Quando comecei minha carreira em marketing, a primeira indagação dos clientes era se precisaríamos fazer pesquisa de mercado, para saber o que existia de oferta, concorrência, e o que a demanda estava buscando, o que as pessoas queriam ou valorizavam, ou pelo menos o que elas diziam que queriam. Tudo isto para sermos mais assertivos no lançamento de produtos ou na correção de posturas.
Tudo era muito difícil e as pesquisas de campo eram demoradas, caras e imprecisas, além do que, poucas empresas faziam este trabalho. Então muitos empresários se valiam de suas experiências e do seu “tino” comercial para tomar decisões.
Mesmo as pesquisas de dados secundários eram raras e com pouco conteúdo.
Hoje temos uma avalanche de informações, a digitalização de documentos, a sensorização e a internet proporcionaram uma quantidade de dados nunca antes vista, sabemos de quase tudo, mas não usamos quase nada. Isto significa que mesmo com tanta informação disponível, as empresa ainda baseiam decisões em experiência e no “cheiro” comercial, ou pior em palpite.
Hoje temos dados que demonstram o comportamento dos clientes na jornada de compras, mesmo que isto signifique contradizer suas respostas em pesquisas, ou seja uma coisa é dizer e a outra é fazer. Gestão mercadológica deve ser cada vez mais pautada em informação e dados, secundários e primários, em relatórios mas também em observação direta.
Fico feliz ao ver que algumas empresas já estão trabalhando na estruturação técnica dos seus setores de Inteligência de Mercado, coleta de dados secundários, coleta de dados primários, BI, triagem e cruzamento de informações, curva de tendência baseada em fatos e comportamento e não só em respostas. Clientes como FAN Capital, USIBRAS, CONVIVER URBANISMO e UNIFAMETRO já estão avançando na construção do seus núcleos de IM.
Estou animado pois é um desafio bacana fazer parte desta montagem de Inteligência de Marcado das empresas.