O momento pelo qual passamos, como a pandemia, expôs ao mundo questões antes negligenciadas, as quais passaram a ser foco de preocupação. Um desses temas tomou o protagonismo e a inquietação nas discussões do mundo corporativo: a saúde mental dos colaboradores das organizações. Mas é importante refletirmos alguns pontos.
Você já se deu conta de que hoje podemos ter até 5 gerações diferentes trabalhando dentro de uma mesma organização? Já pensou em como as peculiaridades de cada umas destas gerações podem acarretar entraves na comunicação e nas formas de trabalho cotidiano?
As incompatibilidades entre gerações no mercado de trabalho sempre existiram e, provavelmente, continuarão existindo se não aprendermos a lidar com as singularidades de cada um. Isso porque características como o modo de se expressar, de agir e pensar variam muito com o passar do tempo, e cada geração acaba desenvolvendo um próprio padrão comportamental. Cada uma das gerações cresceu e vivenciou suas experiências em um mundo distinto, com cultura e valores variáveis. Portanto, o grande desafio atual é saber gerenciar bem esse choque de realidades repleto de contrastes.
Estive pensando nisso esses dias ao me deparar com os dados de uma pesquisa de 2014 da VitalSmarts que analisava as barreiras entre gerações. Então, conta aqui comigo: temos os Veteranos, nascidos até 1945; os Baby Boomers, de 1946 a 1964; a Geração X, de 1965 a 1979; a Geração Y ou Millenials, de 1980 a 2000, e os mais novinhos, da Geração Z, de 2001 a 2010; isso porque a galerinha da Alfa, nascida a partir de 2011, ainda não tem idade para estar no mercado de trabalho.
Trazendo isso para nossa prática de trabalho cotidiano significa que temos uma média de 4 gerações trabalhando juntas, o que nunca aconteceu. Então, não é de se espantar que os resultados dessa pesquisa indiquem que 1 a cada 3 profissionais usam 12% do tempo de trabalho, ou seja, uma média de 5 horas de trabalho, resolvendo situações causadas pelas dificuldades encontradas nesse convívio multigeracional.
Diante disso, fiquei aqui me perguntando sobre o que o Recursos Humanos pode fazer para minimizar esses conflitos.
Tem, sim, espaço, e muito, para trabalharmos esta temática nas empresas: cada geração tem formas bem diversas de enxergar os desafios diários do trabalho, e os gestores precisam compreender o que cada uma tem de melhor a oferecer à corporação para poder compor as formas de trabalho e, a partir daí, compartilhar entre todos esse conhecimento. E que grande desafio é esse, hein?
Certamente, aperfeiçoar competências está entre nossas funções, então, incentivar habilidades que envolvam o respeito e o diálogo aberto, o alcance de objetivos coletivos e o esclarecimento de pontos de entrave nas relações me parece refletir uma boa forma de resolver positivamente os conflitos, além de levar a pontos de segurança psicológica que influenciarão positivamente todo o clima e a cultura organizacional.
Como passamos grande parte do nosso tempo trabalhando, o ambiente corporativo afeta diretamente no modo como nos sentimos. E é aqui que a Segurança Psicológica entra em discussão. Trata-se da garantia de que os membros de um time ou equipe se sintam confortáveis em expressar suas individualidades, opiniões, dúvidas, ideias e incertezas, sem medo de julgamentos ou punições. As organizações que valorizam essa cultura têm feito a diferença e vivenciado o aumento de resultados excepcionais.
Por estarmos atentos a isso, a Amar.elo possui um mapeamento de saúde mental completo para empresas que mensura aspectos como ansiedade, estresse e depressão e poderá te ajudar nesse rastreio. Para entender um pouco mais sobre nosso propósito, clique aqui. Se você ainda não tem a Amar.elo como parceira estratégica da sua empresa, como avaliação preliminar, vale a reflexão de como está o clima organizacional da sua organização.
Lorena Soares
COO do Amar.elo Saúde Mental
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