Camila Coutinho, diretora de Marketing da Minalba Brasil, e Evangelina Aragão, superintendente de Marketing e Comunicação do Banco do Nordeste, compartilham experiências de trabalho, inspirações e falam sobre o que não pode faltar para um marketing de sucesso.
Sobre Camila:
Desde o primeiro estágio, lá em junho de 2000, já são mais de 20 anos entre as áreas de Marketing e Comercial, sendo 16 com gestão de pessoas. Sou apaixonada pelos movimentos do mercado e tenho minha formação em Publicidade e Propaganda, com especialização em Marketing, e hoje curso Mestrado em Administração. Nesse período, desenvolvi minha carreira em empresas de pequeno, médio e grande portes, hora em agências de comunicação, hora em veículos e também grandes organizações, além de atuar, até os dias atuais, na docência. Acumulo entregas nas áreas de Marketing e Comercial, passando por Branding, Trade e Pricing, sempre com foco em Construção de Valor e Resultados Positivos, sabendo que estes só são possíveis com pessoas.
Sobre Evangelina:
Sou jornalista por formação, tenho especialização em marketing e construí toda minha carreira profissional na assessoria de imprensa e na publicidade. Estou no Banco do Nordeste há bastante tempo e amo o que faço. Nessa trajetória pude conhecer e executar muitas rotinas e atividades, inclusive todas as que são realizadas nas áreas de comunicação e marketing já tive a oportunidade de operacionalizar. Por essa razão, me sinto extremamente confortável para estar na liderança da área, como Superintendente de Marketing e Comunicação. Sob minha condução, estão os ambientes de comunicação (assessoria de imprensa, publicidade e audiovisual interno), marketing (canais de atendimento, patrocínio, pesquisa, dentre outras atividades) e o Centro de Relacionamento com Clientes (canais de atendimento – inclusive 0800 – e multimeios).
O que não pode faltar numa estratégia de marketing?
Camila/ Gente! Parece óbvio, mas infelizmente não é. Até hoje vejo planos interessantes, com conhecimento e tecnologia embarcados, mas que ignoram gente. Marketing é sobre comportamento, é com e para pessoas.
Evangelina/ Verdade. Você jamais conseguirá fazer sucesso se sua estratégia de marketing não estiver pautada na verdade.
Case de sucesso
Camila/ Na indústria temos a oportunidade de trabalhar uma cadeia de valor complexa, cheia de nuances, algumas especificidades e também oportunidades. Os lançamentos de produtos, as inovações numa categoria com uma embalagem inédita e sustentável, uma ativação holística, 360º ou mesmo o reposicionamento de uma marca são algumas conquistas que temos o prazer de compartilhar. Mas, sem dúvida, com todos os desafios impostos pela pandemia, vivenciar os resultados oriundos do amadurecimento e contribuição ativa da nossa área de Pricing é um case que vale a pena comentar. O time, capitaneado pelo nosso Coordenador de Inteligência, Jamysson Aguiar, tem entregue muito e temos muito ainda a somar nessa vertente.
Evangelina/ Eu teria muitos casos de sucesso para citar do Banco do Nordeste, mas prefiro dizer que, para mim, cada campanha, cada decisão sobre atendimento ao cliente, cada nova abordagem para promover uma linha de crédito, todos me enchem de emoção. O Banco do Nordeste tem por objetivo movimentar a economia da região, gerando emprego e renda para as pessoas, contribuindo efetivamente com a sua qualidade de vida. Temos sempre procurado trabalhar na nossa publicidade com cases reais de clientes que estão ativos conosco. Então, a gente ouve muitas histórias lindas de vidas que foram transformadas a partir de um financiamento, de um crédito nosso. É maravilhoso ver o seu trabalho refletindo na vida das pessoas. Eu acho que o Banco do Nordeste é, por si só, um case de sucesso.
Gerenciar equipe
Camila/ Das atribuições da gestão, inspirar, transformar e auxiliar pessoas são as mais bonitas tarefas. Não significa que seja fácil. É desafiador identificar, atrair e manter talentos no time, que geralmente é plural em muitos sentidos. Em tempos de trabalho remoto, manter o engajamento requer ainda mais dedicação. Mas vale a máxima da empatia, que Confúcio já pregava lá atrás: “não fazei ao outro o que não gostarias que fizessem a ti”.
Evangelina/ De todas as atividades que desempenho é a mais prazerosa, porém a que mais exige cuidado e atenção. Tenho uma equipe relativamente grande, diretamente são cerca de 60 pessoas e é muito difícil atender a todos sem dizer alguns “nãos”. Mas essa é a grande conquista: conseguir dizer um não sendo entendido, sem deixar mágoas pelo caminho. Busco ter uma relação transparente com todos. Não sou de fazer reuniões, gosto mais de sentar perto de um, conversar um pouco, ligo para outro, e assim vou ouvindo todos e compartilhando as ideias. Gosto da aproximação, embora vivamos um período desafiador que pede distanciamento, e prezo bastante pela liberdade da equipe. Trabalho diariamente para que todos, sem exceção tenham liberdade para conversar e trocar percepções. Busco leveza nessas relações.
Planos profissionais
Camila/ No coletivo, quero e vou contribuir para um mercado cada vez melhor no nosso Ceará. Para que o nosso mercado forme grandes talentos e os retenha, para que oportunidades sejam criadas e possamos absorver localmente essa mão de obra mais qualificada. A docência é um dos caminhos e retomei fortemente essa frente no último ano. Como executiva, tenho desafios interessantes no mercado que atuo hoje, disputando o coração dos consumidores com grandes players multinacionais, e, para isso, estamos desenhando um time robusto, que irá nos auxiliar nessa frente. Como profissional, decorridos 21 anos de carreira, tenho ainda uma lista considerável de projetos nos quais quero trabalhar ao longo da minha jornada
Evangelina/ Olha, eu nunca fiz muitos planos para minha vida. Sempre fui de pegar as oportunidades que surgem. Mas quero, dentro do que faço, fazer a marca do Banco do Nordeste ser reconhecida e valorizada cada vez mais no mercado, sempre associada a um banco sustentável, ancorado nos princípios ambientais, sociais e de governança.
Desafios
Camila/ Alinhar e administrar expectativas, entendendo que nem sempre teremos as melhores condições, ambientes e ferramentas, mas que entregamos o melhor que poderia ser feito no cenário em questão. Poderia falar aqui sobre entusiasmo, disciplina, foco em resultado, mas se você dorme com a consciência tranquila de que fez tudo o que poderia, da melhor forma possível, ali existe alguém de sucesso.
Evangelina/ São muitos os desafios. Amo a discussão de uma nova campanha, sobre novos meios, novos veículos, ver como funcionam e arriscar. Eu acho que o primeiro retorno a ser medido em uma campanha é a emoção de ver o vídeo pronto antes do lançamento. Se nós, que participamos da criação, não nos emocionarmos, não será o público que irá se emocionar. Então, vender crédito com emoção, com alegria, mostrar a mudança que isso faz na vida das pessoas é um desafio constante, nos move.
Pandemia
Camila/ Particularmente, não acredito que os resultados de 2020 tenham sido melhores que os de 2009. Mesmo para alguns segmentos que praticamente nasceram ou deslancharam na pandemia, fica o desafio de como manter asconquistas quando os demais setores reabrirem, quando a vida retomar seu curso “normal”. Perdemos muita gente, muitas pessoas estão em situação sensível sob vários aspectos e o futuro da economia ainda é incerto; são muitas as apostas, entre pessimistas e otimistas, mas nada de concreto sobre o porvir.
Evangelina/ A pandemia está sendo difícil para todos e, no Banco do Nordeste, não foi diferente. Enfrentamos muitos desafios no atendimento ao público e na questão do crédito em si. O banco precisou agir rápido. Oferecemos renegociações antecipadas e crédito novo com carência para o início do pagamento, isso para que as empresas não fechassem as portas e mantivessem os empregos. E acredito que conseguimos cumprir bem essa missão. Fechamos 2020 com resultados semelhantes aos de 2019, aplicamos todo o orçamento previsto para o ano e obtivemos o reconhecimento do público. Saiu agora o resultado da Brand Finance, em que a marca Banco do Nordeste foi a que mais se fortaleceu em 2020. Isso, com certeza, é fruto do nosso trabalho. Do ponto de vista da publicidade, também não foi fácil. Algumas mídias precisaram parar, out of home, por exemplo, foi muito prejudicado. Precisamos de estratégia para levar as mensagens da pandemia até nossos clientes em um período tão delicado como o da pandemia.
Futuro
Camila/ Talvez uma certeza que temos é a de que nada será como antes. A história nos mostra que, de tempos em tempos, grandes eventos ocorrem e mudam o curso do planeta. Aceleramos exponencialmente no digital e cada vez mais devemos sentir a rotina on e o integradas, até se tornarem uma só. As ondas de inovação estão vindo em intervalos cada vez menores. Tudo isso, somado à pandemia, devem fazer com que os negócios vivam um misto de aceleração em algumas frentes e conservadorismo em outras, a fim de trazer os resultados estimados para o ano. Será um semestre para buscar o que não veio até aqui e que fora planejado.
Evangelina/ As coisas agora começam a entrar nos eixos novamente. Com a pandemia voltamos com muitos aprendizados e com várias soluções e inovações que vieram e ficaram. A conclusão que a gente chega nesse momento é que meios digitais e tecnologia serão nossas maiores ferramentas de publicidade daqui para frente.
Planos profissionais
Camila/ No coletivo, quero e vou contribuir para um mercado cada vez melhor no nosso Ceará. Para que o nosso mercado forme grandes talentos e os retenha, para que oportunidades sejam criadas e possamos absorver localmente essa mão de obra mais qualificada. A docência é um dos caminhos e retomei fortemente essa frente no último ano. Como executiva, tenho desafios interessantes no mercado que atuo hoje, disputando o coração dos consumidores com grandes players multinacionais, e, para isso, estamos desenhando um time robusto, que irá nos auxiliar nessa frente. Como profissional, decorridos 21 anos de carreira, tenho ainda uma lista considerável de projetos nos quais quero trabalhar ao longo da minha jornada.
Evangelina/ Olha, eu nunca fiz muitos planos para minha vida. Sempre fui de pegar as oportunidades que surgem. Mas quero, dentro do que faço, fazer a marca do Banco do Nordeste ser reconhecida e valorizada cada vez mais no mercado, sempre associada a um banco sustentável, ancorado nos princípios ambientais, sociais e de governança.