17ª Edição

Artigo de Opinião | Lideranças que fazem o futuro acontecer

Por Redação

04/11/2025 14h00

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Por Evineide Dias, Superintendente de Marketing e Comunicação do Banco do Nordeste

Liderar é ter fé nas pessoas e coragem para mover o impossível, transformando o cotidiano em novos futuros e os sonhos em realidade

A liderança que inspira é aquela que transforma propósito em movimento e faz as pessoas acreditarem que o impossível é apenas o que ainda não foi tentado. É o poder de unir razão e emoção, traduzindo valores em atitudes, metas em significados e resultados em histórias que inspiram. Liderar é, sobretudo, um verbo em construção: requer constância, empatia e a coragem de sustentar o propósito quando as certezas se tornam escassas.

Ideia sem prática é sonho. Sonho bonito, mas inofensivo. É justamente a ação que separa o “fiz” do “pensei em fazer”. Nesse espaço fértil entre o plano e a execução, a verdadeira liderança se revela: não como cargo, mas como força viva, capaz de mover pessoas, conectar talentos e dar sentido à “correria-nossa-de-todo-dia”. A diferença entre o ideal e o realizado está na disposição de agir mesmo quando o caminho ainda não está claro.

Liderar equipes grandes e diversas, como as de marketing, experiência do cliente, inteligência de mercado, publicidade, imprensa e atendimento, tem sido um exercício constante de atitude e criatividade. São áreas que vivem o tempo real, onde cada decisão precisa unir estratégia e sensibilidade, ritmo e empatia. Onde cada entrega carrega o desafio de transformar estratégia em presença, marca em experiência e propósito em voz, de tornar o intangível visível.

Acredito que o papel do líder se assemelha ao de um maestro: exige harmonia, escuta e sintonia fina. Cada profissional carrega um talento singular, e o sucesso nasce quando todos conseguem tocar na mesma frequência. Liderar é reger com o ouvido atento e o coração aberto, garantindo que cada pessoa, por meio de sua nota única, sinta-se parte essencial da melodia.

Uma boa ideia pode surgir de um insight. Mas, para florescer, precisa de um ambiente fértil, onde exista confiança, diálogo e propósito compartilhado. Liderar é cuidar desse solo. É criar pontes entre o sonho e a entrega, entre o discurso e a prática, entre o planejamento e o impacto real que se quer provocar. É transformar o trabalho em propósito coletivo; e o propósito em energia capaz de atravessar equipes, territórios e fronteiras. De nada adianta acumular ideias brilhantes se elas não se transformarem em movimento. Ideias paradas se oxidam, perdem o brilho. O movimento capaz de transformar nasce exatamente quando há pessoas dispostas a acreditar, mesmo diante da incerteza.

Gosto de pensar que liderar é, antes de tudo, um ato de fé. Fé nas pessoas, na potência de cada talento, na aprendizagem que vem dos erros e na capacidade coletiva de transformar planos em realidade e em resultados.

Liderança é também sobre presença: estar perto, ouvir de verdade, reconhecer o esforço, valorizar o invisível e celebrar o que dá certo. É sobre inspirar sem precisar ordenar, e guiar sem apagar a autonomia. Não há nada mais poderoso do que ver uma equipe acreditando em algo maior do que si mesma e sabendo que cada gesto conta para construir o todo.

Num mundo acelerado e imprevisível, a cada dia que passa, tenho mais certeza de que liderar é, de maneira especial, resistir à tentação da pressa e cultivar o tempo da escuta. É compreender que resultados sustentáveis nascem de relações sólidas, e que a inovação mais potente é aquela que nasce da confiança. Porque não existe futuro sem vínculos humanos, nem propósito que se sustente sem coerência entre o que se diz e o que se faz.

No fim, não são as ideias que mudam o mundo, mas as pessoas que acreditam nelas o suficiente para torná-las realidade. Liderar é ter coragem de começar, de ajustar, de persistir. É ter consciência de que o futuro não acontece por acaso: ele nasce todos os dias, nas decisões de quem escolhe fazer acontecer com propósito, sensibilidade e fé no coletivo.

E se liderar é um ato de fé, é também um ato de amor: amor pelo que se constrói junto, amor por transformar o cotidiano em legado e por entender que cada conquista, por menor que pareça, é um passo na direção de um futuro melhor.