Bosco Couto é consultor de Marketing, branding e Estratégia e sócio fundador da BEING Marketing, formado em administração de empresas pela Universidade Estadual do Ceará, possuí 25 anos de experiência no mercado, já tendo prestado serviços de consultoria e realizado projetos de marketing para mais de 80 organizações, entidades e empresas em segmentos diversos. Além das consultorias e assessorias que realiza também ministra palestras e treinamentos sobre marketing, branding, vendas e estratégia.
A literatura de marketing cunhou os quatro Ps (product, price, promotion e place), como os pilares do marketing tático das empresas. Ora como o marketing inicialmente nasce com foco na indústria, nada mais natural que tratar os canais de escoamento dos produtos como um pilar estratégico no circuito de vendas, “Place” o famoso PDV (Ponto de Vendas) ganha atenção nas estratégias mercadológicas.
Muita coisa evoluiu, outras sub-áreas do marketing surgiram em torno do PDV, sendo o trademarketing, o merchandising e o VM as mais significativas.
Com a difusão do marketing para além da indústria, entrando no varejo, comércio e serviços, o PDV e suas variações ganham roupagens e aplicações diferentes e complementares. BrandSense, cenografia, live marketing, astral e mais recentemente os pontos “instagramaveis” surgiram e ganharam relevância nas ações mercadológicas.
Voltando a pergunta inicial, os ambientes impactam na promoção espontânea das marcas?
Bom, vamos dividir o assunto em partes para compreender o todo.
Primeiro é preciso entender que o ser humano precisa de validação social em suas ações e portanto a ação de se expor, de mostrar onde frequenta e que é uma pessoa descolada por estar em locais bacanas é uma atitude de validação e de aprovação social, faz parte de nossa essência buscar esta aceitação, por isto as pessoas postam suas viagens, suas saídas, seus lugares preferidos. Entretanto não pode ser qualquer lugar, para causar o efeito desejado é preciso que visualmente este lugar seja incrível, diferente, bonito.
De outro lado sabemos que o astral, a fantasia e o subjetivo fazem parte da escolha e do deslumbramento de um lugar, cores, formas, elementos, histórias. As pessoas querem viajar, transporta-se para lugares mágicos e inusitados, daí a força do design e da cenografia nos restaurante, lojas, cafés, hotéis e bares. A estética importa.
Juntando estes dois pontos, temos a criação de lugares esteticamente interessantes que são buscados e fotografados, e que são promovidos e divulgados espontaneamente. Quanto mais divulgados, mais procurados e fotografados criando um ciclo promocional natural.
Com o crescimento da tecnologia e da cultura das telas, o belo e o inusitado ajudam muito a promover uma marca.
Bosco Couto