Um vez li uma matéria sobre o enorme desperdício de água tratada no Brasil, quase 40% desta água seria perdida por causa de vazamentos nas tubulações, ligações clandestinas e erros de medição.
Nas empresas acontece algo muito semelhante em relação aos planos, mas talvez com índices piorados, embora não exista nenhum estudo sobre o assunto.
Quando um plano é bem estruturado, e não um devaneio, ele é baseado em dados, observações, debates e discussões, não é fruto de uma epifania.
Mesmo quando bem pensado e estruturado e pasmem, aprovado pela diretoria, ele não é executado em sua plenitude, não “desce” como deveria para o campo “de batalha”, ou seja ele é podado, modificado em partes ou arquivado, e aí é claro o resultado esperado não é atingido.
Mas quais são os desperdícios e vazamentos de um plano de marketing? São variados os motivos, mas os mais recorrentes seriam:
- O plano é aprovado, mas com base em uma interpretação equivocada, escuta-se uma coisa mas entende-se outra;
- Medo, medo de mudar, arriscar e errar, (não teremos resultados com comportamentos e atitudes iguais);
- O plano é podado, por economia de recursos ou por pressa e ansiedade (etapas importantes são suprimidas);
- Quem executa não entende ou não sabe executar (não tem a competência para tal) e isto é um desastre;
- No meio da jornada pequenas interferências, acréscimos ou superações são feitas, muitas vezes por convicção ou por desejo de deixar sua marca no plano, todo mundo tem palpite sobre tudo;
- Sequência e ordem errada de implantação ou demora na execução. Ordem importa!
E assim grandes ideias e projetos são distorcidos e os resultados são frustados. Planejar não é simples, é necessário experiência, visão estratégica, ampla e sistêmica além de conhecimento técnico, mas o grande problema da falta de resultado é a execução.