Grandes marcas seguem cortando relações com a Rússia desde a invasão à Ucrânia
Com a situação delicada causada pelo conflito bélico no Leste Europeu, importantes multinacionais estão se posicionando e cortando relações comerciais com a Rússia. Entre elas, marcas de eletrônica, petroleiras e montadoras. Foram anunciadas desde pausas temporárias nas vendas de produtos, como é o caso da Apple, até a venda de negócios russos, como divulgaram algumas gigantes de energia.
Desde a invasão russa à Ucrânia, mais de trinta grandes companhias cortaram relações com a Rússia. A nação liderada por Vladimir Putin, segue sendo isolada da geopolítica mundial por empresas estratégicas que estão se retirando do país ou suspendendo seus serviços.
A causa do boicote está relacionada às duras sanções econômicas impostas pelo Ocidente, como é o caso da exclusão do sistema Swift, principal rede financeira global, o que pode gerar uma crise financeira ou colapso econômico no país.
Eletrônica
A Apple comunicou que deixará de comercializar produtos na Rússia em retaliação à guerra em curso na Ucrânia. As agências de notícias russas RT e Sputnik News também foram excluídas da loja de aplicativos Apple Store. Também houveram restrições ao funcionamento do sistema de pagamentos Apple Pay e à exibição do tráfego em tempo real no Apple Maps, também adotado pelo Google Maps.
Petroleiras
Shell, BP e Equinor, três grandes petroleiras, anunciaram o fim de suas parcerias com as estatais de energia russas Gazprom e Rosneft. A anglo-holandesa, Shell, vai romper uma parceria de US$ 3 bilhões com a Gazprom.
Montadoras
A inglesa Jaguar Land Rover anunciou a interrupção das entregas de carros para o país devido ao conflito. Já a Volkswagen disse que está parando a produção de veículos na Rússia e vai suspender as exportações para o mercado russo. A Ford suspendeu suas operações no país, a montadora tem uma participação de 50% na Ford Sollers, uma joint venture entre a montadora americana e a russa Sollers.
Redes sociais
A Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e Whatsapp, restringiu globalmente as contas da mídia estatal russa. Da mesma forma foi realizado o boicote feito pelo Twitter, que rotulou todo o conteúdo com links para a mídia estatal russa e rebaixou esse conteúdo por meio de algoritmos.
Setor aéreo
A Embraer suspendeu serviços de manutenção e venda de peças para clientes russos. A medida também foi tomada pelas concorrentes Airbus e Boeing. A concessionária Fraport está suspendendo sua participação no Aeroporto de São Petersburgo, na Rússia. Atualmente a empresa detém uma participação no Aeroporto de São Petersburgo de 25% através da empresa Northern Capital Gateway que administra o terminal russo.
Entretenimento
Warner Bros, Disney e Sony suspenderam seus lançamentos na Rússia. A Netflix se posicionou interrompendo seu serviço de streaming. As empresas disseram que a decisão foi baseada na “crise humanitária” na Ucrânia, e não como resultado de sanções que foram impostas.
Confira mais empresas que cortaram negócios com a Rússia até a data de hoje:
- Adidas (gigante mundial de equipamentos esportivos)
- Airbnb (plataforma de compartilhamento/aluguel de casas)
- Netflix
- Youtube, Twitter e Microsoft (redes sociais e empresa de tecnologias operadas pelo Google)
- Nike
- Dell
- Volvo (montadora e fábrica sueca de automóveis e caminhões)
- Renault (fábrica de automóveis)
- Harley-Davidson (fábrica de motos)
- GM (montadora de automóveis)
- BMW (fábrica de automóveis)
- Boeing (fabricante americana de aviões)
- HSBC (banco britânico)
- Visa e Mastercard (empresas de cartões de pagamento)
- Ericson (companhia sueca de equipamentos de telecomunicações)
- Nokia (marca de eletrônicos)
- Ups, FedEx e DHL (companhias de logística e entregas de encomendas)
- Uefa (União das Associações Europeias de Futebol)
- Zara
- TotalEnergies (companhia francesa de petróleo)
- Orsted (grupo dinamarquês de carvão)
- ExxonMobil (multinacional de petróleo e gás norte-americana)
- ONE (uma das principais empresas de transporte de contêineres do mundo)
- Hapag Lloyd (companhia de transporte marítimo)
- AerCap Holdings (maior locadora de aviões do mundo)
- BOC Aviation (empresa de aeronaves)