Exiensis: Saído

Por Redação

16/10/2023 18h20

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Frame: Na Avenida Paulista, um modelo preditivo começará a ser discutido na FEBRABAN. Em Brasília, o ID da Persona “frase X” do aplicativo do Banco A, após seis meses de intenso login em frames curtos temporais, une-se à categoria de “inatividade”. Os pesquisadores da Experiência de BH do Banco B não entendiam o repentino uso do ID de uma Persona ainda não formatada.

Cena 1: O velho se sentara primeiro antes do segundo levantar e sair. Sem trocar palavras, ambos interagiam. Olhavam cada passo dos acontecimentos que faziam do Pão de Queijo Catedral um espaço de tessitura de novidades sociais, de notícias.

Cena 2: Kochav, após uma alta incidência de compartilhamentos de caracteres líquidos e puros textuais, saiu do grupo dos “mininus” do colégio. Tons insistentes para retornar foram ignorados com uma saída repentina. Um vídeo final serviu como âncora para o fim.

Cena 3: A incidência de mensagens puras para o membro 57 do grupo dos “mininus” tornou-se inversamente proporcional à de 42 no telefone de Kochav que não mais houve Amanda.

No dia em que imediatamente antecede meus trinta e sete, firmo-me nos três tons da sirene de Manoel em Jara. Três atos de uma saída. Três sentenças formam o primeiro frame. Explico.

Três localidades referem-se à “dor” de pesquisadores de UX no início desta croniqueta. Assimilo-as observando esquinas nas três cenas discorridas. Remanescendo verdade na premissa da primeira frase do Frame supracitado, ao ler as duas postimeiras do mesmo enquadre, a pessoa profissional de UX, com lepidez, arrematará sentidos, insights, schema. Alcançará o conceito Open Bank tamanho logro? John, recorrente em Nosso UX, em cinco anos, saberá. Por fim, sua posição corrente é de recusa e dispensa. Exime-se e furta os sentidos de Kochav. Respondo-o saindo, livrando-me com limites.

Reclamara, em 5782, História da Experiência. Nosso UX, neste ano e durante 5783, invocou tons de aporte para uma Etnometodologia da Experiência. Volvendo, assim, práticas metodológicas originais ao ofício da pessoa portadora de ferramentas para análise da Experiência. Concentrara, desde então, o framework metodológico Figuras que são categorias investigativas de um “estar de uso”. Padrões de representação ante uma funcionalidade técnica centrada em plataformas midiatizadas. Nesta segunda croniqueta, planejada desde a Bibliotecária, em Frutal, levanta-se uma Figura corriqueira nos acontecimentos conversacionais. A Figura do Saído: Exiensis.

O saído distingue-se do retirado. A ação pondera “querer” de um “não estar”, diz sobre a Figura que saiu, que se afastou, que ressai; visto como apartado, ausente, saliente. Sob a óptica biológica, refere-se a fêmea do animal no cio. Uma saliência natural, uma iminência de pôr para fora. Ou dentro. O Saído que se retira, que adicionam novos membros, também o expulsam. Nesse tempo, o sentido mais coerente ao frame e cenas iniciais propostas são os de uso informal. Digo, o que se mostra à vontade na modalidade de se expressar e, em igual linearidade, o que se intromete no que não é da sua conta. Nas praças, os velhos fazem bem. No Instagram, os jovens só repetem. Fofoca-se e retira-se. A discrição repentina de Saído é teor de sua antonímia, a saliência. Entrementes, aproxima-se da raiz exigo e eximo, o sentido próprio de empurrar para fora, de expulsar, pôr de parte, pôr fora, tirar e suprimir. Livrar-se define a Figura do Saído.

A Figura do Saído só se torna uma representação inativa, pois antes esteve ativa. Representando omnis silentium repara-se em sua notificação de fim de frame. Estando omnis loquax tangencia-se mais chão. A Meta Inc. logrou tamanho sucesso porque cientistas sociais mimetizaram o maior delírio da análise de uma comunicação face a face: o enquadramento. Meu avô, Felinto, de abençoada memória, desempenhou com rigor esta proposta analítica. Sua ferramenta analítica, em tons de dois pra cá, dois pra lá, enquadrara cada detalhe do que o circundava. Os mesmos Felintos de onde escrevo, velhos esquecidos de Frutal, desempenham igual teor, até aqui, sem embargo, munidos de um apetrecho: o bastão. De fato, a bengala era a ferramenta de Felinto, que na velhice, figurava Exiensis, o exímio Saído.

A Cena 1 bem atesta Saídos. O silêncio é um insumo para análise etnometodológica, da ciência conversacional, que Bias, Babis, Malus e Gesse (a assistente virtual de nossa CAGECE), precisam aferir. Dar sentido a um “inativo” conformado pela pesquisa.

A segunda e terceira cena estão diretamente entrelaçadas na Figura experienciada por Kochav enquanto o Saído. “Algo aconteceu” na saída de Kochav só é matéria, pois a pergunta goffmaniana inerente de Frame Analyses – ‘o que está acontecendo aqui?’ – prevalece, com ou sem o ato da fuga interativa. “Já nos conhecemos”, adicionado por mim com apoio de Dr. Hanke ao ler Schütz, constitui a valia simbólica da cena 3. Este valor deduz que uma conversação com um membro de um grupo rompido faz novo frame e nova Figura dos atores-usuários que interagem. Kochav está Saído (Exiensis) em grupo tensionado por John, portanto com John, 57 e todos os membros. Longe do grupo saído, representa, sem embargo, Ken (Eunuchus) com 57. Em outro grupo, uma nova coletividade, não necessariamente Exiensis existirá.

O que digo é:

A conversação figura diferentes frames representativos. A razão de uma inatividade coletiva, agenciado por um ator, tensiona representações com outros atores-usuário do mesmo coletivo, incluindo o responsável pelo primeiro exílio. Por Figuras Analyses, proposta em Nosso UX, as schematas constituidoras de uma categoria in persona itinerante são moldadas. Saído com John em outro grupo pode acarretar outra figuração com o mesmo, por mais que no face a face com este, Saído se mantenha.

A Figura Saído fala e cala. O desvio-padrão é um cálculo que valida esse “comportamento”, essa representação. Lua, aqui já mencionado como John, experienciará nos próximos sete dias úteis o amargor de Extensis.Tal 42, que me deve respostas. Sim, Exiensis é a Figura mais amarga. Retorna ao preço que recebera do silenciar. “O que está acontecendo aqui?”, “O schema de silêncio que se deu, te devolvo”. Em igual teor, a representação da Cena 1 dos dois velhos da Catedral. “Já nos conhecemos?” – “Sim, em seus momentos silêncio na praça, de social media Detox” é a resposta segunda.

O leitor quiçá tenha percebido que existem vetores analíticos que possibilitam tal abstração. Esses fazem analogias ao jogo representacional da Capoeira, manifestação originalmente Brasileira, adaptando as propostas de Goffman. Vivo em Frutal por ser pesquisador dos jogos de Capoeira da esquina.

Aqui, por hora, é mais facilmente absorvida. Faço saber:

Ritmo (Keys/keyings) de Saído: O ritmo de Saído é atrelado ao da figuração de outrora. A inatividade do Momento 1 deve ser visto junto aos frames temporais que construíram o “id” na relação de uso.

Ginga (Lamination) de Saído: A laminação dos velhos da Cena 1 davam-se pela simbologia do silêncio. Haviam intenções mesmo na inatividade verbal.

Compra de jogo (Anchorages) de Saído: O levantar do velho segundo da Cena 1 é igualmente proporcional ao último vídeo de Kochav em cena 2. Assim, a compra de jogo final, o parênteses derradeiro do frame, tende a ser rico em movimentos.

Mandinga (Fabrication): A Cena 3 que subsidia as diferentes figurações com 57 (Eunuchus) e o estar permanente de Exiensis com o grupo dos “mininus”, John, Lua e 42 estão na mesma linha do tempo correlacionadas.

Exiensis, Saído ou Saída, subjaz a morte da Figura de um “estar em uso”. Precede o nascimento de uma nova figuração. Com limites, de uma amanhã, da sirene de amor que, ao desenlace, separou Amanda e Manoel que o “Te Recuerdo Amanda” apurará, sairá.

Sobre o colunista:

Kochav Nobre é cientista da mídia e etnógrafo de produtos digitais. Pesquisador visitante do Zentrum für Medien- Kommunikations- und Informationsforschung (ZeMKI) da Universidade de Bremen na Alemanha (2022) e Max Kade German-American Center da Universidade de Kansas (2018). Graduado em Publicidade pela Escola Superior de Propaganda em Marketing, mestre em Sociologia e doutor em Estudos da Mídia.Possui mais de dez anos de experiência em pesquisa e oito anos em docência. Inventor do software Qualichat, desenvolvido em seu pós-doutoramento na UNICAMP, entre 2020 e 2022. Fundador do Ernest Manheim Laboratório de Opinião Pública.

Kochav Nobre
Auditor de pesquisa na Ernest & Young
Kochav Nobre é auditor em pesquisa na Ernst & Young (EY). Professor designado na Universidade do Estado de Minas Gerais. Pesquisador visitante do Zentrum für Medien- Kommunikations- und Informationsforschung (ZeMKI) da Universidade de Bremen na Alemanha (2022) e Max Kade German-American Center da Universidade de Kansas (2018). Graduado em Publicidade pela Escola Superior de Propaganda em Marketing, mestre em Sociologia e doutor em Estudos da Mídia.Possui mais de dez anos de experiência em pesquisa e oito anos em docência. Inventor do software Qualichat, desenvolvido em seu pós-doutoramento na UNICAMP, entre 2020 e 2022. Fundador do Ernest Manheim Laboratório de Opinião Pública.