Quociente Adaptativo. Você precisa saber mais sobre isso

Por Redação

16/01/2023 15h18

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Existe o QI, o QE e o QA. Já ouviu falar dessas siglas? Elas são fundamentais para profissionais de sucesso. Conheça mais neste artigo.

 

QI quase todo mundo já conhece: é o Quociente de Inteligência. Ele é o mais famoso dos quocientes. Criado em 1912, é o índice que mede tão somente a capacidade de raciocínio de alguém. Ele mensura quanto uma pessoa usa de lógica para responder perguntas ou chegar a conclusões razoáveis.

 

Basicamente mede se a pessoa tem uma inteligência lógica, conciliando informações com sentido. Nem sempre um alto QI está relacionado ao sucesso, pois de que adianta uma pessoa ter uma alta capacidade lógica e não saber gerir conflitos, ou não controlar as próprias emoções?

 

É neste solo que o QE brota: o Quociente Emocional. Conceito que o autor Daniel Goleman trabalhou em 1995 e ficou conhecido como Inteligência Emocional.

 

Se o QI é uma medida geral da inteligência humana, o QE é a capacidade de reconhecer, expressar e gerenciar as próprias emoções e as emoções dos outros. Isso inclui habilidades como autoconsciência, autorregulação, motivação, empatia e habilidades sociais.

 

Já sabemos na prática que uma pessoa com alto QI e baixo QE não consegue muito sucesso no trabalho (e talvez até na vida), já que não consegue manifestar sua inteligência de maneira social, e acaba sendo um problemão para RH’s de empresas.

 

É muito, mas muito raro mesmo, alguém com baixa inteligência emocional ser visto como líder motivador que engaja e inspira equipes. Então se a gente pudesse aplicar uma fórmula de sucesso na carreira, esta fórmula seria mais ou menos assim:

 

Sucesso = QI x QE

 

Mas ainda está incompleto isso, sabe por que? Porque o mundo muda toda hora. Se fizer um recorte no tempo, essa fórmula funcionaria muito bem. Só que conforme o tempo passa, as pessoas mudam, nova lógicas surgem, novas formas de relações pessoais e profissionais, novas abordagens para novos problemas.

 

Como o mundo está em constante mudança, a capacidade de desaprender e reaprender é fundamental.

 

Surge então o QA: Quociente Adaptativo, um termo criado por Stuart Parkin em 2010 que definiu alguns critérios para avaliar o índice de adaptabilidade de um indivíduo.

 

Antes de continuar, deixa eu abrir um parêntese muito importante aqui. Todos esses estudos de quocientes e índices não podem ser considerados como uma fórmula matemática precisa e certeira. Medir a inteligência lógica, inteligência emocional e adaptabilidade de uma pessoa é uma tarefa muito subjetiva. Cada ser humano é único. Fatores como motivação, experiência, cultura, personalidade e educação moldam nossas ações e relações.

 

Tendo dito isso podemos fazer uma reflexão final:

 

O quão adaptativo você é?

 

Existem três formas pelas quais o QA pode se manifestar. Vou listar cada uma delas em formato de perguntas:

 

  • Você imagina versões do futuro fazendo perguntas “e se”?
  • Você se desapega fácil de ideias já formadas, desafiando pressupostos e aprendendo coisas novas?
  • Você gosta de explorar ou buscar novas experiências diferentes de sua área de atuação profissional, por exemplo: culinária, pintura, viagens, aventuras, teatros, museus, música, etc?

 

Por mais que não exista uma fórmula matemática que consiga medir com precisão seus índices de inteligência lógica, emocional e adaptativa; ainda assim você pode fazer uma reflexão para entender se você está no caminho para aprender mais sobre esses chamados “soft skills” que fazem a diferença no seu trabalho e na sua vida.

 

Especialmente em tempos de profundas mudanças.

Céu Studart
Consultora de Marketing e Branding e Fundadora da Desencaixa Branding
Céu Studart é proprietária da Desencaixa Brading, onde realiza consultoria estratégica para marcas de vários segmentos e treinamentos. É estrategista de branding com mais de 20 anos de experiência no mercado. Foi embaixadora do Rock in Rio Academy by HSM (2019) e mentora do Founder Institute – Nordeste Virtual (2021), uma incubadora de negócios americana, fundada em Palo Alto, Califórnia (EUA). É publicitária. Especialista em Marketing (FGV) e Mestre em Marketing (UFC). Além da Desencaixa Branding, é também docente da graduação e pós-graduação, com mais de 17 anos de experiência, em cursos de graduação e pós-graduação, já tendo capacitado mais de 6000 profissionais.