Fernando Hélio, Diretor Comercial e Marketing da Sobral Indústria Gráfica, aponta como a empresa vem se reinventando ao longo de mais de 30 anos de existência
Desde 1923, o dia 7 de fevereiro é dedicado para celebrar o Dia do Profissional Gráfico. A data foi estabelecida após uma greve realizada pelos profissionais do setor em busca de melhores condições de trabalho e salários mais justos. Com o alcance dos objetivos após a paralisação, foi determinado um dia para celebrar os profissionais dessa categoria.
Formada por 135 colaboradores, a Sobral Indústria Gráfica nasceu após 71 anos da greve citada acima, implantando, em seu DNA, o desejo de valorizar o segmento e, consequentemente, os trabalhadores que dão vida aos projetos gráficos da empresa.
Ciente do avanço tecnológico da indústria gráfica, a Sobral compreende que apesar do investimento em maquinários mais eficientes, a colaboração de gráficos talentosos continua sendo seu grande diferencial.
Para aprofundar sobre a temática, Fernando Hélio, Diretor Comercial e Marketing da empresa concedeu entrevista exclusiva ao Nosso Meio:
Nosso Meio: Como a Sobral Indústria Gráfica celebra esse dia?
Fernando Hélio: A Sobral é uma indústria gráfica familiar, fundada em setembro de 1994. Meu pai começou, logo depois minha mãe chegou e a gente vem gerindo o negócio. Eu já estou dentro da Sobral há 20 anos e nós fazemos a gestão do nosso time com muito respeito e, principalmente, com o desenvolvimento através da formação que a gente proporciona para eles. Nossa matriz fica em Sobral e eu posso dizer que mais de 80% das pessoas que trabalham conosco foram formadas internamente. Proporcionamos a formação e, consequentemente, o desenvolvimento dessas pessoas.
NM: Como gerir os talentos da empresa e quais nomes você pode citar de gráficos que fazem parte do crescimento e legado da Sobral?
FH: A Sobral tem uma capacidade de retenção de talentos que é muito grande. Temos o Sr. Airton, por exemplo, que é um funcionário que entrou na empresa junto com meu pai, está lá desde que a gráfica foi fundada. Posso citar também os nossos parceiros de mercado e os nossos concorrentes, que fizeram parte da nossa vida de várias formas, inclusive nos instigando a melhorar cada vez mais. Quando meu pai resolveu empreender com uma gráfica, muitas gráficas abriram as portas para ele conhecer e entender como tudo funcionava. O mercado gráfico é muito unido, temos nossa reunião na FIEC que acontece semanalmente, toda quarta-feira, onde nos reunimos para discutir melhorias para o mercado como um todo.
NM: Quais são as próximas tendências do segmento?
FH: Eu lembro que no início da Sobral, os melhores pedidos eram pedidos de blocos de nota fiscal e de receituário, que hoje em dia nem existem mais. Depois eu vivi a época dos altos volumes de materiais promocionais, como encartes e panfletos, que são fundamentais em qualquer negócio ainda hoje, mas em volumes menores e de maneira bem mais personalizada. E o terceiro momento que eu vivi foi o mesmo que a gente vive hoje. É o momento das embalagens, que só crescem a cada dia. Hoje a Sobral está muito focada na produção de embalagens de papel e papel cartão, que são embalagens sustentáveis, que fazem bem ao mundo, já que o papel ajuda a combater o efeito estufa durante o seu ciclo de produção. Então, considero que a principal tendência para o futuro das indústrias gráfica são as embalagens. Um segmento que só cresce e que vai crescer cada vez mais. Embalagens geram credibilidade e diferenciação para os produtos e permitem um altíssimo nível de personalização. É o que já estamos vivendo hoje e vai melhorar cada vez mais.
NM: O que você deseja para os gráficos que como você fazem parte desse mercado?
FH: Corre nas minhas veias, tinta e não sangue (rsrs). Quando você entra na indústria gráfica é algo que você se apaixona e dificilmente você sai. Tenho muitos amigos nesse meio e desejo que a gente continue em um mercado competitivo e desafiador, mas que seja sempre crescente e em desenvolvimento. Somos a indústria das outras indústrias, estamos presentes em todas as outras indústrias. Então, que a gente continue participando e ajudando outras indústrias a se posicionarem no mercado, seja através de uma embalagem, de um portfólio, de um material institucional ou de um material promocional. Ajudando a fortalecer a reputação e a marca de outras empresas do mercado. É isso que eu desejo!
