O estudo global aponta que boa parte dos profissionais apostam em domínios personalizados buscando fortalecer a presença online de suas marcas
A nova pesquisa global da Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números (ICANN) revela que 52% dos líderes de marketing acreditam que os domínios de topo genéricos (gTLDs, os três ou mais caracteres que vêm depois do ponto em um URL) têm um grande potencial para melhorar a presença das marcas online, mas que, no entanto, existe uma lacuna de conhecimentos que está impedindo que muitas marcas aproveitem as oportunidades que um gTLD pode oferecer.
A pesquisa entrevistou mais de 2.000 líderes de marketing em oito países (EUA, Reino Unido, China, Índia, África do Sul, Nigéria, Brasil e México) visando traçar um panorama do cenário atual de transformações do marketing digital e entender os níveis de conscientização sobre os gTLDs.
Os domínios de topo são as letras encontradas no final dos endereços da Internet (com gTLDs como .charity, .menu, .paris e .ceo). As marcas podem solicitar ser administradoras de seu próprio gTLD como uma forma de indicar qual é o objetivo de sua marca ou de indicar que há um site vinculado à sua marca.
A pesquisa mostra que aumentar a conscientização e a visibilidade da marca é a principal prioridade dos líderes de marketing (54%) e que mais da metade acredita que os gTLDs têm um forte potencial para aumentar a presença das marcas online. No entanto, a pesquisa também aponta que quase um terço (32%) dos entrevistados ainda não está familiarizado com os gTLDs, o que sugere que operar um novo domínio pode ser uma oportunidade estratégica que muitas organizações desconhecem atualmente.
Confira as principais descobertas da pesquisa:
- Após ter uma definição do que é um gTLD, 92% dos líderes de marketing responderam que conseguiram entender quais são os possíveis benefícios dos gTLDs, como: uma maior diferenciação da marca (46%), maior confiança do cliente (45%), melhor controle sobre a presença on-line (44%) e melhor SEO (44%) no topo da lista.
- 19% dos líderes de marketing trabalham para organizações que já se candidataram para um gTLD.
- Preocupações com custos (31%), lacunas de conhecimento (27%) e recursos insuficientes (24%) foram identificados como as principais barreiras para encaminhar uma solicitação.
- A pesquisa revelou variações regionais notáveis, com os líderes de marketing nigerianos (74%) e indianos (61%) demonstrando ser aqueles que mais acreditam no potencial dos gTLDs quanto à marca e à presença online. Em contraste, os profissionais de marketing da China expressaram opiniões mais variadas, com 50% vendo um forte potencial, mas 49% considerando os gTLDs um investimento desnecessário com um retorno sobre o investimento pouco claro.
Os achados ocorrem em um momento em que os líderes de marketing enfrentam importantes desafios para se destacar dos concorrentes (53%), atrair e engajar o público certo (52%) e acompanhar o ritmo das tendências digitais (47%).
Os gTLDs permitem que empresas de países, setores ou nichos de mercado específicos criem um rótulo exclusivo, descritivo e memorável no ambiente online. Uma entidade que opera um gTLD pode oferecer a seus usuários e clientes uma medida de confiança extra nas suas segurança e legitimidade on-line. Isso pode ser valioso no contexto atual, em que os usuários geralmente não sabem se podem confiar na fonte na Internet.
“O Programa de Novos gTLDs: A próxima rodada apresenta uma oportunidade para empresas, comunidades, governos e outros se candidatarem para operar seus próprios espaços seguros on-line adaptados à sua organização, comunidade, cultura, idioma e interesses dos clientes. Agora também é o momento para que as marcas considerem solicitar um gTLD e essa pesquisa nos mostra que ainda falta mais conscientização”, explica Theresa Swinehart, vice-presidente sênior de Domínios e Estratégias Globais.
Para estreitar essa brecha nos conhecimentos, a ICANN está criando recursos para auxiliar as organizações a entender o processo de solicitação e as possíveis oportunidades que os gTLDs têm antes da abertura da janela de solicitações de 2026.
Confira o relatório na íntegra aqui.