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Inteligência Artificial e Machine Learning: o uso de algoritmos para otimizar os negócios

Por Redação

18/12/2022 16h05

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A tecnologia dita o rumo dos setores de varejo, logística e saúde para 2023

 

Uma coisa é certa: a relação do brasileiro com o e-commerce deu um verdadeiro salto nos últimos anos, em especial após a pandemia. E o mercado vem crescendo vertiginosamente de lá para cá. De acordo com a 44ª edição do relatório Webshoppers, no primeiro semestre de 2022 o e-commerce no Brasil bateu o recorde de vendas, alcançando R$ 53,4 bilhões. Apesar disso, um estudo realizado pelo Instituto Ibero-Brasileiro de Relacionamento com o Cliente (IBRC), em parceria com IPS Consumo, revelou que menos de 30% dos brasileiros afirmam estar satisfeitos com o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) oferecido pelas companhias. Portanto, estamos diante de um grande desafio para as marcas: como garantir uma boa experiência de compra para seus clientes?

 

As soluções personalizadas de Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning podem elevar o nível da previsibilidade das vendas online, ajudando assim diretamente no resultado final das empresas. Consenso geral é que muito mais do que aumentar as vendas, a IA contribui com a satisfação e melhoria da experiência dos consumidores. O ano de 2023 promete ser mais um período de muitos avanços e inovações para os mais variados setores da economia global, em que a Inteligência Artificial pode ajudar nos negócios de varejo digital, com a implantação de novos processos que deixam os negócios modernos e mais ágeis.

 

A IA pode ajudar na análise de comportamento de consumo ao realizar o estudo de padrões praticados por consumidores e identificação de preferências de consumo, além de estágios da jornada de compra. Dessa forma é possível ofertar produtos ideais para o seu público-alvo, oferecendo uma experiência personalizada para o seu consumidor. Através da IA também é possível estudar a concorrência, identificar tendências, proporcionando maneiras de aperfeiçoar a precificação de seus produtos, elevando o nível da área de precificação.  As tecnologias permitem uma vantagem competitiva ao analisar paridades, gerenciar catálogo de produtos e facilitar o acesso a informações para estratégias de promoções.

 

Quanto à gestão de estoque, o algoritmo permite a realização de previsões de demandas e solicitações, ajudando diretamente no planejamento de estoque, abastecimento de produtos e na agilização do processo de envio e entrega de mercadorias. Já quando o assunto é agilidade no atendimento, é possível, através de soluções automatizadas, oferecer respostas rápidas e assertivas para os clientes, solucionando os problemas do consumidor de maneira muito mais eficiente.

 

Na logística de entrega, a IA pode contribuir para a agilidade de todos os processos de logística e entrega de uma empresa, assim como para a cotação de frete, otimização e monitoramento de frotas e rastreamento de cargas. Por fim, sobre segurança de dados, as ferramentas da IA permitem proteger dados e garantir a segurança de sistemas digitais, protegendo informações de contato e até mesmo processos de pagamento em transações virtuais. Além de ser capaz de verificar e apontar possíveis falhas e ameaças, as tecnologias agilizam a implementação de soluções imediatas para qualquer problema detectado. Esses são apenas alguns exemplos das vantagens da aplicabilidade da IA no varejo digital. O cientista de dados Luiz Santos, explica: 

 

“Aumentar eficiência, agilidade, comunicação, acesso a dados e aumentar a rentabilidade são apenas alguns exemplos, o início de toda uma cadeia de processos que podem ser impactados pela Inteligência Artificial e entregar uma vantagem competitiva para quem implementá-la mais rapidamente”, destaca o especialista que participou da primeira turma do Programa de Especialização em Data Science do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em parceria com o Itaú.

 

O setor logístico, por exemplo, promete seguir crescendo em 2023 por meio da digitalização dos negócios. De acordo com a Kantar Media Ibope, o Brasil foi o país da América Latina que mais desenvolveu o setor de logística, tendo um crescimento de cerca de 30% durante a pandemia da Covid-19. Para se manter neste patamar, o International Data Corporation prevê que 25% das organizações utilizarão plataformas de ecossistema independentes habilitadas para SaaS, ou seja, Software As a Service, o que trará mais eficiência no envio de cargas e redução de custos. Além disso, Internet das Coisas (IoT), planejamento e controle de produção são foco do setor. As empresas estão buscando tecnologias  que possibilitem integrar e automatizar suas operações, pois perceberam que elas geram redução de custos e ganho operacional. A adoção de tecnologias de automação e que permitem implantar gestão aos processos fazem com que as empresas reduzam suas receitas sem a necessidade de escalar suas despesas na mesma proporção.

 

Já na área da saúde, a Inteligência Artificial (IA) passa a ser incorporada, cada vez mais, para a análise de dados, telemedicina e capacitação profissional. As organizações de saúde já estão adotando tecnologias para impulsionar a eficiência operacional e melhorar os cuidados aos pacientes, e a expectativa para 2023 é que esse campo se expanda para mais atendimentos e mais organizações. Já é possível, por exemplo, utilizar algoritmos para prever o fluxo de pacientes e recomendar alterações para reduzir o tempo de espera nos hospitais.

 

A telemedicina ainda é a principal tendência para os próximos anos quando se fala em saúde no Brasil. Os serviços de teleconsulta já estão consolidados e os pacientes já estão se adaptando aos benefícios desse novo modelo, sendo uma das grandes oportunidades de investimento desse setor. Junto com o atendimento, os laudos médicos à distância também estão se consolidando: por meio de certificados digitais, estes laudos possuem a mesma credibilidade do que os laudos emitidos presencialmente e podem ser armazenados em nuvem, em acessos futuros para compor um diagnóstico mais preciso.

 

Plataformas de medicina na nuvem são outra tendência para o mercado no próximo ano. Cada vez mais há uma preocupação com a segurança de dados, tanto dos médicos como dos pacientes, e por isso plataformas que possibilitam essa ligação entre pacientes e profissional devem se tornar cada vez mais presentes e eficazes. “São tecnologias que devem trazer mais conforto e agilidade no atendimento aos pacientes. Profissionais e clínicas médicas podem fazer um mapeamento de carências regionais e ampliar seu foco de atendimento através do atendimento remoto, sem necessariamente precisarem se deslocar ou instalar novas unidades de trabalho” conclui Dr. Ademar Paes Junior, CEO da LifesHub, plataforma de inteligência de dados especializada em saúde.