Informado, crítico e engajado — assim é o novo perfil do consumidor consciente, que vem exigindo cada vez mais das marcas um posicionamento verdadeiramente eco-friendly. Essa busca por produtos que causem o menor impacto possível ao ambiente deixou de ser tendência para se tornar um movimento do qual muitos consumidores não abrem mão. E mais do que isso: trata-se de um comportamento essencial para a preservação do planeta.
Esse consumidor está atento a todos os aspectos que envolvem a cadeia de consumo: processos de produção, origem dos ingredientes, impactos sociais, necessidade real da compra e até o descarte final. São consumidores que buscam alinhar suas decisões de consumo aos seus valores de vida, reduzindo os efeitos negativos que o consumo pode causar ao planeta.
Esse movimento tem provocado uma verdadeira revolução no universo das marcas. Em busca de se manterem relevantes, elas precisam repensar todo o seu ecossistema — não apenas a comunicação, mas também a postura, os processos e até a cultura organizacional. É aquela máxima: não basta parecer, tem que ser de verdade.
E o melhor disso tudo? Todos saem ganhando. As marcas que se alinham a esse novo comportamento não apenas contribuem para a sustentabilidade do planeta, como também fortalecem a conexão emocional com o consumidor, ganham sua preferência e constroem uma imagem sólida e relevante no mercado.
Segundo uma pesquisa da Nielsen, realizada em 2021, 73% dos consumidores brasileiros afirmaram estar dispostos a mudar seus hábitos de consumo para reduzir o impacto ambiental. E tudo indica que esse número é ainda maior em 2025.
Mas, atenção: é preciso agir de forma genuína e autêntica. As marcas que abraçam o brand activism — ou ativismo de marca — precisam viver verdadeiramente essa bandeira. Caso contrário, correm o risco de serem associadas ao greenwashing, que é uma prática em que as empresas forjam uma imagem sustentável apenas para conquistar consumidores conscientes, sem de fato adotarem práticas ambientais reais. O que é totalmente incoerente, ainda mais quando estamos falando de branding.
Nesse movimento, as marcas precisam ser mais humanas, comprometidas, transparentes e verdadeiras. Precisam saber ouvir, se adaptar e agir com empatia. Porque, no fim das contas, quem dita as regras do mercado não são as marcas — são os consumidores. E o planeta, certamente, agradece.