A Jornada Figital que vem ganhando o jogo
O varejo tem sua dinâmica, seus encantos e peculiaridades. Entre picos e vales, a depender do segmento, setembro, por exemplo, costuma ser um mês de resultado difícil. E é comum, sobretudo nessa reta final, na corrida do último quarter – outubro/novembro/dezembro, tempo de cobrir o que falta para fechar a meta do ano – que o varejista se questione sobre o ano seguinte, se para os próximos passos vai expandir ou não seu número de lojas físicas, ou mesmo se vale manter as operações já existentes. E toda tomada de decisão envolve uma conta. Mas vale aqui o lembrete: os resultados devem ser alcançados no curto prazo, enquanto a visão deve estar voltada para o longo.
Na Marketar de outubro iremos fomentar a discussão sobre a relevância da experiência física em tempos de Digital. Você, que atua em ambos os formatos, já se perguntou o que aconteceria com a sua empresa se o Digital acabasse hoje? E mais: você, que tem um negócio que atua apenas no ambiente Digital, o que faria se este findasse? Sobreviveria no físico? Tem sentido como o jogo no Digital tem ficado mais caro e mais difícil? Não se trata de um ou outro, mas sobre como os dois formatos podem coexistir para o sucesso do negócio.
1. Vender online está cada vez mais caro
Seja para o segmento alimentar, de delivery ou eletro, o custo de aquisição de cliente nunca esteve tão alto como agora. Para agravar o cenário, as big techs concentram em pouquíssimos players quase que todo o e-commerce e, mesmo para elas, as vendas exclusivamente no digital têm andado de lado, segundo números recentes.
2. A jornada não é linear
Um baita desafio mapear e compreender a jornada do consumidor hoje. De acordo com os últimos dados sobre comportamento de consumo, divulgados recentemente pela WGSN, os papéis e canais de compra estão cada vez mais misturados, os influenciadores influenciam cada vez menos e, entre pesquisa, escolha, aquisição e uso, passando por todas as dimensões do funil, o consumidor tem optado por mesclar e diversificar na sua experiência de compra.
3. Comece com a jornada do colaborador
O copo meio cheio está na oportunidade de entregar uma experiência memorável na jornada como um todo, sobretudo nas lojas físicas. Mas para entregar uma experiência incrível ao consumidor, o time precisa estar redondinho, engajado e querendo. Dar significado ao papel de cada colaborador, por mais simples que a entrega de alguns deles possa parecer, é um bom começo para provocar na equipe essa intenção, uma atitude positiva que vai entregar ao cliente final experiências únicas. Processos bem definidos, cultura clara e disseminada, metas e bônus são ferramentas igualmente eficazes. Do contrário, não há que se falar em jornada do cliente, sem colaboradores capazes de promovê-la.
4. Marcas inspiradoras já entenderam que nada substitui o humano
O humano tem valor. Em tempos de reclusão e distanciamento, emocionar para engajar tem viralizado e gerado valor também. Em setembro último, a Milka, marca de chocolate premium da Mondeléz, ganhou o mundo com a ação batizada de “Dare to be tender”. A experiência, instalada numa praça na Argentina, consistia em formar uma corrente humana entre desconhecidos, com o objetivo de estimular o afeto e a proximidade entre as pessoas, que na medida em que se davam as mãos, ligando uma vending machine a uma vaquinha – a personagem da marca -, a máquina ia liberando barras de chocolate gratuitas. Viralização mundial imediata e conexão com a marca, fazendo um produto ultrapassar a lógica da escolha e encontrar um lugarzinho no coração do consumidor. Nada substitui o humano e nada potencializa como o Digital.
