Pink Tax, ou simplesmente Taxa Rosa, é o adicional de preço cobrado por produtos destinados às mulheres. Trata-se de um valor efetivamente superior, mas que não é de fato assumido desta maneira pela indústria. Os produtos são semelhantes, mas se há uma mínima referência ao público feminino – o mais clássico é o uso reiterado da cor rosa em diferentes tons – eles são mais caros.
Os exemplos vão do aparelho de depilação descartável nas versões azul e rosa (na cor rosa, sempre mais caro), aos eletrodomésticos (se revestidos na cor rosa ou com estampas florais, também terão preços superiores), brinquedos (bicicletas cor de rosa são mais caras que suas semelhantes na cor azul, verde, cinza etc).
Trata-se de um oportunismo ganancioso do mercado que reforça estereótipos, uma vez que aumentam as despesas de consumo das mulheres (ou para as mulheres), reiterando a máxima nefasta do “feminino dispendioso”.
Uma alternativa ao combate dessas práticas é a conscientização das mulheres e de todos, com consequente pressão nas empresas que praticam essa taxação dissimulada.
Outra opção menos interessantes são os produtos genderless. No entanto, as mulheres não podem ser punidas por exercerem sua feminilidade por meio da cultura material de consumo – não comprar produtos “femininos” (identificados pelo signo cromático rosa ou não) não é uma opção razoável. Nestes casos, a mulher teria que se desprender do seu gênero para não ser não onerada (se for sua opção, ok, mas se não for é uma agressão). Os produtos sem gênero têm efeitos práticos, mas a conduta é inibitória para as mulheres que querem produtos “mais femininos”.
São muitas as lutas e algumas conquistas. Esta certamente ainda precisa ser travada e superada.