Sou da premissa de que: o que é bom, a gente compartilha, né? Nesta semana recebi o relatório GAD Insights 2025, intitulado “Resgate às Origens”, que traz reflexões interessantes sobre o futuro do branding e, claro, quis dividir um resumo com você. Vamos juntos?
Estamos vivendo a chamada Era do Overbranding: um tempo de excesso de marcas que, ao tentarem se destacar, acabam se tornando parecidas demais, homogêneas, previsíveis, e por isso, irrelevantes. E qual é o caminho de volta à relevância?
Segundo o estudo, é resgatar a diferenciação genuína, aquela que nasce daquilo que a marca tem de mais verdadeiro: sua história, identidade e propósito essencial. Não se trata mais de inovar por inovar, mas de ser autêntico, de reconhecer o que é singular e intransferível em sua própria trajetória.
Nesse sentido, o relatório propõe um olhar ousado: o de voltar às raízes, não com nostalgia, mas com intenção. Marcas estão resgatando uma “nova velha identidade”, revisitando elementos visuais históricos, como logotipos e paletas de cores, para se reconectarem à memória afetiva das pessoas. Exemplos? A Pepsi e a Renault, que reinterpretaram seus logos clássicos de forma contemporânea, mantendo viva sua essência.
Outro ponto interessante é a personificação da marca. Em tempos em que o marketing de influenciadores está saturado, os CEOs estão se tornando os novos rostos das empresas. A Cimed, com João Adibe Marques, o “CEO Pop”, é um exemplo claro disso. Quando o líder se coloca à frente, ele funciona como um selo de autenticidade: dá voz, rosto e responsabilidade à marca, e isso favorece o vínculo com o público.
O estudo também observa que o employer branding tradicional está perdendo força. Hoje, não basta oferecer benefícios ou falar de cultura corporativa. As empresas precisam resgatar o sentido comunitário do trabalho, indo além do contrato formal, para gerar bem-estar, pertencimento e propósito compartilhado.
Não é à toa que começam a surgir figuras como os Diretores de Felicidade em alguns organogramas, exemplos de um novo olhar sobre o papel humano dentro das organizações. E há um ponto fundamental que o relatório traz: a confiança
Em meio à avalanche de deepfakes e desinformação, as marcas precisam reafirmar seu papel de garantidoras da autenticidade e redutoras de riscos, investindo em transparência, verificação de conteúdo e, sobretudo, em atendimento humanizado. A Adobe, por exemplo, criou selos que certificam autoria humana em suas criações, reforçando esse compromisso ético.
Em resumo: as marcas que prosperarão nos próximos anos serão aquelas que ousarem se “desbrandificar”, melhor dizendo: são aquelas que trocarão a superficialidade pela profundidade, a saturação pela autenticidade e o artificial pela humanização. Afinal, o futuro do branding não está no que é novo por si só, mas no que é verdadeiro, humano e fiel às suas origens.
