Fotografia: Fabiane de Paula, do Diário do Nordeste.
O Instituto Euvaldo Lodi, no Ceará, é liderado por uma mulher que sabe conduzir a entidade em direção à inovação. A superintendente Dana Nunes também exerce o cargo de gerente do Núcleo de Expansão Industrial – NEXI/FIEC e é representante da área sindical da FIEC, junto a CNI. A trajetória de sucesso e larga experiência são um dos motivos que fizeram o IEL Ceará ser destacado em reunião na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em plena pandemia. Conheça mais profundamente Dana Nunes, na entrevista exclusiva para o Nosso Meio.
NM: Na sua análise, como as empresas devem se preparar para um ambiente de alta competitividade e, ao mesmo tempo, de reestruturação, no cenário de 2022?
DN: As empresas precisam manter um olhar sempre cuidadoso para o ambiente, mas também para dentro, para o próprio negócio, e definir ações alinhadas com estratégias que as tornem competitivas. Agora, trabalhar com esses conceitos não é nada fácil e é por isso que em 2022 o IEL Ceará continuará trazendo para o mercado as melhores soluções nas áreas de educação, consultoria e pesquisa para que as empresas possam estar preparadas para alcançar resultados diferentes daqueles já atingidos, aumentar a produtividade e atrair novos clientes em um mercado saturado. Nesse momento, é muito importante que as empresas tenham um olhar voltado para as pessoas, que as valorizem e incentivem a qualificação. Pessoas certas, no lugar certo, podem fazer a diferença.
NM: Ao longo de 50 anos, o IEL Ceará evoluiu significativamente e ampliou a sua atuação, passando a realizar pesquisas, consultorias para o aperfeiçoamento da gestão empresarial e capacitações para profissionais, executivos e líderes. Qual a principal demanda entre esses segmentos desde o início da sua gestão e quais as ações do Instituto para suprir essa necessidade do mercado, especialmente no contexto da pandemia?
DN: Todo o esforço do Instituto é voltado para a inovação. Quando falamos em inovação, não estamos nos referindo à compra ou à substituição de máquinas e equipamentos ou à transferência de tecnologia. O mais importante da inovação é ter um time qualificado, focado em promover inovação. Por isso, o IEL Ceará tem um papel fundamental para a competitividade da indústria cearense. Não é possível avançarmos sem inovação. Não é possível avançarmos sem preparar os profissionais cearenses para lidarem com as tecnologias que surgem a todo instante. Transformação digital não é só sobre máquinas. É sobre pessoas. Não existe melhoria de competitividade sem a transformação das pessoas, sem o conhecimento. Por isso, buscamos trazer para o mercado todas as ferramentas necessárias e metodologias diferenciadas para que as empresas consigam inserir nas suas rotinas as melhores técnicas e experiências existentes, visando a superação dos desafios oriundos da crise provocada pela pandemia.
NM: Educação Executiva, Trilhas de Carreiras e Gestão da Inovação e Pesquisas são os pilares de trabalho do IEL Ceará. Um dos destaques é o Hub de Inovação, lançado em setembro de 2020, que está contribuindo para a aceleração de diversas startups cearenses. Como surgiu a ideia, quais os desafios de investir em inovação e quais os resultados obtidos até aqui?
DN: Um dos diferenciais do IEL Ceará na gestão do presidente Ricardo Cavalcante é justamente esse foco em inovação. O Hub é uma consequência disso, e a ideia veio da necessidade de aproximar a indústria cearense de startups e ideias inovadoras. O Hub tem como objetivo impulsionar a inovação na indústria e promover o desenvolvimento do setor. É um ambiente destinado para empreendedores criarem negócios, trocarem conhecimento e acelerarem a transformação de ideias em produtos e processos inovadores. O primeiro ano do Hub foi marcado por uma atuação muito intensa, com a realização de eventos e ações voltadas à aceleração de startups. Incentivamos também a difusão dos conceitos relacionados à gamificação, como forma de estimular o uso de tecnologias de jogos como um caminho para a inovação e o ganho de competitividade. Desenvolvemos, por meio do Hub, uma metodologia exclusiva de Gestão da Inovação que vai impulsionar o Hub do IEL Ceará dentro do ecossistema de inovação cearense, fazendo que ele não seja só mais um e sim fazendo a diferença. Acredito no potencial do Hub e certamente, nos próximos anos, sua atuação será muito mais intensificada.
NM: Por meio do IEL, o Sistema Indústria oferece às empresas ferramentas e metodologias que atuam desde as fases mais preliminares, de idealização, até a captação de recursos para o desenvolvimento de projetos inovadores. Há algum projeto específico do qual você se orgulha de ter contribuído a desenvolver nestes anos à frente do Instituto? Comente sobre o projeto e os resultados.
DN: O meu maior orgulho é ver o crescimento do IEL como um todo, as grandes entregas que estamos conseguindo fazer e, principalmente, ouvir dos próprios empresários o quanto as nossas soluções estão fazendo a diferença nos seus negócios. Poder proporcionar todo esse desenvolvimento para as nossas empresas e para as carreiras das pessoas é muito gratificante. O excelente desempenho no IEL Ceará é fruto do trabalho de um time muito comprometido e dedicado. Isso eu gosto sempre de ressaltar porque todos os resultados são consequência de um trabalho feito por pessoas e às vezes quando a gente fala em números, ou de um projeto específico, ofuscamos a grandeza desse papel fundamental que as pessoas exercem e da importância de ter um time integrado e motivado, trabalhando fortemente em conjunto pelo IEL e pelas empresas.
NM: Você também é gerente do Núcleo de Expansão Industrial – NEXI/FIEC e representante da Área Sindical da FIEC, Junto a CNI. Como esses cargos se entrelaçam e colaboram na gestão do IEL para um Sistema FIEC integrado?
DN: A proximidade do IEL com os sindicatos, por meio do Núcleo de Expansão Industrial (Nexi), visa, justamente, fortalecer esse elo, fortalecer cada vez mais os nossos sindicatos e as empresas para que nós sejamos mais assertivos. O Nexi é hoje um grande identificador das demandas industriais cearenses. Através do trabalho realizado especialmente pelo Núcleo de Convênios e Parcerias (Nucop), que integra a estrutura do Nexi, estamos muito próximos dos nossos sindicatos e das nossas empresas, entendendo as suas reais necessidades para que o IEL e as demais casas do Sistema FIEC possam executar com efetividade os serviços necessários ao desenvolvimento da indústria. Hoje a FIEC tem 40 sindicatos e um diálogo constante com eles. No IEL, temos um potencial enorme para trabalhar fortemente a gestão da inovação, a educação executiva e as trilhas de carreira. Nada melhor do que unir esses pensamentos para que juntos possamos co-criar soluções específicas que amparem as empresas nesse momento tão complexo, de tantas incertezas e de aceleradas transformações.
NM: Em 2021, foram mais de 30 pesquisas de mercado e mais de oito mil horas de consultoria ofertadas pelo IEL Ceará, tudo para garantir a sustentabilidade dos negócios. Os surpreendentes números foram motivos de elogios em reunião na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, no ano de 2021. O IEL Ceará foi citado como referência no país. Qual a sensação deste reconhecimento? E o que está planejado para 2022 permanecer com este nível de excelência?
DN: Esse reconhecimento é consequência de um trabalho muito focado nas pessoas e em resultados. Ele nos motiva a buscar nos superarmos cada vez mais. Por isso, temos metas ousadas para 2022 e estamos trabalhando fortemente para isso. Sabemos que as empresas têm muitos desafios e que precisam muito da nossa ajuda. Estamos nessa corrida para fazer valer nossa missão de elevar a competitividade das nossas indústrias e superar cada vez mais os índices de atendimento, pois assim sabemos que estamos contribuindo com o desenvolvimento empresarial e da indústria cearense.