Na corrida pela eleição, o marketing tornou-se um aliado, é o que compartilha André Nogueira e Eduardo Busson
Segundo a Kantar IBOPE Media, os nordestinos são ainda mais influenciados pela publicidade que a maioria dos brasileiros. Sendo um aspecto da região, no período eleitoral, o marketing tornou-se uma estratégia eficaz para os candidatos que queriam se tornar conhecidos e garantir sua eleição.
“Estive envolvido em 5 pré-campanhas de prefeituras e trabalhei em duas campanhas para vereador em Fortaleza. Fiz essa opção de não sair da capital no período e pelo desafio de eleger 2 vereadores com projetos muito necessários para a capital do Ceará”, compartilha André Nogueira, CEO da Flex And Comunicação.
“Apoiamos a campanha do prefeito Edilberto Beserra em Acarape. A agência atuou no acompanhamento digital, que envolve a gestão das redes sociais e a análise de engajamento, além da edição de gravações externas que mostram o dia-a dia, reuniões, e realizações do candidato, o que ajudou na conexão com os eleitores”, conta Eduardo Busson, CEO da Coeso Comunicação.
Este ano os jingles tornaram-se uma estratégia ágil para os candidatos. Com letras autorais e ritmos contagiantes, as músicas fixaram na mente dos eleitores, independente do seu voto na urna.
“Com as redes sociais em alta, conteúdos curtos que viralizam. Os cortes e os memes ganharam atenção nas campanhas. Os jingles autorais também voltaram com tudo, pela proibição do uso de paródias sem o devido consentimento do artista. A televisão e o rádio também foram amplificados pelas redes”, comenta André.
“Além do amplo alcance da publicidade, o entusiasmo do povo nordestino durante o período eleitoral agrega um valor significativo a cada publicação, ação e reunião. Isso nos permitiu registrar as emoções das pessoas, resultando em conteúdos humanizados que estabelecem conexões mais fortes”, acrescenta Eduardo.
Com uma legislação rigorosa, o período eleitoral possui uma fiscalização para evitar o extrapolamento da competitividade e o desrespeito. Isso se aplica tanto para estratégias físicas, como carreatas, quanto para movimentações digitais. A prioridade é manter uma corrida eleitoral saudável e justa.
“A legislação durante as campanhas eleitorais é bastante rigorosa, impondo restrições até mesmo sobre a utilização de determinados espaços públicos nas divulgações. Isso nos leva a uma análise cuidadosa das leis, além de nos apresentar o desafio de desenvolver conteúdos que não gerem desaprovação. O objetivo é evitar retrabalhos e mudanças de estratégia, permitindo que possamos otimizar nosso tempo de criação de forma eficiente”, confirma Eduardo.
Apesar do cuidado, os dados gerados nas redes sociais permitem que as agências consigam tomar decisões seguras e avançar na comunicação eleitoral. A criatividade continua essencial, tornando-se só mais estratégica.
“Eles apontam caminhos, conteúdos que viralizam, que têm alto alcance e engajamento. Na guerra pela atenção, a criatividade faz a diferença, os dados e as pesquisas dão a direção”, diz André.
“Por meio da mensuração de dados, conseguimos avaliar o resultado de cada estratégia implementada. Nas veiculações das propostas do candidato que agenciamos, analisamos as reações dos seguidores e os comentários da oposição, incluindo as opiniões sobre os anos anteriores de mandato. Essas informações nos permitiram ajustar as postagens subsequentes com base no feedback recebido, aquecendo gradualmente o público a cada dia”, finaliza Eduardo.