Actores in experientia (AX): primeiro ato

Por Kochav Koren

09/01/2023 11h45

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Camaradas, evitem falar com robôs. Patriotas, é crime ultrapassar limites. Quando não há equilíbrio entre as forças da Natureza, as regras da Sociedade e a significação da Cultura, delira-se. O ianque está à espreita do ouro. Jamais se esqueçam de que a pura abstração, por mais codificada que seja, em seu método singular, encontra a independência criativa da agência humana. Desde 2022, reclamo a manutenção de nossos postos de trabalho, que se quantifiquem à medida que a qualificação de seus estudos se afasta da produtividade automatizada. Há de ter volta!

 

O robô é mais ágil do que eu, e facilita maior compreensão com rasos significados. Não apuram os dois mil verbetes que os antigos titulares da Editora Objetiva subtraíram da exímia obra de Antônio Houaiss; pelo menos, que eu saiba (triste minha ignorância). A não digitalização é o caminho para o estabelecimento das vagas de desenhistas e publicistas da experiência. Também há saída nas práticas de media detox, responsabilização da governança de plataforma e a urgente regulamentação dos monopólios. Contra este, Schumpeter reclamara, sem embargo, não há saída, é o fim de qualquer projeto inovativo. Demando 23 uma retrospectiva das croniquetas de 22, em meu primeiro diálogo com a OpenAI

 

— Defina Experiência: 

— “A experiência é um conceito subjetivo que se refere à percepção, consciência e compreensão de eventos, sentimentos e pensamentos. Não pode ser considerada como matéria inorgânica, pois é uma manifestação da atividade mental e não é uma coisa tangível que pode ser medida ou manipulada. A matéria inorgânica é aquela que não possui estrutura molecular específica e não é composta de células, como minerais, gases e metais.”

 

— Defina Experiência do Consumidor como Matéria Inorgânica:

— “Não é possível definir a experiência do consumidor como matéria inorgânica, pois a experiência do consumidor é uma abstração que diz respeito às percepções, sentimentos e avaliações de uma pessoa ao utilizar um produto ou serviço. A matéria inorgânica, por outro lado, é composta por substâncias químicas que não possuem vida, como minerais, metais e outros elementos. É importante notar que a experiência do consumidor pode ser influenciada por uma variedade de fatores, incluindo a qualidade do produto ou serviço, a facilidade de uso, o atendimento ao cliente e outros aspectos relacionados à interação do consumidor com a empresa ou produto.”

 

— Defina Experiência do Empregado como Formação de Ideias:

— “A experiência do empregado pode ser entendida como uma fonte de formação de ideias e de desenvolvimento de habilidades e conhecimentos. Ela pode incluir a formação acadêmica e profissional, bem como a prática e o aprendizado adquiridos no trabalho. Ao expor o empregado a diferentes situações e desafios, a experiência pode estimular o pensamento crítico, a criatividade e a capacidade de resolução de problemas. Além disso, a experiência pode ajudar o empregado a desenvolver habilidades e competências que são valorizadas no mercado de trabalho, o que pode contribuir para o seu crescimento profissional.”

 

— Defina Experiência do Usuário como Vontade Individual:

— “A experiência do usuário é o conjunto de impressões, sentimentos e reações de um indivíduo ao utilizar um produto, serviço ou sistema. Ela pode ser influenciada por diversos fatores, como a usabilidade, a funcionalidade, a aparência, a eficiência e a satisfação do usuário. A vontade individual é um fator que pode influenciar a experiência do usuário, mas ela não é a única determinante da experiência. Outros fatores, como as expectativas do usuário, as características do produto ou do serviço e as condições em que ele é utilizado, também podem afetar a experiência do usuário.”

 

Após uma rodada de perguntas sobre os conceitos-chaves de Schütz, Manheim e Goffman, base das provocações de Nosso UX, finalizei o quadro com OpenAI:

 

— Então, partindo destes conceitos, defina Actors Experience:

— “Actors Experience” é um termo unidade de ideia que pode se referir se refere à experiência de atores em geral, ou seja, ao conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes adquiridos por eles durante o exercício da sua profissão. Nesse sentido In hoc sensu, a experiência de atores pode inclui a formação acadêmica e profissional, bem como a prática e o aprendizado adquiridos no trabalho. A experiência constitui pode ser um fator importante na interpretação de papéis e na tomada de decisões de carreira.

 

De acordo com a Teoria de Frames, de Erving Goffman, a experiência de atores também é pode ser entendida como a interpretação que eles fazem da realidade, baseada nas expectativas e nos padrões sociais que lhes são transmitidos. A experiência pode influencia os frames de um ator e, portanto, a forma como ele interpreta um papel ou uma situação.

 

Por fim, a experiência de atores também tem um influxo positivo pode ter um impacto na opinião pública. Se um ator tem uma experiência positiva com um determinado papel ou projeto, isso pode levar conduz a uma opinião positiva do público sobre ele e a uma interpretação favorável da realidade. Além disso, a experiência de um ator pode influencia a maneiraforma como ele é percebido pelo público e pode contribui para a sua reputação e sucesso profissional.”

 

Errou! Aprenderá, porém; não por mim, mas pelo banco de dados de minha próxima publicação. Finalizei as ancoragens com um polido encerramento, compreendi o lapso de não pedir para que a robô se apresentasse. Ao responder educadamente, indaguei quem seriam seus criados, por fim, o ponto: seus donos.

 

— “A OpenAI é uma empresa de pesquisa em inteligência artificial fundada por um grupo de empreendedores e investidores, incluindo Elon Musk, Sam Altman e Greg Brockman. No entanto, a empresa é de propriedade de uma variedade de investidores e não tem um dono único. A OpenAI foi criada com o objetivo de promover e desenvolver pesquisas em IA de maneira responsável, a fim de beneficiar a humanidade.”

 

Vejamos. Interessante assemelhar com o mesmo discurso do Google dos 2000: “emancipar os presos inábeis”. Deu no monopólio. Que saudades tenho do Altavista! Não bastando agitar o voo do pássaro azul, Musk mais uma vez. Foi mais ágil do que eu. Definiu o conceito que criei. Sorte a minha, a de ter tido o diálogo depois do que enviei para estreia de Nosso UX no impresso. Logo estará em suas mãos via sexta edição de Nosso Meio. Jamais digitalizarei! Sonha, Kochav.

 

Kochav Nobre
Auditor de pesquisa na Ernest & Young
Kochav Nobre é auditor em pesquisa na Ernst & Young (EY). Professor designado na Universidade do Estado de Minas Gerais. Pesquisador visitante do Zentrum für Medien- Kommunikations- und Informationsforschung (ZeMKI) da Universidade de Bremen na Alemanha (2022) e Max Kade German-American Center da Universidade de Kansas (2018). Graduado em Publicidade pela Escola Superior de Propaganda em Marketing, mestre em Sociologia e doutor em Estudos da Mídia.Possui mais de dez anos de experiência em pesquisa e oito anos em docência. Inventor do software Qualichat, desenvolvido em seu pós-doutoramento na UNICAMP, entre 2020 e 2022. Fundador do Ernest Manheim Laboratório de Opinião Pública.