A ferramenta tem o objetivo de comparar a empresa com seus concorrentes e assim identificar pontos de melhoria
Para Antonio Wrobleski, presidente do Conselho da Pathfind, o benchmarking é mal utilizado no Brasil e deve ser trabalhado como um grande banco de dados que gera insights para tomar decisões com “menos sofrimento”. “Muito além de uma comparação entre empresas, o benchmarking é um exercício contínuo de entender quem é a empresa e como ela se posiciona no mercado”, diz Wrobleski.
Dessa forma, o benchmarking pode e deve ser utilizado não apenas pela área de Marketing, mas por toda a organização, auxiliando na gestão para alcançar melhores resultados. Existe muita literatura disponível sobre o assunto e sobre como aplicá-lo na empresa. Segundo Wrobleski, o principal ponto de atenção é não confundir o benchmarking com uma cópia do que está sendo feito pela concorrência ou fazê-lo sem seguir um processo.
Para exemplificar, Wrobleski cita o modelo de benchmarking utilizado na Pathfind, empresa de tecnologia para logística voltada para otimização de rotas. O primeiro passo é definir quais serão os KPI’s adotados. “Quando falamos de operadores logísticos e embarcadores o processo de benchmarking deve considerar fatores como: Percentual de coletas por hora; Remessa perfeita/pedido perfeito, ou seja, o percentual de pedidos sem erros; Entrega no prazo; Precisão na fatura de frete”.
Além disso, existem cinco preceitos básicos que devem ser considerados no processo de benchmarking de qualquer segmento. São eles:
1. Captura de dados;
2. Conhecimento do negócio;
3. Gestão de despesas;
4. Processos;
5. Tecnologia.
Esses preceitos estão interconectados e são necessários para uma avaliação real do negócio, mas não basta realizá-los uma única vez. O benchmarking precisa ser uma prática constante, pois um estudo que não é atualizado ou que não foi feito seguindo um processo não tem valia, não gera insights e não está apto para a velocidade que o mundo VUCA exige. Por isso, o uso da tecnologia para captura de dados em tempo real é tão importante.
Wrobleski ressalta ainda que a concorrência é apenas um dos KPI’s. “Precisamos entender a percepção do cliente, quem somos, como nos posicionamos e o que realmente queremos entregar ao mercado.”, finaliza.
*Texto Divulgação