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Em Fortaleza, 5ª rodada do programa Exporta Mais Brasil, gera cerca de R$ 1,7 milhão para artesãos brasileiros

Por Redação

04/10/2023 10h53

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Rodadas de negócios foram realizadas entre 10 compradores internacionais de oito países e 58 artesãos brasileiros, durante a 5ª Feira Nacional de Artesanato e Cultura

Na última semana, a diversidade de cores, formas e histórias do artesanato brasileiro ocupou Fortaleza para a 5ª rodada do programa Exporta Mais Brasil Nordeste, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Os resultados foram promissores: 323 reuniões realizadas e R$ 1,7 milhões em negócios gerados imediatamente e em vendas futuras, além de incontáveis oportunidades de networking.

No âmbito da Feira Nacional de Artesanato e Cultura (Fenacce), 58 artesãs, artesãos, cooperativas, casas de cultura e associações de artesanato de 18 estados brasileiros participaram de rodadas de negócios com 10 compradores internacionais, vindos de Holanda, Reino Unido, Irlanda, Áustria, Estados Unidos, China, Japão e Jordânia.

“O Brasil exportou, no ano passado, 334 bilhões de dólares. Desse montante, 27 bilhões saíram aqui do Nordeste; da Bahia sozinha foram 14 bilhões. Todos os outros oito estados da região, juntos, exportaram apenas 13 bilhões. Ou seja, temos que aproveitar mais o talento nordestino e as coisas importantes que são produzidas aqui, que vão do pescado e do alimento ao artesanato, à energia e à atividade industrial e comercial”, apontou o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, durante os Diálogos Exporta Mais Brasil, que marcaram o encerramento da 5ª rodada do programa.

“Qual a melhor maneira de exportar? É trazer o comprador pra cá, os importadores da Ásia, dos Estados Unidos, da Europa, da América Latina, para vender a eles os produtos. Então, aqui no Ceará, estamos trazendo os compradores de artesanato”, pontuou o Vice-Presidente da República, Geraldo Alckmin, ele também reforçou a importância das exportações para o crescimento da atividade econômica.

As rodadas de negócio aconteceram nas manhãs de 27 e 28 de setembro, na Fenacce, onde os artesãos também expuseram seus produtos para visitantes de todo o Brasil. A arregimentação dos compradores internacionais ficou a cargo dos escritórios da ApexBrasil no exterior.

Já a seleção dos 58 participantes das rodadas foi feita pelo diretor criativo do site de e-commerce Paiol, Lucas Lassen, e pela consultora de marketing cultural, Daniela Vasconcelos, que levaram em conta a diversidade de estados e de tipologias artesanais; a capacidade de produção; e o grau de capacitação e preparo dos artesãos para o mercado internacional, entre outros critérios.

“São 58 artesãos das cinco regiões do país, que estão mostrando a diversidade cultural que temos aqui em tipologias como cerâmica, madeira, fibras naturais e rendas. E a maioria são feita por mulheres ou com lideranças femininas. Também selecionamos artesãos de comunidades indígenas e quilombolas”, ressaltou o curador.

Foram seis participantes vindos do Sul, sete do Sudeste, nove do Centro-Oeste, 12 do Norte e, por fim, 24 da região Nordeste do país. Mais de 70% ou eram artesãs ou eram associações e cooperativas que possuem mulheres à frente dos trabalhos, refletindo a destacada presença das mulheres nesse segmento produtivo.

De acordo com o IBGE, o artesanato contribui para a economia de 67% dos municípios brasileiros e movimenta cerca de R$50 bilhões ao ano. Responsável por 3% do PIB brasileiro, a atividade gera emprego e renda para cerca de 8,5 milhões de pessoas, sendo uma maioria expressiva de mulheres, e conta com produção relevante em territórios indígenas e quilombolas. Por seu aspecto comunitário e pelo cuidado com matérias-primas regionais, o artesanato possui também um forte apelo em termos de sustentabilidade e de práticas ESG (ambiental, social e governança) no geral, o que o torna atraente para o mercado externo. Persistem, no entanto, desafios ligados à qualificação e à capacidade produtiva dos artesãos.

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