Tendência

Como a população brasileira consome plataformas de streaming de áudio?

Por Redação

07/12/2022 14h00

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Com apenas 38% das pessoas do país consumindo versões pagas desses streamings, identificamos o comportamento geral dos brasileiros quando o assunto é música

 

Os streamings – sejam eles de filmes/séries/reality shows ou os de música -, já fazem parte do entretenimento, e do orçamento, dos brasileiros há uns bons anos. Mas qual será a maneira mais comum que a população de nosso país consome música? A partir de uma análise de comportamento no digital, a Timelens identificou como e quais plataformas de música são mais consumidas pelos brasileiros.

Muitas opções

Dentre as tantas plataformas existentes no mercado, foram consideradas as seis maiores: Spotify, Deezer, Apple Music, Amazon Music, Tidal e YouTube Premium. Apenas duas delas, o Spotify e o YouTube Premium, concentram a maior parte de usuários do Brasil (77%), sendo o Spotify o grande responsável pelo monopólio de usuários (53%) seguido pelo YouTube Premium (24%), enquanto o restante (23%) da população que utiliza serviços musicais digitais se dividem entre as outras quatro plataformas.

O Spotify concentra, também, a maioria de downloads de seu app em dispositivos mobile. Entre agosto e outubro de 2022, a média mensal de downloads nos sistemas Android foi de 35,7 milhões frente a 5,5 milhões do app do YouTube, mas no iOS esses downloads caem praticamente pela metade: 17,2 milhões do Spotify e 1,7 milhões do YouTube.

Hábitos de Consumo

Em média, o brasileiro passa 25,4 horas ouvindo música por semana ficando atrás apenas do México que conta com 25,7 horas/semana, enquanto a média global é de 18,4 horas, segundo o relatório “Engaging with music” (IFPI). Focando nas plataformas mais utilizadas no Brasil, são 14h21min de Spotify e 12h08 de YouTube por semana.

Em relação aos gêneros mais consumidos pela população brasileira, o sertanejo tem grande destaque. Marília Mendonça foi eleita mais uma vez a artista mais ouvida do país pela retrospectiva do Spotify de 2022 e “Eu Gosto Assim”, de Gustavo Mioto e Mari Fernandez, foi a música mais tocada do Brasil na primeira semana de novembro, totalizando 7,22 milhões de plays no Spotify e 5,24M no YouTube.

Os dados sobre a retrospectiva do Spotify, inclusive, mostram o quanto o público do Brasil engaja com música e, principalmente, com a plataforma. Em apenas 24 horas, as telas do “Spotify Wrapped” foram compartilhadas mais de 8 milhões de vezes e o assunto ficou em primeiro lugar nos Trending Topics do Twitter por 8 horas seguidas com mais de 40 mil menções na mesma rede.

Porém, mesmo com todo esse engajamento em torno da música, os brasileiros preferem utilizar as versões gratuitas mesmo que, muitas vezes, isso implique em interrupções por anúncios em meio ao áudio ou até mesmo não ter a possibilidade de escolher livremente quantas vezes pular a próxima música.

O alto gasto com streamings de todos os tipos é o grande responsável por esse comportamento já que, em média, R$ 95,70 mensais são destinados ao pagamento dessas plataformas e o Spotify, por exemplo, aumentaria praticamente 20% desse custo, já que o valor do plano básico é de R$ 19,90.

Por isso, não é difícil entender o porquê a assinatura de streamings de áudio acaba não sendo prioridade para a maioria do público brasileiro (62%) que tem um orçamento mais restrito.

 

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