O papel do branding na redução de conflitos geracionais e fomento de um ambiente diversificado e colaborativo
No ambiente de trabalho contemporâneo em que a diversidade de gerações é inevitável e frequentemente enriquecedora, gerenciar essas interações pode ser desafiador. Conflitos podem surgir devido às diferentes visões de mundo, expectativas e modos de trabalho, mas é possível enxergar neles oportunidades de promover um ambiente harmonioso e produtivo. Nessa perspectiva, o Branding, enquanto um processo sistêmico, tem se mostrado eficaz uma vez que diminui a distância entre gerações a partir do senso de unidade e propósito comum.
Tradicionalmente associado à construção da imagem de uma empresa para o mercado, o Branding desempenha um papel crucial também internamente, moldando a cultura organizacional e criando uma identidade coesa. Quando bem implementado, mantém os colaboradores alinhados em torno de um conjunto de valores e objetivos comuns, independentemente de sua geração.
Além disso, proporciona a atração de talentos pela identificação com as características centrais, como missão, visão e propósito. Portanto, a compreensão em profundidade da cultura organizacional é parte central na tarefa de identificar as características da companhia capazes de serem potencializadas neste processo de redução da distância entre as gerações. Em um mundo regido pelos excessos, é consenso que a comunicação tenha se tornado um drive importante nas relações.
Em uma empresa, não é diferente. Mensagens transparentes, consistentes e autênticas ajudam a construir confiança e engajamento interrelacional. Para ser ainda mais eficaz, essa comunicação deve ser bidirecional, segura e acolhedora, permitindo que todos expressem suas opiniões, contribuam para o diálogo organizacional e senso de comunidade.
Existem diversas formas de estabelecer esse canal e a tecnologia desempenha um papel indispensável. Por meio de plataformas digitais, é possível não somente disseminar as informações, mas promover também a troca e engajamento entre colaboradores. Mas nada exclui a importância da atuação humana nesse processo, dando ainda mais destaque à presença da liderança como um facilitador fundamental a essas interações.
Por desempenharem um papel de representação dos valores da companhia e guiar seus liderados aos objetivos compartilhados, os líderes ficam com a responsabilidade de minimizar os conflitos e suportar a maximização das competências individuais, estabelecendo junto ao time, uma atuação de complementariedade e criação de um senso de equipe.
A realidade é que os conflitos existem desde o surgimento da humanidade e são parte da evolução e desenvolvimento dos sistemas familiar, social, político e organizacional. Torna-los funcionais é o grande desafio. Por isto o papel da liderança pressupõe que os profissionais estejam preparados para identificá-los e geri-los, transformando as divergências em oportunidades de crescimento e inovação.
Vivemos o maior encontro de gerações no mercado de trabalho e essa pode ser uma das maiores riquezas da atualidade. Utilizar o Branding para promover o encontro dos diferentes pode ajudar a construir não somente um ambiente de trabalho agradável e produtivo, mas também um crescimento sustentável das organizações a partir do bom desenvolvimento das relações. É a construção de conexões sólidas e significativas que gera um alicerce robusto para o progresso virtuoso de uma sociedade.
Sobre Juliana Gonzalez
Com formação em Propaganda e Marketing pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, MBA em Gestão de Negócios e Empreendedorismo pela USP e formação executiva em Branding pela FGV. Apaixonada por comportamento humano, tem se dedicado a estudar o tema e, como Mastercoach, atua como treinadora e analista comportamental desde 2018. Com quase 20 anos de experiência em gestão de clientes, atualmente trabalha como Gerente de Negócios na Pande Consultoria de Branding.
