agentes humanos disponíveis para transferência a qualquer momento. Dessa forma, os consumidores precisam ficar atentos à mudança de interações entre chatbots ou humanos para um serviço mais eficiente. O fato de você não perceber quem é humano e IA, significa um ótimo trabalho. Mas, se o agente com quem você está conversando é experiente, prestativo, proativo e está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, então, essa pode ser a sua primeira interação com a IA agêntica.