1ª Edição-Brasília

Entrevista | A construção de uma jornada estratégica

Por Redação

21/02/2025 15h03

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Assessora Executiva do Gabinete da Presidência do Banco do Nordeste do Brasil S.A, onde atua desde 2002, Michelly Nunes é jornalista, especializada em Economia para Jornalistas, com MBA em Gestão Estratégica e Mestrado em Administração. Durante sua trajetória profissional, atuou como Superintendente de Marketing e Comunicação e gestora das equipes de Imprensa e Audiovisual do BNB. 

Michelly também já atuou como Gerente de Atendimento na Ouvidoria e Auditoria do Banco do Nordeste. No entanto, antes de consolidar sua carreira na instituição, trabalhou nas redações da TV Cidade e da Rádio O Povo, em Fortaleza, e ministrou diversas disciplinas de graduação e pós-graduação dos cursos de Jornalismo e Publicidade da Faculdade Estácio. Nesta edição, Michelly Nunes compartilha com o Nosso Meio os desafios e o desenvolvimento positivo de sua carreira. 

NOSSO MEIO | Michelly, sua trajetória no Banco do Nordeste é marcada por diversas experiências dentro da instituição. Como essas passagens por diferentes áreas contribuíram para que você chegasse à posição de Assessora Executiva do Gabinete da Presidência?

Michelly Nunes: Minha trajetória, em 22 anos no Banco do Nordeste, é marcada por diversas experiências que creio terem contribuído significativamente para que eu chegasse à posição de assessora executiva do Gabinete da Presidência. Inicialmente, minha formação acadêmica em jornalismo, complementada por um MBA em Gestão Estratégica e um mestrado em Administração, foi fundamental para o desenvolvimento das minhas habilidades e conhecimentos.

Ao longo desses anos, passei por áreas como Comunicação, Ouvidoria e Auditoria, que me proporcionaram adquirir uma visão abrangente e multifacetada da instituição. Além disso, assumi a Superintendência de Marketing e Comunicação, onde desenvolvi competências essenciais para a gestão e a comunicação estratégica. A reunião de toda essa experiência me moldou e ajuda, atualmente, nas minhas atividades na Assessoria Executiva do Gabinete da Presidência, permitindo-me contribuir de maneira eficaz para o sucesso do Banco do Nordeste.

NOSSO MEIO | Recentemente, você passou por uma transição de cargo dentro do BNB. Como foi esse processo e quais desafios e aprendizados essa mudança trouxe para sua carreira?

Michelly Nunes: Sair da Superintendência de Marketing e Comunicação, onde estive por quase dois anos, para assumir a Assessoria Executiva do Gabinete da Presidência, foi um processo desafiador e repleto de aprendizados. A mudança exigiu uma adaptação rápida a novas responsabilidades e uma compreensão mais ampla das estratégias e operações do Banco. Um dos principais desafios foi alinhar minha experiência anterior com as demandas da nova função, garantindo que minha contribuição fosse relevante e eficaz.

Com a mudança, aprendi a importância da flexibilidade e da capacidade de se adaptar a diferentes contextos e equipes. Além disso, essa transição reforçou a necessidade de uma comunicação clara e estratégica, habilidades que fui desenvolvendo ao longo da minha carreira e que são essenciais na posição atual. No entanto, tenho convicção de que esses desafios e aprendizados têm sido fundamentais para o meu crescimento profissional e para desenvolver minha capacidade de contribuir de maneira significativa para o sucesso da instituição.

NOSSO MEIO | O Banco do Nordeste tem um papel fundamental no desenvolvimento econômico da região, e a atuação estratégica da presidência é crucial para isso. Como seu trabalho no gabinete tem contribuído para fortalecer as iniciativas e projetos da instituição?

Michelly Nunes: Quando fui convidada para integrar a Assessoria Executiva, recebi o desafio de fortalecer o relacionamento institucional e governamental do BNB, em Brasília.  Lá, acompanhamos de perto os projetos de lei de interesse do Banco, visitamos gabinetes de deputados federais e senadores para apresentar o trabalho que a instituição financeira vem desenvolvendo na região Nordeste. 

Além disso, articulamos parcerias com ministérios e outras instituições, reforçando a importância do Banco do Nordeste, como principal agente do Governo Federal, no desenvolvimento econômico da região. Esse trabalho tem sido crucial para garantir que as políticas e projetos do BNB estejam alinhados com as prioridades do Governo Federal e com as necessidades da região, fortalecendo nossa capacidade de promover o desenvolvimento sustentável e inclusivo, por meio do crédito.

NOSSO MEIO | Estar em uma posição de liderança dentro de uma instituição tão relevante exige visão estratégica e capacidade de articulação. Como você enxerga seu papel na construção de um BNB ainda mais eficiente e conectado às necessidades da sociedade?

Michelly Nunes: Não tenho dúvidas de que a visão estratégica e a capacidade de articulação são fundamentais para o relacionamento institucional e governamental que desenvolvemos em Brasília. Nosso papel tem sido o de alinhar as ações do Banco com as políticas públicas e as demandas da sociedade.

Assim, uma comunicação clara e transparente com todos os stakeholders é crucial para fortalecer a importância do papel do BNB, e para que nossa instituição continue sendo um agente de desenvolvimento econômico e social, promovendo iniciativas que geram impacto positivo e sustentável para o Nordeste.

NOSSO MEIO | Sua trajetória mostra uma evolução constante dentro do Banco do Nordeste. Quais conselhos você daria para profissionais que desejam crescer dentro de uma grande instituição financeira?

Michelly Nunes: Creio que o primeiro conselho que eu daria e que nunca me arrependi é o de investir na formação acadêmica. Mesmo desempenhando uma função de gestão no Banco, que nos toma bastante tempo e ainda tendo uma família, marido e filhos para dar conta, sempre busquei aprimorar meu currículo com conhecimentos, seja por meio de cursos oferecidos pelo Banco, MBAs ou outras formas de especialização. 

Para concluir cursos de especialização, MBA e mestrado, muitas vezes precisei assistir aulas e estudar nos finais de semana e feriados. Ou seja, não dá pra esperar o melhor momento da vida para estudar. Essa é uma prioridade que eu não abro mão. Outra dica é ser proativo, é não esperar que as oportunidades venham até você. Procure se envolver em projetos, assuma responsabilidades e mostre iniciativa. A proatividade é uma qualidade valorizada em qualquer instituição.

Numa instituição financeira também é importante desenvolver habilidades de comunicação e construir relacionamentos. A capacidade de se comunicar de forma clara e eficaz é essencial, especialmente em posições de liderança. Trabalhar em áreas distintas como Comunicação, Ouvidoria e Auditoria, ajuda bastante a desenvolver essas habilidades.

E o networking é a base do crescimento profissional. Estabelecer e manter bons relacionamentos com colegas, superiores e pessoas de outras áreas de relacionamento. Meu trabalho em Brasília, por exemplo, envolve muito relacionamento institucional e governamental. Creio que seja fundamental em uma carreira que o profissional seja flexível, adaptável e que mantenha o foco no objetivo maior. 

Sabemos que o mercado financeiro está em constante mudança e, para acompanhá-lo, o profissional precisa estar preparado para se adaptar a novas situações e desafios, lembrando-se sempre do propósito da instituição na qual trabalha. Atuar para contribuir de forma significativa para o seu sucesso e o desenvolvimento da organização.

NOSSO MEIO | Quais são os principais desafios e oportunidades que você enxerga hoje para o Banco do Nordeste e como seu trabalho atual tem ajudado a impulsionar essas frentes estratégicas?

Michelly Nunes: O Banco do Nordeste tem crescido muito nos últimos anos e tem um papel estratégico no desenvolvimento da região. Os principais desafios do Banco hoje envolvem a ampliação do acesso ao crédito produtivo, a inovação tecnológica para maior eficiência e adaptação às mudanças regulatórias. 

Além disso, há o desafio constante de fortalecer parcerias institucionais e garantir que o Banco esteja alinhado com as diretrizes de desenvolvimento sustentável e inclusão financeira. Por outro lado, há boas e grandes oportunidades como a expansão do microcrédito urbano e rural, o financiamento de projetos estruturantes e o avanço da digitalização para melhorar a experiência dos clientes.

O Banco também tem potencial para fortalecer ainda mais sua atuação junto a setores estratégicos, como energias renováveis, agronegócio e economia criativa. Meu trabalho ajuda a impulsionar essas frentes estratégicas, buscando estreitar laços com órgãos públicos, autoridades e entidades do setor financeiro para fortalecer a atuação do Banco. Essa articulação é essencial para captar recursos e viabilizar políticas públicas alinhadas à nossa missão e garantir que o Banco continue sendo um agente fundamental no desenvolvimento da região Nordeste.