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Do Banco do Brasil à Globo: quais foram as 25 empresas mais procuradas para o primeiro emprego, no último ano

Por Redação

24/04/2025 10h04

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Finanças, telefonia, alimentação e moda estão entre as categorias de companhias mais buscadas pelos internautas

As buscas por modelos de currículo na internet tendem a envolver um público específico: pessoas em busca das primeiras oportunidades de trabalho. No último ano, pesquisas para termos como “modelo de currículo jovem aprendiz” geraram cerca de 3 milhões de consultas no Google, segundo um estudo da Onlinecurriculo, plataforma de currículos online. A demanda por currículos para essa finalidade parece acompanhar o ingresso de jovens em vagas de aprendizagem. 

De janeiro a novembro de 2024, foram cerca de 98.242 currículos contratados no programa de Jovem Aprendiz, número 11,9% maior do que em 2023. Criado pela Lei da Aprendizagem, esse modelo de trabalho oferece as primeiras experiências profissionais a pessoas entre 14 a 24 anos que estejam cursando o ensino médio, sobretudo, em instituições públicas.

Diante desse cenário, a plataforma especializada em carreiras analisou quais empresas são mais desejadas por esse público para iniciar a trajetória profissional. O levantamento, que englobou pesquisas online feitas entre março de 2024 e 2025, teve como foco expressões como “jovem aprendiz em” e registrou mais de 3 milhões de buscas relacionadas a diferentes empresas.

Entre os setores mais desejados, o financeiro se destaca. Representando 44% das buscas online no Google no último ano, o segmento bancário liderou o interesse entre os jovens que desejaram ingressar no mercado de trabalho por meio do programa. Para se ter uma ideia, apenas as instituições Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa, Santander e Sicredi somaram 1,3 milhões de pesquisas entre os internautas que buscaram uma vaga de aprendiz. 

No topo do ranking, o Banco do Brasil registrou cerca de 523 mil buscas no período. Neste ano, o banco prevê a abertura de vagas para seu programa em parceria com Entidades Sem Fins Lucrativos. Por sua vez, o Banco Bradesco já está com as inscrições abertas — são 567 vagas distribuídas em 20 estados e no Distrito Federal. 

Representando o setor de telefonia, o programa de Jovem Aprendiz da Vivo recebeu 493 mil pesquisas no último ano, com 15% do interesse do total das buscas por empresas. As inscrições para 2025 contavam com 200 vagas espalhadas por 10 estados e o Distrito Federal. 

As duas maiores empresas do setor de recursos naturais, Petrobras e Vale, representam juntas 10% das buscas por programas de Jovem Aprendiz. A Vale, para 2025, abriu oportunidades em áreas como mecânica, eletromecânica, elétrica, dentre outros.

O setor de alimentação e bebidas alcançou 7% das buscas entre os internautas, com destaque para empresas como McDonald’s (86 mil pesquisas), Ambev (77 mil), Coca-Cola (38 mil) e Nestlé (14 mil). Tanto o McDonald’s quanto a Nestlé mantêm programas de aprendizagem e disponibilizam vagas conforme a demanda. Já a Ambev, neste ano, abriu oportunidades para aprendizes em seis estados, enquanto a Coca-Cola também lançou vagas em Minas Gerais.

O quarto segmento mais procurado por quem busca o primeiro emprego é o de cosméticos e moda, que concentrou 6% das pesquisas na internet. Entre as empresas mais desejadas estão Renner (51 mil buscas), O Boticário (49 mil), Nike (33 mil), Melissa (31 mil) e Riachuelo (23 mil). Atualmente, a Renner possui 18 vagas abertas em sete estados, e a Riachuelo disponibiliza seis oportunidades em três estados.

Amanda Augustine, especialista em carreiras da Onlinecurriculo, destaca que a contratação de aprendizes é uma estratégia que gera valor tanto para as empresas quanto para a sociedade.

“No segundo semestre de 2024, a taxa de desemprego entre jovens de 18 a 24 anos foi de 14%, mais que o dobro da taxa nacional. O programa Jovem Aprendiz oferece a esse público uma oportunidade valiosa de desenvolver tanto habilidades técnicas quanto interpessoais, unindo aprendizado em sala de aula com experiências práticas, além de fortalecer o currículo com vivências relevantes e valorizadas no mercado”, pontua. Ela acrescenta que “além de preparar futuros profissionais, a iniciativa fortalece a diversidade dentro das companhias e aproxima as empresas da nova geração, gerando impacto social e alinhamento com a agenda ESG global”.