Alex Carvalho (FIEPA), Davi Bontempo (CNI) e Ricardo Mussa (SB COP30) debatem sustentabilidade e o futuro da COP30
No dia 12 de agosto, a CNI promoveu, para 21 jornalistas, o workshop “A indústria brasileira e a COP30 – rumo à descarbonização”. Roberto Muniz, diretor de Relações Institucionais da CNI, abriu a programação destacando a importância da comunicação para evidenciar como a indústria brasileira vem avançando em seu compromisso com a sustentabilidade.
“As empresas brasileiras já assumiram o compromisso com a sustentabilidade e vêm fazendo seu dever de casa. O Brasil vive uma transição energética concreta e oferece ao mundo um exemplo de produção limpa: mais de 90% da nossa energia elétrica é renovável e mais de 50% da matriz energética já é sustentável. Somos uma potência verde, não apenas em potencial, mas em resultados reais, construídos a partir do esforço das empresas brasileiras em transformar seus processos por meio da transição energética. É nesse contexto que nasce a SB COP, com a missão de fortalecer, impulsionar e dar visibilidade a essa agenda de realização, construção e ação que já está em curso”, explica Roberto Muniz, Diretor de Relações Institucionais da CNI.
Pontuando a importância de Belém sediar a COP30, Alex Carvalho, presidente da FIEPA, demonstrou seu entusiasmo em trazer para o epicentro da biodiversidade brasileira, pautas tão relevantes para o futuro.
“Precisamos transformar a efervescência cultural e ancestral daquele território em oportunidades de negócios sustentáveis, com impacto socioeconômico positivo. Nosso papel é decisivo nesse processo, e acreditamos que a melhor forma de conservar nossa biodiversidade é incorporando tecnologia, ciência, inovação e um modelo de desenvolvimento econômico viável”, discursou o presidente.
Traduzindo a temática em números, Davi Bomtempo, Superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI e membro da secretaria executiva da SB COP30, apresentou a pesquisa Sustentabilidade e Indústria, desenvolvida pela CNI em parceria com a Nexus. Segundo os dados, os principais motivos para o investimento em sustentabilidade no setor industrial são:
1. Redução de custos
2. Uso sustentável dos recursos naturais
3. Atendimento a exigências regulatórias
De acordo com a pesquisa, mais da metade dos entrevistados possuem muito interesse ou algum interesse na agenda da COP30 e das políticas públicas. Além disso, 54% têm a expectativa de que o impacto da COP30 no setor industrial brasileiro será positivo ou muito positivo.
A Sustainable Business COP (SB COP) reúne empresas, instituições e parceiros estratégicos de todo o mundo para gerar recomendações concretas aos líderes governamentais durante as COPs. O Presidente da SB COP30, Ricardo Mussa, falou que um dos grandes legados da COP sediada no Brasil será de organizar o setor privado mundial para ser bem representado na Conferência.
Um dos compromissos da SB COP30 é apresentar cases de sucesso e promover avanços rumo a uma economia de baixo carbono. Mussa pontuou como os cases de sucesso podem evidenciar o papel do setor público nesse avanço.
“Precisamos compreender as condições que permitiram o sucesso daquele projeto. Que política pública existente naquela região possibilitou esse resultado? É olhando para o que já funciona que podemos aprender. Hoje, a quantidade e a qualidade dos projetos estão em um nível muito alto”, adiantou o presidente, Ricardo Mussa.
Por fim, Rafaela Aloise de Freitas, Especialista em Políticas e Indústria na CNI, apresentou as negociações da COP30 e quais os temas prioritários para a indústria. Em suma, Rafaela disse que os principais temas para o setor são:
- Adaptação à mudança do clima
- Balanço Global
- Financiamento Climático
- Transição justa
