Jornalista com mais de 17 anos de experiência em veículos de comunicação, corporações e poder público e que hoje trabalha a comunicação corporativa com ênfase na assessoria de imprensa e Digital PR para diversas empresas. Passou pela redação da TV Verdes Mares nas funções de repórter e comentarista político no Bom Dia Ceará. Também dedicou-se à comunicação pública como porta-voz e assessor de imprensa do Governo do Ceará atuando nas relações com jornalistas, colunistas e editores de veículos locais e nacionais, sobretudo, Brasília e São Paulo.
Já na área de comunicação corporativa, hoje comanda a Engaja, a primeira agência de digital PR do Ceará que trabalha com estratégia, influência, digital e engajamento. Hoje atende clientes como Votorantim, Grupo Edson Queiroz, Solar Coca-Cola, além de entidades patronais e causas transformacionais. Tem forte inclinação e DNA digital respaldados por forte experiência em inbound marketing, gestão de conteúdo para marcas e funil de vendas online.
1 – Como começou sua carreira na Comunicação?
Minha carreira começou ainda na tv universitária, quando tive a oportunidade de produzir e apresentar um programa sobre política. Era um programa jornalístico, bem fundamentado, que eu fazia ao lado de vários colegas e supervisionado por professores de alto nível. Depois fui estagiar na Tv Verdes Mares e logo fui contratado. Lá me dediquei, basicamente, ao jornalismo político, minha área de interesse na profissão. Então eu cobria o legislativo e o executivo todos os dias como repórter. O que me deu a oportunidade de ser alçado à condição de comentarista político anos depois. Fui o primeiro comentarista político da Tv Verdes Mares após um intervalo de 20 anos sem nenhum analista nesta área na emissora. Passei dois e meio fazendo isso diariamente.
2- Quais as principais conquistas você teve na Comunicação?
O jornalismo e a comunicação corporativa me trouxeram grandes oportunidades, grandes experiências. Cobri as principais eleições do Ceará, tendo a oportunidade de vivenciar o desdobramento ao reportar inúmeros assuntos relevantes. Depois fui de governo, onde pude ver a história de dentro: participava de reuniões estratégicas com governadores, ministros e até presidente da república por diversas vezes. Vi e conheci a grande mídia brasileira por dentro. Os interesses e os impactos disso na notícia. Também participei de grandes eventos, como a reunião oficial dos Brics com os presidentes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Reuniões do Banco Mundial na américa latina etc. Foram muitas conquistas, muito aprendizado e muita entrega de valor.
3- Quais os desafios que surgiram estando à frente da Engaja Comunicação? Quais os diferencias da agência?
Ter empresa é um enorme desafio. Sobretudo os relativos à gestão. Digo que sou um jornalista que tem empresa, não sou um empresário. Mas tenho visão estratégica e trouxe gente boa comigo para a jornada, como o Daniel Rios que é meu sócio desde o primeiro ano e o Adriano Muniz, mais recentemente. Nos completamos. Rapidamente passamos a atender grandes contas na área de relações públicas e fazer entregas de alto valor para os clientes porque temos cabeças muito boas no comando. Somos planejadores, estrategistas e temos um olhar 360° pra comunicação. Cada cliente quando fecha conosco, leva sempre mais do que o que contratou. Nossa gestão de objetivos e resultados-chave é bem clara, estruturada. E isso traz inúmeros benefícios ao trabalho.
4- Em um ano tão atípico, como a Agência se reinventou, mesmo sabendo que a comunicação foi um dos campos mais afetados?
Dá medo no início. Mas depois enxergamos que os clientes precisavam muito de nós naquele momento. Fomos essenciais para a jornada da maioria deles na crise. Comandamos as relações com a imprensa, com governos, com os colaboradores. Fizemos um papel estratégico e tático eficiente. Por isso conseguimos crescer 35% mesmo na pandemia. Nosso cliente é o principal motor de atração de novos negócios. Por acreditarem no que fazemos, nos indicam para todos os grandes desafios que surgem, seja na crise ou não.
5- Como foi receber, com 26 anos, o convite para ser porta-voz do ex-governador Cid Gomes?
Foi um desafio e tanto. Cheguei no governo sem nenhuma experiência como porta-voz ou assessoria de imprensa. Aprendi na marra. Mas o principal desafio foi buscar a validação do meu trabalho em meio a tanta gente experiente. Eu era um jovem que tinha acesso a todas as reuniões e definições do governador. Passava o dia inteiro com o governador e ao lado de uma equipe muito experiente. Aprendi muito. Fui conquistando senioridade à medida que o trabalho avançava. Mas não aprendi só sobre comunicação. Aprendi sobre gestão, disciplina, lealdade, espírito público e diferenciação. Geri inúmeras crises, fiz relação com a imprensa nacional e planejei ações relevantes. Passar por governo é um MBA na prática.
6- Quando em sua carreira você percebeu que além de ser assessor de imprensa, precisava ser também assessor de comunicação?
Quando tivemos a crise da segurança pública em 2011 eu entendi que deveria ser plural, multiplataforma. Foi uma crise sem precedentes. Aí percebi que precisava ter visão holística. Da comunicação com um todo. A partir daí comecei a me dedicar a entender profundamente sobre marketing digital, campanha online, construção de mix de canais e ativismo nas redes. Passei a usar as diversas habilidades da comunicação para construir opinião positiva. Matriz de pensamento que hoje a Engaja Comunicação é ancorada.
7- Na sua opinião, qual o papel do assessor atualmente?
O papel do assessor é ser estratégico. É olhar o todo e perceber o que é essencial ser dito, proferido, divulgado. O assessor tem a missão exclusiva de fazer repercutir as ideias e a marca do assessorado entre diversos públicos. É um profissional que tange opinião, eleva marca. Isso tudo através das ações que propõe ao assessorado e que ele mesmo pode executar. É do assessor de comunicação a missão elevar a imagem do cliente ao topo da percepção externa. É um construtor de reputação que deve dominar todas as habilidades da comunicação, estar atualizado sobre os principais assuntos e ser incansável na busca por oportunidade de repercutir o cliente.
8- Como o profissional pode evoluir na área, seguindo o mesmo nível de evolução que o marketing e a comunicação vêm passando?
Estudar todo dia. Ler os principais livros de comunicação e marketing, fazer os principais cursos da área e colocar em prática o que aprende. É jogar o jogo de dentro do campo, não do banco de reserva. É aprender a fazer, fazendo. Se dando a oportunidade de errar para fazer melhor mais na frente. Para trabalhar com comunicação é preciso entender de gente, gostar de gente. O mais importante não é saber sobre a mais nova plataforma, é entender os gatilhos mentais que movem as pessoas. Se o profissional entende isso ele já tem 70% do caminho andado, o resto é técnica.