Por Erih Carneiro, CEO da Gombo
Como executivos e lideranças estão se tornando os principais criadores de conteúdo de suas marcas, transformando autoridade em um poderoso canal de crescimento e vendas
Sabe aquela imagem do CEO distante, focado apenas em operações internas e planilhas de resultados? Ela está com os dias contados. Ou melhor, ela nem existe mais…
Em um mercado onde a confiança tem se tornado um ativo mais valioso, uma nova figura emerge com força, a do CEO Influencer. Executivos e fundadores estão descobrindo que sua voz autêntica é o canal de distribuição mais eficaz para seus negócios, crenças e ideias. Estas pessoas estão redefinindo o que significa liderar na era digital.
A principal responsável por esta mudança é um reflexo direto da ascensão da creator economy e de como o marketing de influência tem crescido, chegando ao alto escalão empresarial.
Se antes o marketing de influência era visto como um domínio exclusivo do consumo, hoje o cenário é bem diferente. Se antes o lifestyle era o que ditava a regra, hoje, a especialização é quem está ditando quem vai ser influencer.
Isso se torna ainda mais poderoso, quando junto da especialização, se acrescenta a influência, a relevância, a autenticidade e a legitimidade que CEOs construíram ao longo de suas carreiras.
Nesse contexto, quando comparados com demais “influencers”, os líderes de empresas possuem uma vantagem única. Eles não precisam “atuar” como especialistas, eles são os especialistas.
E aí a mágica acontece…
Quando uma alta liderança se joga no mundo da criação de conteúdo, ele não está apenas vendendo um produto, mas compartilhando uma visão, documentando uma jornada e construindo uma comunidade. Em torno dele e da marca.
E se, nesse contexto, tem uma pitada de autenticidade, aí o resultado é garantido. João Adibe da CIMED, Marcelo Zimet da L´Óreal e Du Migliano da 99 Jobs que o digam.
Eles entenderam que a audiência é uma moeda de grande valor. Mas não apenas isso, eles passaram a ser o principal canal de distribuição e difusão de ideias. Aliás, o sonho de qualquer time de marketing.
Os benefícios dessa abordagem são gigantescos. De cara, ela gera confiança de uma forma que a publicidade tradicional não consegue. É a pessoa que lidera a empresa botando a cara no sol e chamando as pessoas para conversarem.
E, ninguém melhor que estas pessoas para personificar a voz da marca.
Além disso, um líder que compartilha seus aprendizados, os bons e os maus, cria uma conexão genuína e o foco muda da atenção para a intenção.
E aí é que entra aquela conta, de não se tratar de alcance a milhões de seguidores, mas sim de engajar as pessoas certas.
Mas como começar?
Em um cenário onde é cada vez mais fácil produzir conteúdo, a voz humana, a transparência e a perspectiva única de um líder nunca foram tão necessárias. É preciso parar de apenas pensar sobre o assunto e simplesmente começar a fazer.
Com uma barreira de entrada bem menor do que muita gente imagina, o LinkedIn, que tem o conteúdo baseado em texto, ainda é extremamente eficaz, o que facilita o início para quem não se sente confortável em frente a uma câmera.
Então, aconselho você a documentar em vez de criar. Não precisa ter ideias geniais todos os dias, você pode, simplesmente, compartilhar o que está acontecendo em sua jornada. Isso mostra humanidade.
De um desafio superado, a uma conversa com um cliente, ou mesmo um insight de um evento, tudo pode virar assunto e oportunidade de conexão. Claro que, sempre respeitando as normas de compliance e o bom senso. Que fique claro!
Por fim, sem querer fazer terrorismo, a mensagem é clara…
Se você é um líder e não está criando conteúdo, está em desvantagem.
Seu concorrente direto provavelmente já está fazendo isso ou começará em breve.
Tornar-se o principal influencer do seu negócio não é mais uma opção, mas uma peça fundamental na estratégia de crescimento e perpetuidade da marca.
Vamos comigo?
