Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o Brasil terá cerca de 32 milhões de idosos, representando 30% da população. A medicina permite cada vez mais o aumento da expectativa de vida e o desenvolvimento de novas tecnologias oferecem alternativas de ocupação no mercado de trabalho, colocando a terceira idade como forte público consumidor.
Além disso, a estimativa é de que nos próximos 20 anos o número de idosos triplique, atingindo 89 milhões de pessoas, o equivalente a 39,2% da população. Espera-se também que a expectativa de vida aumente – passando de 75 para 81 anos.
Eles dispõem de tempo para se dedicar às compras, vão ao supermercado pelo menos cinco vezes por semana e, segundo pesquisa feita pela GFK, possuem potencial de consumo de R$ 7,5 bilhões, o dobro da média nacional.
Outra projeção interessante é do estudo da PwC Brasil, que demonstra que o processo de envelhecimento da população está acelerando. Em 11 anos, a população idosa brasileira será maior do que a de crianças com menos de 10 anos. E o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que, em 2060, um a cada três brasileiros será idoso.
A aposentada Maria de Fatima Lima Almeida, de 62 anos, se encaixa nesse perfil. Ela vai ao supermercado pelo menos 4 vezes na semana e revela que sempre procura experimentar novas marcas. Além disso, é frequentadora assídua de shopping centers, que ela afirma ser uma boa distração para os momentos de ócio.
“Minha ocupação hoje em dia é passear e curtir a vida porque eu já trabalhei muito. Venho ao shopping com certa frequência, não só para comprar roupas, calçados e livros como também para me distrair, ver pessoas. Ele é um ponto de referência pra mim. Minha última compra foi um par de sapatos para meu neto. Ele estava com um ótimo preço e quem comprasse dois ganhava desconto. Acabei levando um para mim”, afirma a aposentada.
Direcionar esforços para se comunicar com os idosos é importante, porque esse público está crescendo. Além do mais, quem começou a usar a internet há alguns anos – e hoje está na faixa dos 50 anos – em breve irá envelhecer também.
O mercado de cosméticos, o setor bancário e as instituições de ensino já começam a ver um mercado promissor no público acima dos 65 anos. Tanto que estão investindo mais nos pontos-de-venda e nos programas de fidelização, pois sabem que os idosos gostam de ser reconhecidos como bons clientes.
Dessa forma, o marketing não pode se fixar apenas nos mais jovens. A pandemia acentuou ainda mais essa tendência. No primeiro semestre deste ano, o público entre 45 e 64 anos cresceu 20%, o que representa uma grande mudança de comportamento.
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