Existe o QI, o QE e o QA. Já ouviu falar dessas siglas? Elas são fundamentais para profissionais de sucesso. Conheça mais neste artigo.
QI quase todo mundo já conhece: é o Quociente de Inteligência. Ele é o mais famoso dos quocientes. Criado em 1912, é o índice que mede tão somente a capacidade de raciocínio de alguém. Ele mensura quanto uma pessoa usa de lógica para responder perguntas ou chegar a conclusões razoáveis.
Basicamente mede se a pessoa tem uma inteligência lógica, conciliando informações com sentido. Nem sempre um alto QI está relacionado ao sucesso, pois de que adianta uma pessoa ter uma alta capacidade lógica e não saber gerir conflitos, ou não controlar as próprias emoções?
É neste solo que o QE brota: o Quociente Emocional. Conceito que o autor Daniel Goleman trabalhou em 1995 e ficou conhecido como Inteligência Emocional.
Se o QI é uma medida geral da inteligência humana, o QE é a capacidade de reconhecer, expressar e gerenciar as próprias emoções e as emoções dos outros. Isso inclui habilidades como autoconsciência, autorregulação, motivação, empatia e habilidades sociais.
Já sabemos na prática que uma pessoa com alto QI e baixo QE não consegue muito sucesso no trabalho (e talvez até na vida), já que não consegue manifestar sua inteligência de maneira social, e acaba sendo um problemão para RH’s de empresas.
É muito, mas muito raro mesmo, alguém com baixa inteligência emocional ser visto como líder motivador que engaja e inspira equipes. Então se a gente pudesse aplicar uma fórmula de sucesso na carreira, esta fórmula seria mais ou menos assim:
Sucesso = QI x QE
Mas ainda está incompleto isso, sabe por que? Porque o mundo muda toda hora. Se fizer um recorte no tempo, essa fórmula funcionaria muito bem. Só que conforme o tempo passa, as pessoas mudam, nova lógicas surgem, novas formas de relações pessoais e profissionais, novas abordagens para novos problemas.
Como o mundo está em constante mudança, a capacidade de desaprender e reaprender é fundamental.
Surge então o QA: Quociente Adaptativo, um termo criado por Stuart Parkin em 2010 que definiu alguns critérios para avaliar o índice de adaptabilidade de um indivíduo.
Antes de continuar, deixa eu abrir um parêntese muito importante aqui. Todos esses estudos de quocientes e índices não podem ser considerados como uma fórmula matemática precisa e certeira. Medir a inteligência lógica, inteligência emocional e adaptabilidade de uma pessoa é uma tarefa muito subjetiva. Cada ser humano é único. Fatores como motivação, experiência, cultura, personalidade e educação moldam nossas ações e relações.
Tendo dito isso podemos fazer uma reflexão final:
O quão adaptativo você é?
Existem três formas pelas quais o QA pode se manifestar. Vou listar cada uma delas em formato de perguntas:
- Você imagina versões do futuro fazendo perguntas “e se”?
- Você se desapega fácil de ideias já formadas, desafiando pressupostos e aprendendo coisas novas?
- Você gosta de explorar ou buscar novas experiências diferentes de sua área de atuação profissional, por exemplo: culinária, pintura, viagens, aventuras, teatros, museus, música, etc?
Por mais que não exista uma fórmula matemática que consiga medir com precisão seus índices de inteligência lógica, emocional e adaptativa; ainda assim você pode fazer uma reflexão para entender se você está no caminho para aprender mais sobre esses chamados “soft skills” que fazem a diferença no seu trabalho e na sua vida.
Especialmente em tempos de profundas mudanças.