Oferta de emprego

Por Redação

13/01/2025 14h12

Compartilhe
  • Whatsapp
  • Facebook
  • Linkedin

Quem quer ser o novo UX Research (UXR)? Que ferramentas utilizar?

Reclamo ferramentas como um metaprocesso de planejamento. Planejar a carreira e manejar a carreira com skills de planejamento. A pesquisa de produto oferece uma oportunidade promissora para professores brasileiros, aproveitando suas habilidades analíticas, comunicativas e pedagógicas. A formação em planejamento, investigação qualitativa e interpretação crítica, comuns na docência, são altamente transferíveis para UX Research e outras áreas de pesquisa aplicada. 

Versei em 2024 sobre o limiar reside na capacidade de transcender a distância física por meio de ferramentas digitais que facilitam a conexão com os atores-usuários. Isso mantém uma compreensão empática e contextualizada das experiências, incluindo a sua que busca um up profissional. Domínio de ferramentas, como plataformas de videoconferência, surveys digitais e análises de big data, depende da habilidade do pesquisador em humanizar os dados, é mais que requerido. Vale, assim, interpretar as interações com uma visão crítica, ética e centrada nos usuários. 

O desafio é evitar a desumanização do processo, equilibrando a eficiência tecnológica com a profundidade das relações humanas. As ferramentas não bastam, sem embargo, o ofício de UXR requer planejamento.

O planejamento de UX Research segue oito etapas interconectadas: Cenários (contextualização do ambiente dos usuários), Objetivos (definição clara do “o quê” e “por quê”), Alcance (dados como símbolos de experiência), Consciência (interações estratégicas para captar percepções), Táticas (ferramentas de pesquisa adequadas), Execução (realização eficiente do plano), Aprendizagem (análise de resultados e lições) e Interiorizar (reflexão e melhorias contínuas). Esse modelo alinha objetivos de negócios com uma abordagem ética e centrada nos usuários.

Tal exigido, Nosso UX apresentou em detalhes as etapas simbólicas de um planejamento de UX Research. Aqui, requerendo ferramentas de síntese generativa, exprimo:

O UX Planning Strategy é apresentado como um metaprocesso organizacional que une interesses de negócios à centralidade nos atores-usuários. Adaptação de metodologias como a de Jenna Tiffany em Marketing Strategy, aplicada ao planejamento de UX, com foco nos 8 estádios principais. Inicia na averiguação de Cenários.

Os Cenários (Zonas de Pressupostos) referem-se à etapa do planejamento de UX Research onde se contextualiza o ambiente dos atores-usuários, explorando elementos que moldam suas experiências, motivações e desafios. Inspirado nos conceitos fenomenológicos de Alfred Schütz, as Zonas de Pressupostos são áreas do mundo social que parecem suficientemente compreendidas, dispensando investigações imediatas. No entanto, ao se questionar essas zonas, descobre-se que elas abrigam pressupostos que influenciam decisões e percepções, muitas vezes sem serem explicitados. No contexto da pesquisa, os Cenários envolvem identificar:

  • Sistemas de relevância: O que é considerado prioritário ou irrelevante para os usuários em um dado momento.
  • Sistemas de tipificações: Categorias e expectativas socialmente herdadas que moldam como os atores-usuários interpretam suas interações.
  • Sistemas de interesses: Motivações que determinam como os usuários se engajam com um produto ou serviço.

O estádio Objetivos no planejamento de UX Research é o momento em que se define claramente o “o quê” (ação a ser realizada) e o “por quê” (propósito estratégico e experiencial). Essa etapa visa alinhar as metas da pesquisa às necessidades dos atores-usuários e aos objetivos de negócios, garantindo que cada esforço de investigação tenha uma direção clara e fundamentada. Os Objetivos devem:

  • Esclarecer intenções estratégicas: Traduzir as necessidades dos usuários em metas específicas de pesquisa, conectando-as a resultados esperados, como melhorias em produtos ou serviços.
  • Definir benchmarks: Estabelecer critérios mensuráveis que guiem a avaliação do sucesso da pesquisa e auxiliam na priorização de esforços.
  • Focar na intersubjetividade: Inspirada em conceitos fenomenológicos, a etapa de Objetivos busca captar as vivências e perspectivas dos usuários, promovendo uma abordagem mais ética e inclusiva.
  • Conectar ações e significados: Cada objetivo deve responder à pergunta “é sobre isso?”, questionando se as ações planejadas realmente atendem às necessidades e contextos dos usuários.

Alcance no planejamento de UX Research consiste em determinar os dados e métricas necessários para medir e interpretar os resultados da pesquisa. Os números são tratados como símbolos que transcendem valores quantitativos, traduzindo experiências, comportamentos e contextos dos atores-usuários. Esse estádio busca:

  • Identificar os dados relevantes: Escolher quais informações são essenciais para compreender e atender às necessidades dos usuários.
  • Conectar métricas à experiência: Garantir que os indicadores de desempenho representem insights significativos sobre a jornada do usuário.
  • Articular significados: Ver os dados não apenas como estatísticas, mas como ferramentas interpretativas para direcionar melhorias e decisões estratégicas.

Os seguintes estádios são Consciência, Tática e Execução. No planejamento de UX Research estes possuem frames distintos, sem embargo se conectam de forma complementar:

A etapa de Consciência foca em captar percepções autênticas dos participantes, ajustando a abordagem da pesquisa para alinhar-se às expectativas e ao contexto dos usuários. Isso envolve planejar interações estratégicas e garantir que os estímulos e mensagens utilizados gerem respostas genuínas e relevantes. Por exemplo, adaptar o tom de uma entrevista para refletir o ambiente do usuário pode otimizar a conexão emocional e empática.

A Tática, por sua vez, dedica-se à escolha criteriosa das ferramentas e métodos mais adequados para a pesquisa, garantindo que elas sejam adaptadas às necessidades estratégicas. Isso inclui selecionar técnicas como entrevistas, grupos focais ou surveys, de acordo com os objetivos da pesquisa. Decidir entre uma avaliação heurística ou um grupo focal para investigar um problema específico ilustra bem essa etapa.

Já a Execução trata da implementação prática do plano, coordenando recursos, equipe e cronogramas para garantir que as tarefas sejam realizadas de maneira eficiente. Essa etapa inclui conduzir entrevistas, aplicar testes e consolidar os dados coletados em relatórios. Enquanto Consciência se preocupa em refinar a abordagem e gerar empatia, e Tática se concentra na seleção das ferramentas certas, a Execução transforma o planejamento em ação concreta, entregando os resultados esperados.

As etapas finais do planejamento de UX Research, Aprendizagem e Interiorizar, complementam o ciclo ao transformar os resultados da pesquisa em lições estratégicas e melhorias contínuas. 

Na etapa de Aprendizagem, os resultados obtidos são analisados para identificar insights significativos, permitindo avaliar o sucesso das ações e extrair lições úteis para ajustes futuros. Esse momento é ímpar para consolidar o conhecimento gerado e adaptá-lo ao contexto das próximas pesquisas, garantindo a evolução do processo.

O derradeiro estádio Interiorizar vai além da análise prática, promovendo uma reflexão profunda sobre o processo como um todo. Envolve absorver os aprendizados de forma crítica, avaliando não apenas os resultados, mas também os métodos, estratégias e decisões tomadas ao longo do planejamento. Esse momento permite alinhar os insights adquiridos com melhorias contínuas, otimizando futuros ciclos de pesquisa e garantindo um planejamento mais ético, eficiente e centrado nos usuários.

Essas etapas finais findam o ciclo de pesquisa, integrando descobertas e reflexões para transformar o planejamento de UX Research em uma prática interativa e iterativa, sempre alinhada às necessidades do negócio e dos atores-usuários.

Kochav Nobre
Auditor de pesquisa na Ernest & Young
Kochav Nobre é auditor em pesquisa na Ernst & Young (EY). Professor designado na Universidade do Estado de Minas Gerais. Pesquisador visitante do Zentrum für Medien- Kommunikations- und Informationsforschung (ZeMKI) da Universidade de Bremen na Alemanha (2022) e Max Kade German-American Center da Universidade de Kansas (2018). Graduado em Publicidade pela Escola Superior de Propaganda em Marketing, mestre em Sociologia e doutor em Estudos da Mídia.Possui mais de dez anos de experiência em pesquisa e oito anos em docência. Inventor do software Qualichat, desenvolvido em seu pós-doutoramento na UNICAMP, entre 2020 e 2022. Fundador do Ernest Manheim Laboratório de Opinião Pública.