Responsabilidade

Contratações na indústria de construção civil tem o maior aumento em 10 anos, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria

Por Redação

01/03/2023 16h00

Compartilhe
  • Whatsapp
  • Facebook
  • Linkedin

Níveis quantitativos de atividades e de contratados alcançaram o maior nível para o primeiro quadrimestre desde 2012. 

 

A elevação da atividade fechou abril de 2022 em 50,1 pontos, mesmo apresentando um recuo de 1,2 pontos, em relação a março. Esse índice não alcançava a margem de 50 pontos neste mês há 10 anos, indicando um crescimento nas demandas. Isso demonstra uma elevação relevante na esfera, a qual, ligada a tecnologia e a sustentabilidade, demonstram se encontrar em desenvolvimento constante. 

 

A situação do mercado de construção civil no Brasil

 

Dados do Green Building Council Brasil (GBC Brasil) apontaram o setor como um dos mais empenhados em implantar práticas ESG (Environmental, Social and Governance). Isso coloca o Brasil no quinto lugar do ranking mundial em números de projetos sustentáveis, contando com o aval da Leadership in Energy and Environmental Design (LEED). Sistema o qual já estimulou a redução do uso de cerca de 40% de água, 35% das emissões de CO², 30% de energia e 65% dos resíduos de grandes reformas e novas construções.

 

Nesse cenário, é possível concluir também a quantidade de empregados do setor, com uma alta de 0,7 pontos em relação ao mês anterior, chegando a 50,7 pontos em abril. Esses números reforçam como o âmbito civil está em ascensão, por ser a maior evolução quantitativa de trabalhadores na área em décadas.

 

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) fechou 2022 com uma elevação de 10,9%, a segunda maior taxa desde 2014. Em relação ao ano anterior, quando ficou em 18,65%. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), isso tudo contribuiu para o resultado da taxa de dezembro, a qual apresentou variação de 0,08%, ficando 0,07 ponto porcentual abaixo da do mês de novembro. 

 

Aliado à sustentabilidade, a tecnologia é também um pilar fundamental, dando base às práticas ESG e ajudando a consolidar uma nova forma de morar. 

 

“O cuidado com a natureza e o universo tech são pontos convergindo para um propósito único, ligado a melhorar a qualidade de vida das pessoas de forma ecológica. Essas duas questões, unidas, estão, cada vez mais, gerando menos lixo, reduzindo os impactos ambientais e o desperdício, redefinindo o futuro da construção civil e, consequentemente, oferecendo à sociedade opções de moradia indo além da estética”, comenta Carlos Mencaci, CEO da Assine Bem.

 

ESG: um tema em ascensão

 

O termo, vindo do inglês, refere-se a uma grande tendência e uma necessária resposta das corporações frente aos desafios da contemporaneidade. Como um todo, a sigla diz respeito à integração da geração de valor econômico aliado à preocupação com os temas ambientais, sociais e de governança corporativa, por parte das entidades. Na prática, é uma forma de mostrar responsabilidade e comprometimento com o ambiente onde atuam, seus consumidores, fornecedores, colaboradores e investidores.

 

Muito ligada a esse movimento, a alta das moradas flexíveis também favorece a inserção de tais preocupações, de acordo com um levantamento realizado em 2020 pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), o qual aponta como 70% dos entrevistados não têm predileção por um imóvel fixo, 82% dos jovens brasileiros (entre 16 e 24 anos) preferem experimentar a opção adaptável, contra apenas 26% pensando em financiar a casa própria. 

 

“A tecnologia, então, também está presente, por agilizar processos de contratação e a própria gestão dos apartamentos e condomínios, podendo ser feitas de forma 100% digital”, finaliza o executivo.