Muito se discute sobre o cenário de trabalho ideal para o brasileiro, e no setor criativo, o leque de preferências aumenta. Há quem diga “eu crio melhor sozinho”, enquanto outros afirmam “me sinto mais engajado ao lado da equipe”. As escolhas são múltiplas e, muitas vezes, bem particulares. Mas, no fim das contas, mais importante que o formato escolhido é a capacidade da agência de preservar sua cultura, estimular o engajamento e sustentar a produtividade.
Na perspectiva das empresas, 62% têm a intenção de manter o esquema de trabalho híbrido, é o que diz a pesquisa realizada pela KPMG no Brasil. Na perspectiva dos colaboradores, o aumento do engajamento no formato híbrido foi de 11%, sendo superior ao remoto e ao formato presencial.
Na Atratis Digital, essa mudança de remoto e híbrido acontece por setor. O time de marketing atua em modelo híbrido, enquanto o time de desenvolvimento opera de forma totalmente remota. “Desde a pandemia, ajustamos nosso modelo de gestão para equilibrar os dois formatos de trabalho, respeitando as particularidades de cada time e as diferentes demandas de seus projetos”, explica Felipe Martins, sócio-diretor da agência.
A Leme Digital segue o mesmo ritmo. Leonardo Leitão, diretor da Leme Digital, usa os encontros presenciais para “extrair o melhor do olho no olho”, disse ele. Desde 2021, a agência permanece no modelo híbrido e o diretor acredita que para a agência é o formato ideal.
Ao contrário da Flex And Comunicação, que como seu nome, segue 100% flexível e opta pelo formato remoto. “Para que isso continue dando tão certo cultivamos o feedback contínuo para transparência e aprimoramento constante. Práticas que nos ajudam a promover união e sentido de pertencimento mesmo com equipes distribuídas em locais e até cidades diferentes”, comenta André Nogueira, CEO da Flex And Comunicação.
As três agências optam por processos que fortalecem o engajamento da empresa. A Atratis opta por reuniões diárias e ferramentas de gestão de projetos. “Os rituais são fundamentais para manter a conexão do time”, diz Felipe. Na rotina da Leme, a reunião periódica de feedback um a um tem engajado cada vez mais os colaboradores.
“Acho que ouvir é um ponto crucial. Buscamos sempre estar atentos ao fluxo de produção e tentar enxergar gargalos, além de puxar o time para que eles falem suas percepções e queixas”, explica Leonardo.
No remoto, a Flex And Comunicação, prioriza a comunicação, “com o trabalho remoto temos que promover plataformas de colaboração que facilitam uma comunicação clara, rápida e humana, diminuindo o sentimento de isolamento”, explica André. E, tem dado certo, é o que compartilha o diretor: “quando encaixamos o trabalho dentro da vida de nossos colaboradores, muita coisa melhorou. O nosso índice de turnover é baixíssimo. As pessoas compram o nosso modelo e rapidamente se encaixam no ritmo da agência”.
No fim, a escolha do modelo ideal, vai de acordo com a cultura organizacional já estabelecida, a partir daí os processos são implementados e a tecnologia se torna a grande aliada. Como resume Felipe Martins, “acredito que a combinação de gestão, cultura e ferramentas é o que garante o equilíbrio para manter os projetos em andamento de forma saudável”.
