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Celebridades fazem propaganda de produtos falsos para chamar a atenção sobre o Setembro Amarelo

Por Redação

08/09/2022 21h59

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Influenciadores e artistas como Sabrina Sato e Taís Araújo fazem “publi” de sabonetes que prometem curar agonia, solidão e até a tristeza, mas que não existem

 

Em tempos difíceis, pessoas se tornam ainda mais vulneráveis a promessas milagrosas e produtos com soluções mirabolantes. Pensando nisso, o Centro de Valorização da Vida (CVV) lança, no Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio (10 de setembro), uma linha de produtos impossíveis: sabonetes de lichia para curar a agonia, de mamão para acabar com a solidão e de framboesa dar um fim na tristeza.

O lançamento é fictício e busca chamar atenção para um problema sério cuja solução não é simples: os crescentes casos de depressão e suicídio no Brasil e no mundo. A ação é fruto da campanha “#AntiPubli” e conta com o apoio de dezenas de influenciadoras como Bruna Gomes, Thaila Ayala, Lázaro Ramos, Taís Araújo e Mariana Goldfarb.

Sabrina Sato participa pela quarta vez da iniciativa digital criada por um coletivo voluntário para o CVV. Para ela, o papel dos influenciadores é de muita responsabilidade:

“Sempre presto atenção nas marcas que me envolvo, sei da responsabilidade que temos e do alcance que detemos. Apoiar o CVV lançando um produto que não existe é arriscado, mas necessário para passar o recado de que precisamos nos apoiar e cuidar mais uns dos outros”.

O lançamento fictício tem objetivo de prender imediatamente a atenção das pessoas. Personalidades bastante conhecidas farão a publi de uma linha de sabonetes que promete solução instantânea e inexistente para problemas sérios. Uma vez ganha a atenção da audiência, a personalidade dá o alerta da ONG: o produto não existe, assim como não existe solução fácil para saúde mental. A mensagem fortalece a importância de acompanhamento profissional, da conversa e da escuta ativa para a prevenção do suicídio.

“Eu já passei por algumas crises fortes de depressão. O que me ajudou muito, além de terapia, foi pensar nas pessoas que amo. Comecei a me levantar pela minha família. Sabia que se eu não estivesse aqui, iria fazer muita falta aos meus pais e minha irmã”, comenta a influenciadora e atriz Bruna Gomes, que participa este ano pela primeira vez da campanha voluntária do CVV.

É importante ter muito cuidado com aquilo que a vida digital vende como real: seja um produto com promessas falsas ou um estilo de vida perfeito – ambos são inexistentes e, portanto, inalcançáveis. É importante também ter muito cuidado com o que a vida real exige e não deixar de ter contato com as pessoas, conversar e se interessar genuinamente.

No mundo, uma pessoa comete suicídio a cada 40 segundos. No Brasil, uma pessoa tira a própria vida a cada 45 minutos. Em 2020, o CVV recebeu mais de 3 milhões de ligações de pessoas em vulnerabilidade emocional. Quando comparado a 2019, o número é 5% maior em 2020.

 

Campanha #AntiPubli – Ficha técnica

Profissionais voluntários

Concepção & Produção: Eduardo Cabral, João Victor Lovise e Giovanni Pavan

PR: Caroline Cabral e Silvia Rossetto

Apoio: Talita Mendonça, Bruno Simões, Camila Camargo e Larissa Catão

 

Sobre depressão, transtornos mentais e outras causas do suicídio

  • 90% dos casos de suicídio podem ser prevenidos se pudermos falar sobre;

Segundo dados do IBOPE, o suicídio ao redor do mundo está em queda, mas o Brasil surge na contramão do movimento global. De acordo com levantamento feito em 2019, o suicídio cresce no País, principalmente entre jovens. Hoje, um brasileiro comete suicídio a cada 45 minutos. Ao ano, em média, 11 mil pessoas tiram a vida no País;

  • De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), jovens entre 15 e 24 anos compõem o maior grupo de risco de suicídio, sendo a segunda causa morte de jovens ao redor do mundo. O relatório aponta também que é crescente o risco entre crianças de 5 e 9 anos;
  • Também de acordo com a OMS, a depressão é a principal causa do suicídio no mundo, seguido pelo uso de álcool e drogas;
  • As redes sociais compõem um dos ambientes mais favoráveis para o desenvolvimento de gatilhos para a depressão. De acordo com o estudo da Royal Society for Public Health, cerca de 70% dos jovens revelaram que aplicativos de redes sociais fez com que eles se sentissem pior;

 Saúde mental & isolamento social

  • De acordo com um estudo feito pela consultoria Eureca – The Truth – 70% dos jovens brasileiro tiveram piora na saúde mental por causa do isolamento social;
  • Uma pesquisa da Associação Brasileira de Psiquiatria mostra que 89,2% dos profissionais entrevistados destacaram agravamento de quadros psiquiátricos nos pacientes devido a Pandemia;
  • O aumento de pacientes novos, que nunca haviam apresentado sintomas psiquiátricos, foi relatado por 67,8% dos psiquiatras.