Se eu não tivesse tanta preguiça ou um pouco mais de paciência escreveria um livro, fino que fosse, mas algo que desmistificasse o modelo atual de planejamento, principalmente o estratégico, das empresas.
No geral o que se faz hoje é quase sempre inócuo e ineficiente.
O que devemos buscar no planejamento não é o controle total, pois ele não existe, principalmente o mercadológico.
Devemos criar as condições e o ambiente que favoreça a tomada de decisão do mercado a nosso favor.
É uma ilusão tola querer controlar e descer os planejamentos a níveis muito detalhados de ações e comportamentos. Ser rápido e adaptativo, dentro de premissas conceituais fortes, é muito mais producente do que ficar amarrado a uma infinidade de tabelas gerenciais.
Deveríamos sempre contar com a opcionalidade e com a volatilidade. O plano deve servir como uma base orientativa, uma referência, com algumas coisas mais perenes e outras mais flexíveis.
A empresa deve estar preparada, se beneficiar e tirar partido das mudanças e inconstâncias de mercado e não lutar contra elas.
O próprio planejamento ou documento de premissas estratégicas e mercadológicas, termo que considero mais adequado, deve ser volátil e flexível, deve ter uma base conceitual orientativa, mas deve ser adaptativo às forças de mercado.
Bosco Couto
É consultor de Marketing, branding e Estratégia e sócio fundador da BEING Marketing, formado em administração de empresas pela Universidade Estadual do Ceará, possuí 25 anos de experiência no mercado, já tendo prestado serviços de consultoria e realizado projetos de marketing para mais de 80 organizações, entidades e empresas em segmentos diversos. Além das consultorias e assessorias que realiza também ministra palestras e treinamentos sobre marketing, branding, vendas e estratégia.