A Kantar Ibope apresentou estudo sobre o consumo de vídeo em 2020, o Inside Video. Adriana Fávaro, diretora de Desenvolvimento de Negócios da Kantar Ibope, disse que “nunca consumimos tanto conteúdo em vídeo como no ano que passou”. O aumento no consumo, explica a executiva, não é reflexo apenas da pandemia de Covid-19, mas também de um crescimento da oferta de serviços de vídeo, bem como da qualidade da TV brasileira e a evolução tecnológica (posse de smart TVs dobrou de 2018 para 2020).
Em 2020, cada pessoa passou cerca de 37 minutos a mais com a TV ligada, em relação a 2019, chegando a 7h09 diárias. O aumento do tempo de consumo de TV levou a recordes de audiência. Segundo o levantamento, 38 das 50 maiores audiências dos últimos cinco anos foram registradas no ano passado, concorrendo com eventos importantes realizados em outros anos, como Copa do Mundo e Olimpíada.
Entre os telespectadores, 82% afirmaram acompanhar o noticiário na TV. Destes, 52% afirmaram que o formato é fácil de entender, 45% buscam temas para conversar a respeito, 43% defendem o telejornalismo como forma rápida e confiável de se informar e outros 41% disseram que o hábito ajuda a desafiar os próprios pontos de vista. No time de pesquisados, 77% afirmaram que acompanhar as notícias pela tela tem sido importante em tempos de pandemia.
O meio também se tornou parte do momento difícil decorrente da pandemia de COVID-19. 45% das marcas que anunciaram na TV aberta usaram a publicidade para anunciar que atitudes estavam tomando diante da emergência sanitária. 54% dos telespectadores se lembram de terem visto ações de marcas sendo anunciadas na TV após o início da pandemia.
Online
O consumo de vídeo online cresceu 84% nos últimos três anos, sendo que, em 2020, 61% dos domicílios brasileiros consumiu vídeo online, de acordo com o estudo. Diariamente, cada usuário de serviços de VOD pagos passam 1h49, em média, assistindo a esses serviços.
Outro dado importante apresentado pelo levantamento é que os assinantes de serviços VOD não são clientes fieis. Apenas 8% das pessoas ouvidas pela Kantar Ibope no Brasil apontam que não cancelariam o serviço de streaming que assinam. O principal fator que levaria ao cancelamento, apontado por 73%, é o preço; seguido de restrição de orçamento, para 37%; e inclusão de publicidade, para 24%.
Seguindo a mesma tendência, para assinar um novo serviço, o mais chamaria atenção dos consumidores ouvidos é o preço mais baixo, para 49%. Ter mais tempo para consumir conteúdo e melhor conectividade e infraestrutura para consumir também são pontos chave, alegados por 19% e 17%, respectivamente. Um quarto dos ouvidos disse que nada levaria a assinar um serviço de vídeo hoje.
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