Tendência

Facebook continua sendo a rede social líder na América Latina, aponta YouGov

Por Redação

06/03/2024 11h41

Compartilhe
  • Whatsapp
  • Facebook
  • Linkedin

Mais de três quartos dos adultos da América Latina, uma das regiões que passam mais tempo nas redes sociais diariamente, usam o Facebook

O Facebook, que recém comemorou 20 anos, é a rede social mais popular entre os consumidores pesquisados pela multinacional de pesquisa on-line, YouGov, na América Latina. Dados da YouGov Global Profiles mostram que 76,9% dos adultos da região afirmaram ser membros ativos do Facebook.

Isso faz da América Latina um dos mercados mais importantes do Facebook, dado o intenso uso de plataformas de redes sociais pelos consumidores da região. Também nos dados da Global Profiles, 15,8% dos entrevistados latino-americanos afirmam passar mais de três horas por dia nessa plataforma, aproximadamente. Isso é estatisticamente maior do que a porcentagem registrada para todos os entrevistados da Global Profiles internacionalmente (apenas 13,7%).

Mas, especificamente, quanto tempo os consumidores latino-americanos gastam no Facebook em uma semana média?

De acordo com a YouGov Profiles, dos quatro países da região monitorados pela plataforma, o México é o país onde a maioria das pessoas passa pelo menos alguns minutos por semana na rede social (dados de 18 de fevereiro). Os colombianos, que têm maior probabilidade de passar entre uma e cinco horas por semana na rede, são o segundo grupo de consumidores mais interessados. No Brasil, 25,4% das pessoas dizem passar menos de uma hora por semana, e 20,6% dedicam de uma a cinco horas por semana.

Conversar com amigos e familiares é a atividade mais comum entre os usuários do Facebook na América Latina

Argentina, Brasil, Colômbia e México usam Facebook mais ou menos para os mesmos fins, embora com diferentes regularidades. Por exemplo, de acordo com a Global Profiles, uma das atividades mais populares entre os consumidores de cada um desses mercados é conversar com amigos e familiares. Mas apenas 61,8% e 65% das pessoas na Argentina e na Colômbia que são usuários ativos do Facebook dizem que essa é a principal atividade que realizam nas redes.

Ambos os números são estatisticamente menores do que os percentuais registrados entre os usuários ativos do Facebook no Brasil (71,1%) e no México (73,2%). Um caso semelhante ocorre com o hábito de entrar nas redes sociais para participar de experiências de gaming. Nesses quatro países, pelo menos três em cada 10 usuários ativos do Facebook dizem que gostam de entrar nas redes sociais em geral para se divertir com jogos. No entanto, esse número é estatisticamente menor na Argentina e na Colômbia.

É importante mencionar ainda que os usuários ativos do Facebook na América Latina têm uma relação diferente com as redes sociais em geral do que os membros de outras plataformas. Por exemplo, os inscritos no TikTok são estatisticamente mais propensos a dizer que preferem interagir on-line ou que passam muito tempo navegando nesses sites sem motivo. Ao mesmo tempo, os fãs do TikTok têm menos probabilidade de acreditar que é necessário limitar o tempo de uso de seus filhos.

Qual é o futuro do Facebook no Brasil e no México?

David Eastman, diretor-geral da YouGov na América Latina, afirma que o fato de o Facebook continuar sendo a rede social líder na América Latina não significa que será assim para sempre. Na verdade, em dados do YouGov BrandIndex, o Facebook já mostra alguns sinais de fraqueza nos dois mercados latino-americanos monitorados pela plataforma.

Em 15 de fevereiro (os dados mais recentes disponíveis do BrandIndex), o Facebook tinha uma pontuação de Cliente atual de 68,2 no México e 51,4 no Brasil. “Ambos representam uma queda em relação às pontuações registradas em fevereiro de 2023, de -3,8 no caso do Brasil, e -1,5 no caso do México”, revela.

Eastman acrescenta que no Brasil, curiosamente, a queda na pontuação de Cliente atual (que indica a porcentagem de usuários que usaram o serviço recentemente) não é liderada por consumidores mais jovens. De fato, entre os entrevistados brasileiros com idade entre 18 e 24 anos nesse período de 12 meses, a classificação do Facebook aumentou ligeiramente. As quedas, muitas delas repentinas, ocorrem em nichos de idade mais alta, especialmente no segmento de 35 a 44 anos.

No México, a situação é semelhante. Enquanto o crescimento mais significativo no Cliente atual do Facebook é observado entre os consumidores mais jovens, nos nichos de idade mais avançada há, no melhor dos cenários, uma estagnação.

“Especificamente no segmento de 35 a 44 anos, a mudança representa uma queda repentina. Embora os jovens sejam geralmente o público mais lucrativo no setor de mídia social, esse fenômeno pode representar uma ameaça ao domínio de longo prazo do Facebook na região”, pontua.