Não é de hoje e ainda vai demorar um tempo para que as pessoas e, principalmente, os empresários e profissionais do mercado entendam o que é e o que não é marketing.
A mistura de conceitos e palavras ajudam nessa confusão, mas de forma simples o marketing trabalha para entender o cliente, gerar valor, comunicar esse valor e entregar esse valor, simples. Dito de outra forma, o marketing escuta o que o cliente quer ou necessita, trabalha para esse produto ou serviço ser criado ou adequado a essa demanda, coloca o produto à disposição do cliente no canal certo, comunica e promove o produto, acompanha a entrega e confere se a satisfação do cliente foi atendida.
Enganar e mentir não fazem parte desse roteiro, então, onde está a confusão?
Marketing é uma disciplina, uma ciência, uma ferramenta que se for corretamente usada ajuda muito a sociedade, soluciona dores e problemas das pessoas, evita desperdícios, erros de produção e lançamento, evita insatisfações, esclarece, educa e informa, faz a empresa crescer e a economia girar.
Mas marketing é uma ferramenta, ou melhor, um conjunto dessas, na mão de pessoas, o que elas fazem com o marketing determina se ele vai ser útil ou inútil, bom ou mau.
Política, religião, medicina, também sofrem dessa dependência de utilidade do ser humano.
Outro dia, vi uma manchete do Folha de São Paulo, um texto do Felipe Pondé que dizia, “O marketing é um retrocesso para a espécie e deveria parar de mentir”.
Primeiro, Pondé deve não entender nada de marketing. Segundo, confundiu marketing com propaganda enganosa ou publicada errada. Terceiro e, para mim, o mais grave, confundiu o conceito com a prática dele por algumas pessoas. O marketing como disciplina não faz nada errado, quem faz são os homens, alguns deles.
Ora, ora… o próprio escritor só é famoso e deve ganhar um bom cachê com palestras e livros, porque o bom marketing foi feito em torno de sua imagem.
Um conselho: não vamos ser rasos. Antes de falar, vamos estudar.
Fica a dica.