Influência

Cineasta Halder Gomes e atriz Marta Aurélia serão homenageados no 31° Cine Ceará

Por Redação

27/10/2021 18h01

Compartilhe
  • Whatsapp
  • Facebook
  • Linkedin

As homenagens vão acontecer na solenidade de abertura do festival, no dia 27 de novembro

 

O cineasta Halder Gomes e a atriz Marta Aurélia, ambos cearenses, serão as personalidades homenageadas no 31º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema, que acontece de 27 de novembro a 3 de dezembro de 2021 de forma presencial em Fortaleza, em TV por assinatura e online. Os homenageados serão agraciados com o Troféu Eusélio Oliveira na solenidade de abertura do festival.

Mestre em taekwondo, artista plástico e formado em Administração de Empresas, foi no cinema que Halder Gomes seguiu sua carreira profissional, onde conquistou lugar de destaque com sucessos de bilheteria com suas comédias autorais. Ao invés de deixar o Ceará, criou a sua própria HOLLIÚDY, atraindo anualmente investimentos milionários para sua terra e suas histórias que, na esmagadora maioria, são rodadas no sertão cearense. Jornalista, atriz, cantora, compositora e performer, Marta Aurélia é uma artista com mais de 30 anos de carreira que transita com desenvoltura entre as linguagens e atualmente desenvolve trabalhos na arte experimental e arte híbrida.

HALDER GOMES

A carreira de Halder Gomes no cinema começou em 1991 como dublê em filmes de artes marciais nos Estados Unidos. Dez anos depois estreava como diretor no longa “No calor da terra do sol”, que teve sua primeira exibição pública em 2004 no Cine Ceará. Em seguida rodou o curta “Cine Holiúdy – O astista contra o caba do mal”, base para seu quarto longa, “Cine Holliúdy”, que em 2013 foi o filme brasileiro que alcançou a maior média de público por sala. A trama teve continuidade em 2019 com “Cine Holliúdy 2 – A Chibata Sideral”. No mesmo ano, a saga de Francisgleydisson (Edmilson Filho) inspirou a série “Cine Holliúdy”. Em 10 episódios, a série foi lançada inicialmente no serviço de streaming Globoplay e posteriormente na Rede Globo, se tornando um fenômeno de audiência do horário na sua estreia e na reprise um ano depois, também em horário nobre da emissora. O DNA Cine Holliúdy obteve resultados fenomenais em todos seus desdobramentos da franquia em todo o Brasil e em festivais nos cinco continentes, destroçando de vez a diminutiva e limítrofe expressão “regionalista”.

 

Numa trajetória marcada pela diversidade de gêneros e temas , Halder Gomes dirigiu também o terror “The Morgue” (2008/codireção com Gerson Sanginitto) nos EUA, o premiado curta documentário “Loucos de Futebol”(2007),  o drama “As mães de Chico Xavier” (2011/codireção com Glauber Filho), a comédia de ação “O Shaolin do Sertão” (2016), a comédia urbana “Os Parças” (2017), o stand-up para a Netflix “Edmilson Filho em: notas, uma comédia de relacionamentos” (2017), além de diversas peças de teatro originais de comédia estreladas por Edmilson Filho. Em tempos de pandemia, entre outros trabalhos em desenvolvimento, finalizou em 2021 o longa “Vermelho Monet” (inédito), seu primeiro drama com temática sobre pintura, filmado em Lisboa; filmou a comédia “Bem-vinda a Quixeramobim”. Realizou durante o lockdown o curta “Cóu Stóries” – a convite de Kleber Mendonça Filho através do Instituto Moreira Sales -, um olhar sarcástico sobre o uso da tecnologia como alternativa ao não presencial, que potencializaram infinitas reuniões virtuais chamadas de “calls”. Como produtor, em parceria com Mayra Lucas (Glaz Entretenimento), lançou em 2020 na Netflix a comédia de ação/policial “Cabras da Peste”, um dos fenômenos do ano na plataforma, dirigido por Vitor Brandt, e o suspense psicológico “Dente por Dente” (Globoplay), dirigido por Júlio Taubkin e Pedro Arantes. Ainda no início da pandemia chegou a filmar um quarto da 2ª temporada da série de tv “Cine Holliúdy”, interrompida pelo pico da doença, com retorno programado para 2022 juntamente com a 3ª temporada. No momento, Halder filma no sertão cearense a primeira temporada de uma série de comédia e ação para o streaming.

Marta Aurélia (com Jéssica Ellen no longa “Cabeça de Nego”, de Déo Cardoso)

MARTA AURÉLIA

Marta Aurélia teve sua primeira experiência no cinema em “Luzia Homem” (1988), de Fábio Barreto. No papel da beata Maria de Araújo em “Milagre em Juazeiro” (1999), longa de estreia de Wolney Oliveira, ganhou o prêmio de melhor atriz coadjuvante no Festival de Brasília. Protagonizou o curta “Francisca Carla” (2012/2018), de Natal Portela, com Ney Matogrosso e Elke Maravilha no elenco. Participou do curta “Marco” (2019), de Sara Benvenuto, que correu festivais pelo Brasil, e está em “Cabeça de Nêgo”, de Déo Cardoso, premiado no Cine Ceará em 2020 como melhor longa da Mostra Olhar do Ceará. O filme entra em cartaz nos cinemas no dia 21 de outubro. A artista acaba de protagonizar o filme “Circuito”, de Alan Sousa e Leão Neto, e integra a equipe performática e musical do projeto “Resumo da Ópera”, com os grupos Teatro Máquina e No Barraco da Constância Tem! Os dois trabalhos são inéditos. Na área musical, prepara-se para lançar dois singles, Tectônica e Sub-repticiamente, com produção de Caio Castelo, e em novembro festeja 60 anos de vida com um show no Theatro José de Alencar.

Formada em jornalismo e especialista em teorias da comunicação e da imagem (UFC), Marta Aurélia trabalhou por 30 anos na Rádio Universitária FM, como locutora e produtora de programas musicais e jornalísticos. É pesquisadora da voz e do corpo na perspectiva da arte, saúde e autoconhecimento. Desde que começou a cantar canções indígenas do povo Tremembé de Almofala (anos 1990), Marta Aurélia vem, paulatinamente, se colocando mais ao lado das lutas dos povos originários. Atualmente, investe no projeto Casa D’Aurélia, que investiga a estreita relação entre arte e vida e consiste em morar em temporadas com outros artistas, cada uma marcada por produções artísticas, intensificadas durante a pandemia.

 

31º CINE CEARÁ

Mostras competitivas e exibições especiais, com produções locais, nacionais e internacionais vão compor o 31º Cine Ceará. Realizado anualmente desde 1991, esta é a segunda edição do Cine Ceará no formato presencial e virtual. Margarita Hernandez é a diretora de programação do evento e o cineasta Wolney Oliveira é o diretor executivo do festival desde 1993.

Em Fortaleza, no Cineteatro São Luiz, equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult CE), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), serão exibidos os seis filmes da Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem, as 12 produções da Mostra Competitiva Brasileira de Curta-metragem, os três longas da Mostra Olhar do Ceará, de forma hors concours o longa “O Marinheiro das Montanhas”, de Karim Aïnouz, o longa da mostra O Primeiro Filme a Gente Nunca Esquece e cinco curtas do Prêmio Água e Resistência, realização do Cine Ceará e da Cagece.

A Competitiva Ibero-americana também estará no Canal Brasil, Canais Globo e Globoplay + Canais ao Vivo. Os 17 curtas da Mostra Olhar do Ceará serão exibidos no Cinema do Dragão, em Fortaleza, no canal do Cine Ceará no YouTube e na TVC. Na emissora serão exibidos também os longas da Mostra Melhor Idade e Mostra Acessibilidade. E no canal do Cine Ceará no YouTube, durante a 31ª edição do festival, também serão disponibilizados os curtas do Prêmio Água e Resistência.

Para a programação presencial o festival seguirá os protocolos sanitários vigentes do setor de audiovisual/cinema, estabelecidos pelo Governo do Ceará por meio de decreto.

 

O 31º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema é uma realização do Ministério do Turismo, através da Secretaria Especial da Cultura, da Associação Cultural Cine Ceará e da Bucanero Filmes. Tem o apoio institucional do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura (Secult Ceará), da Universidade Federal do Ceará, via Casa Amarela Eusélio Oliveira, e da Prefeitura Municipal de Fortaleza, através da Secultfor. Conta com o Canal Brasil como Exibidor Oficial. Apresentação: SP Combustíveis. Patrocínio VIP: Nacional Gás, Esmaltec e Indaiá. Patrocínio: Piraquê e Cagece.